Capítulo 12 - Joshua

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— Por acaso eu dei autorização para andarem por aí a brincar aos super heróis? - A voz de Damon não é nada doce e ele está do nosso lado - Laura larga essa arma ou eu mesmo acabo com os dois aqui e agora.

Olho para ele e guardo a arma ainda mais irritada que antes, adoraria socar a cara do meu marido por estar a torturar um amigo meu, vou para a moto e ando sem destino por algum tempo até ter de parar para colocar combustível. Vejo que o sol está a nascer e decido parar, tiro o capacete e a maldita máscara e decido ver o lindo amanhecer que se avizinha. Claro que sei que algum dos meus soldados está de vigia, não dá para deixar de sentir que estou a ser observada a cada passo e não adianta pedir que parem de o fazer porque Filippo deixou bem claro as consequências caso algo me aconteça. Olho para os meus pés e penso que estou a ficar descontrolada como nunca estive, sou impulsiva e perigosa eu não quero ser nada disso, ao contrário de antes agora sinto excitação em ver Damon comandar tudo, amo ser implacável e não deixo passar um criminoso sem que lhe crave uma lamina. Regresso ao apartamento e quando estaciono dou por falta a mota do R.J, agora sei quem passou a noite a vigiar-me, assim que abro a porta vejo os três a tomar o pequeno almoço e com um olhar de quem tem muito a dizer mas sabem que o silêncio é o melhor a fazer...

— Bom dia Laura! - Rigs levanta a chávena de café na minha direção.

— Olá rapazes!

— Vem comer connosco depois vamos ter com Claude.

— O que aconteceu com Joshua? - Tenho até medo de perguntar.

— Continua sem falar e Damon não está muito feliz com isso.

— Imaginem eu a ver um amigo ser torturado! - Pego uma chávena e encho com café sem qualquer animo.

Hoje eu não estou com vontade de enfrentar aquele bando de otários então vou para o quarto, tomo um duche e deito na cama para dormir até me apetecer. Abro os olhos ao ouvir o som do telemóvel...

— Claude eu quero dormir!

— Logo á noite agora vem cá porque Damon quer falar contigo e com o soldado que quase mataste ontem! - Fico indecisa se desligo o telemóvel ou não.

— Eu estou sem paciência para isso!

— Também eu mas agora despacha-te antes que ele vá até aí e descubra tudo.

— Ok que chato! - Caramba com tantos dias ele foi embirrar comigo logo na única manhã que decido dormir até tarde.

Mais uma vez depois de vestida e com as lentes postas decido espalhar alguns cabelos da peruca loira que trouxe, ao menos desvio as atenções. descobri que adoro andar de moto e sentir a liberdade que a mesma me traz, sinto adrenalina quando pego numa arma, enfim quase uma mafiosa. Entro no escritório de Damon onde o outro soldado a quem apontei a arma já está sentado mas afastado o que é melhor para ele. Tal como Claude mandou eu fiquei quieta no meu lugar sem provocações, a porta é aberta e não preciso de olhar porque pelo perfume sei que é o meu italian''o lindo e sexy, adoro vê-lo assim com ar de mauzão, ele tecla no maldito telemóvel e assim que pousa o aparelho na mesa o meu smartwatch dá sinal de mensagem, merda ele enviou uma mensagem para mim. Os seus olhar oscila entre o meu relógio e eu que tento parecer serena e despercebida mas no fundo estou em pânico...

— Posso saber que foi aquilo ontem?

— Senhor essa soldado é louca!

— Talvez mas ela não teria feito aquilo sem razão alguma! - Apenas abano a cabeça sem querer acreditar no quanto esse homem é idiota.

— É uma mulher que mais se poderia esperar?

— Tudo bem pode sair agora!

Eu levanto tentando aproveitar para me esgueirar...

- Tu ficas Laura! - Ele sai da sua cadeira por trás da grande secretária e vem para perto de mim, a sua mão forte agarra o meu queixo para que olhe nos seus olhos - Que não voltes a repetir a graça ou eu mesmo acabo contigo, és apenas um soldado e não a amiga de Claude, estamos entendidos?

Puxo o meu rosto da sua mão e saio sem mesmo ele autorizar, não é falta de respeito mas sim desejo de beijar aquela boca e sentir o seu corpo, sorrio para mim mesma porque ou estou louca ou estou a tornar-me numa. Saio em direção às traseiras mas sou impedida de entrar por Ângelo, acho que não preciso nem pensar no porquê mas eu tenho de arranjar forma de ajudar o Joshua. Vejo o dia desvanecer e agora a lua cheia brilha lá no céu, continuo aqui pela grande casa a fingir que monto guarda ao refém e a minha sorte chega no hora de jantar, trocamos de turno com os anteriores guardas que vigiava a sala ontem detinham Joshua. Assim que percebo que estarmos sozinhos informo a Rigs que vou entrar na sala e vejo naquele maldito lugar onde o meu amigo estava coberto de sangue e hematomas...

— Joshua acorda! - Tiro a máscara e fico de joelhos a seus pés.

Ele está sentado e parece estar ter perdido os sentidos então vou até à mesa onde estão espalhados meticulosamente objectos de tortura e pego numa das pequenas garrafas de água voltando ao mesmo sítio...

— Sou eu Joshua, a Sophie! - Vejo ele abrir os olhos com dificuldade.

— Sophie!

— Toma bebe um pouco de água! - Ele não conseguiu beber muito devido ao seu estado mas parece que lhe fez bem.

— Tenho uma coisa para te dizer!

— Sabes onde ela está não sabes?

— Não é isso que te quero falar! - Fico de pé e alho atentamente para ele - O teu marido é um animal, só não sei se apanhei por não abrir a boca sobre ela ou se eram ciúmes acumulados.

— Não brinques Joshua isto é a sério, diz-me onde ela está e eu ajudo-te a fugir.

— Ela tem um aliado muito forte Sophie.

— Vamos lá o tempo está a esgotar-se! - Coloco a máscara de novo para o ajudar a levantar. Vou tira-lo daqui! - Quem é o seu aliado?

Retiro as amarras e levanto-o, agarro na sua cintura e ele apoia-se em mim...

— Já ouviste falar num tal fantasma? - Paro de andar e olho para ele sem acreditar - Os dois querem o teu fim, ela é mais poderosa agora princesa.

A porta é arrombada e Damon aparece com as suas tropas que invadem o armazém e aponta uma arma a nós...

Os Sartorelli - A Mafiosa (Completo Amazon)Where stories live. Discover now