Capítulo 9 - A soldada em mim

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A foto não tinha boa qualidade mas dava para reconhece - lo...

— Sim é o Joshua!

— A senhora tinha razão esta foto é de uma câmara do aeroporto do Dubai à dois dias.

— Boa Sophie talvez ele nos leve a ela vou falar com Damon. - Claude pega no telemóvel e eu agarro na sua mão.

— Se o interceptarem tenham em atenção que ele ajudou-me quando estive sob o comando da Raissa.

— Não vou prometer nada! - Eu sei que não esse é o problema.

Descemos à garagem, a equipa quer ter acesso ao telemóvel de Joshua e tudo o que fez desde a sua chegada...

— Ei Sophie que mota é essa? - Vai começar...

— A minha Claude!

— Isso já é demais, desde quando tu sabes andar de moto? - Se Claude ficou assim chato imagino Damon.

— Desde que aprendi, agora para de me encher a paciência. -Os soldados olham para nós, Nico sorri.

— Desce daí Sophie, já foi um erro deixar que no acompanhasses nesta loucura imagina saber que andas por aí numa mota.

Eu sabia que aquela conversa não ia ter fim então coloquei o capacete e saí da garagem sem esperar ninguém, pelo menos até R.J. me apanhar, estava irritada, com calor e tinha de andar coberta, é castigo! Estacionamos na porta da mansão Hakem e do meu lado surge Ângelo, Liam e Salvatore...

— Claude ouvi dizer que tens uma pista! - Ainda não nos tínhamos cruzado com eles.

— Posso saber onde vocês têm andado? - Eles cumprimentam-se e eu também queria poder fazer o mesmo.

— A investigar que mais poderíamos fazer?

— Ouvi dizer que tens uma mulher no grupo de Filippo. - Liam olha para mim e volta a encarar o meu irmão e eu sigo com os outros na frente.

— Tenho mas fica longe dela para teu próprio bem.

— Deixa-o em paz Claude, ele é livre! - Salvatore ainda põe mais lenha na fogueira e eu sorrio só de pensar na cara deles quando souberem quem é a soldado.

— Mas não quer dizer que ela seja.

Aí está o meu irmão mega protector, na sala de operações Damon andava de um lado para outro impaciente para saber o tínhamos descoberto, ao seu comando os homens começam a vasculhar no mundo informático tudo o que é possível desde chamadas a movimentação do cartão bancário o que infelizmente mostrava ausência de traços, Joshua foi prudente e deve ter comprado um telemóvel novo e faz pagamentos em dinheiro, no entanto lembro-me de algo que ele fez certamente, pego no telemóvel (já que sou muda) e escrevo para que procurem registos de alugueres de carro na data da sua chegada, ele não iria andar a pé e... Bingo em minutos tinham um registo de um homem que pagou em dinheiro o aluguer para duas semanas. Eu estava feliz por termos finalmente alguma coisa, olho para os homens da minha família que planeiam localizar Joshua, eles titam o mapa da cidade aberto na grande mesa onde traçam rotas e dividem equipas para fazer o reconhecimento de cada lugar. Estou encostada na parede á espera de ordens e não consigo tirar os olhos de Damon, gosto de o ver no comando dá para ver que nasceu para fazer aquilo, queria estar ali do seu lado, tenho saudades do seu toque, os nossos olhares cruzam-se e baixo a cabeça, sorrio internamente porque no fundo este jogo de soldada desconhecida está a mexer comigo de uma forma que não sentia á muito tempo, desejo-o muito...

— Soldada Laura pare de olhar para mim daquela forma, sou casado!

Reparo que já saíram todos e só estávamos os dois naquele espaço, Damon parece ler os meus pensamentos e então volta a colocar os dedos no meu pescoço...

— Voltou a ter a respiração descontrolada! - Filho da mãe.

Sorrio com maldade por baixo da mascaram estava prestes a mandar tudo para o inferno para o ter ali...

— Não sorria Laura, se a minha mulher sonha que olha para mim assim ela vem cá enfiar uma bala na sua testa, acredite! - Volto a ficar séria para que ele saia de perto de mim mas estou satisfeita por ouvir as suas palavras, esse é o meu italiano.

Dou alguns passos até a porta e oiço Rigs chamar por mim então vou ao seu encontro, faço parte da sua equipa de buscar, subo para a moto e posso ver o olhar mortal de Claude a reprovar o meu ato ao lado dos outros da família, se tirasse o capacete quantos deles cairiam para o lado? Acho que estou a ficar demasiado doida. A zona que patrulhava e passava a pente fino era quase deserta e longe da cidade, aqui não há nada, desconfio que Claude planeou tudo isto para me afastar, pego no telemóvel para saber se o que penso é verdade...

— Claude que raio de lugar é este?

— Encontraste alguma coisa? - Como se ele não soubesse ao que me refiro.

— Não te faças de desentendido, enviaste - me para o meio do nada.

— Faz o que te mando! - Como se eu fosse mulher de seguir ordens...

— Teremos de conversar sobre isto mais logo!

Claude está a ser idiota, pego já mota e ando mais um pouco pelo meio das poucas casas abandonadas e vejo ao fundo um edifício diferente, apoximo-me mais um pouco e percebo que é um bar, a equipa junta-se a mim e entramos no local que tem meia dúzia de mesas, algumas ocupadas mas a grande parte dos clientes estava ao balcão. O lugar é degradante e sujo, com um intragável cheiro a suor e vinho, Rigs pega na foto de Joshua e pergunta ao homem do bar se o conhece mas ele não o reconhece, estamos a procurar uma agulha num palheiro! Volto para a rua e monto a moto à espera da equipa, dois motard chegam e preparam-se para entrar no bar mas algo desperta a minha atenção, um deles fala com sotaque italiano e a sua voz não me é estranha, fico a pensar de onde o conheço?

— Aqui não à nada vamos voltar para casa? - Rigs ordena.

— É isso, a minha casa! - Agora eu lembrei da sua voz.

— O que tem a casa?

— Aquele motard que entrou, o mais baixo de colete preto foi ele que assaltou a minha casa em Londres preciso falar com ele.

— Não, o R.J leva-a para o casarão e nós levamos o tal homem.

— Não! Damon não pode saber. - Ele descobriria o meu disfarce.

— Ok vamos ter com vocês aquela casa abandonada ali ao fundo.

Desde que cheguei aqui que R.J. é a minha sombra, entramos na casa abandobada e vandalizada onde outrora foi o lar de alguém, ando de um lado para o outro, qual a probabilidade deste homem estar aqui no mesmo sítio que a minha inimiga? E qual a probabilidade dele estar vivo? Será só coincidência?

— Eles estão a chegar! - Eles arrastam o homem que sangra da sobrancelha, deve ter tentado fugir.

— O que faz aqui?

— Finalmente encontramo-nos Sophie Andrade!

Como ele sabe quem sou?

Os Sartorelli - A Mafiosa (Completo Amazon)Where stories live. Discover now