[Música do capítulo: Jensen Ackles (Cover) - Runnin]
★Daryl Ulric★
Perder o controle não era do meu feitio, mas aquela garota me tirava do sério! Arrependo-me muito do que eu fiz com ela, além do mais ela não pode descobrir o que eu sou.
Enquanto nos encarávamos, os olhos verdes dela me queimavam como se fossem uma punição. Era intenso o seu olhar, apesar dela ser fraca e indefesa. Lá no fundo eu sinto pena da onde ela se meteu, afinal ela é esposa de um vampiro.
★Amelie Cooper★
Eu acabei adormecendo confusa em meus pensamentos. Pesadelos atormentavam minha noite. Sangue e guerra, dor e ódio, eram essas coisas que definiam aquele sonho que parecia ser tão real.
Eu corria daquele tormento, gritava e corria mais um pouco. Chorava feito desesperada implorando para que não me machucassem, até que as vozes foram ficando distantes, os barulhos sumiram e as imagens ficaram turvas. Eu acordei.
Assustei-me com a primeira coisa que vi: Daryl me olhando assustado e confuso segurando meus pulsos gentilmente.
- Eu ainda estou sonhando? - Perguntei para mim mesma, apesar dele ter respondido.
- Você estava tento um pesadelo, então te acordei.
- Ah, - respondi seca. - Obrigada.
- Não me agradeça! Você estava me batendo, eu não podia tolerar isso.
No final ele só se importa com ele.
A frieza de sua mão adormecia aonde ele tocava e isso foi um choque para eu me lembrar de que ele não é gentil, e sim um tremendo de um filho da mãe.
- Pode me soltar agora.
Sem pensar duas vezes ele me soltou bruscamente.
Sem muita cerimônia me levantei da cama e procurei um robe, afinal meus trajes não eram lá muito decentes para ficar na frente desse homem.
- Aonde vai? - Ele perguntou com sua voz rouca.
- Respirar. Esse clima tenso aqui me sufoca.
Ele virou-se e respirou pesado.
Desci as escadas e enfiei-me na cozinha. Aquela sopa não tinha me enchido, precisava de algo mais sólido para satisfazer meu estômago.
Abri a geladeira e de lá retirei queijo, alface, presunto e ketchup. Fiz dois sanduiches e servi-me com um suco de laranja.
Sentei-me no chão encostada contra a geladeira e lágrimas escorriam pela minha face.
Eu sentia que o que eu vivia ainda não era o ápice da desgraça e que mais tempestades estavam por vir. Dei-me conta de que, aqui eu não sorri sinceramente uma única vez, pois eu sempre estava infeliz e entediada. Lembrei de que eu tinha uma verdadeira família em Los Angeles e que eu tinha amigos e agora, tudo o que me resta é um misero casamento fracassado! Mamãe não queria isso para mim. Eram nessas horas tristes que ela me consolava, mas ela se foi e deixou-me aqui nesse mundo.
Ouço passos vindo em direção a mim, e trato de enxugar as lágrimas e volto a concentrar-me em meu sanduiche.
Era ele, o Daryl. Estava em uma calça pijamas e somente. Pude ver seu abdômen definido e sua linha loira de pelos que um dia me peguei imaginado onde dariam.
- Chorar não vai resolver nada, ratinha. - Ele disse enquanto se servia de um copo com água.
- E você acha que eu não sei disso?
- Você só precisa ser forte, e aguentar tudo isso. - Ele abaixou-se em minha frente, me encarou e sorriu. - Arrume seu jeito de respirar.
Ele se levantou e foi em direção ao seu escritório. - Outra noite com ela, eu aposto.
Pela primeira vez ele foi gentil comigo. Daryl tinha razão: Eu não podia entregar-me sem lutar antes. Eu acharia meu céu em meio a aquele inferno!
Voltei para o meu quarto com uma ponta de esperança que Daryl estivesse lá, mas elas se desfizeram assim que eu dei o primeiro passo para dentro do mesmo.
Os lençóis do lado esquerdo da cama estavam amarrotados e exalava um cheiro forte de homem, o cheiro de Daryl. Mesmo ele não estando aqui do meu lado agora, o fato de que ele deitou-se ao meu lado antes me confortava de um jeito estranho. Ele havia dormido na mesma cama que eu, pena que tive aquele sonho horroroso e logo depois aquela discussão boba. Se eu não tivesse me levantado, agora talvez ele estivesse aqui dividindo os lençóis comigo.
Perdida naqueles pensamentos estúpidos, o sono logo veio, e assim eu tive uma noite longa e calma, inalando o cheiro daquele homem estranho.
★★★
Já era manhã e eu me espreguiçava para sair dos lençóis quentes e cheirosos. Com muita luta, levantei-me e fui direto ao banheiro. Retirei minhas roupas e entrei debaixo do chuveiro quente.
Enquanto a água escorria pelo meu corpo, as imagens em meus olhos embaçavam, e minha mente não processava nada.
Um pensamento sujo e quente veio com força. Eu estava imaginando isso em perfeitos detalhes!
Daryl entra no box do banheiro dividindo o chuveiro comigo. Nu. Minhas bochechas ruborizam e ele sorri. Mais um daqueles seus sorrisos de satisfação que me tiram do sério. Eu dirijo-me a porta do banheiro para sair, mas ele me segura pelo pulso. - Você não quer perder uma oportunidade dessas, quer? - Ele diz numa voz rouca, quente e sexy. Eu viro-me lentamente e no mesmo ritmo dei uma boa olhada em seu corpo completamente exposto ao meu campo de visão. Ele era delicioso, com pernas volumosas e músculos definidos. Seu órgão ereto, era de tamanho adequado para aquele tipo de homem. Realmente a linha de pelos loiros iriam parar no paraíso e eu estava inebriada com aquilo. Ele sorri vitorioso e me puxa pela cintura, arrebatando meus lábios com precisão fazendo que um pequeno gemido escapulisse em minha boca. Sinto seu volume em minha virilha e estremeço perante o calor que se acumula em mim. Eu o desejo e ele me apalpa. Aperta meus seios sem machuca-los fazendo-me gemer e simplesmente desaparece.
Eu agora sonhava acordada! Essa casa, ele, sua amante estavam me deixando louca! Só pode. Mas, foi tão real...
Balanço a cabeça para espantar o pensamento. Saio do box e pego um roupão, o visto e vou direto para o closet.
Visto-me com calça, blusa e tênis. Seco meu cabelo e o deixo solto para fazer suas ondulações naturais. Passo gloss e rímel e desço para o café da manhã.
Daryl está lá, com um sorriso divertido no rosto encarando um jornal.
- Tem pornô ai? - Simplesmente escapuliu de minha boca.
- Antes fosse... - Ele me encara.
Eu pigarreio enquanto passo manteiga no pão.
- Quero ir até a cidade, preciso comprar algumas coisas.
- Que coisas? - Ele levanta uma sobrancelha.
- Quer que eu faça uma listinha para você?
- Se você fosse menos chata eu preferiria que você fizesse outra coisa para mim. - Ele fala em um tom safado.
- E eu que você calasse a sua boca! - Eu corei, pois me lembrei do meu pensamento de agora a pouco. - São coisas de mulher.
Ele suspira.
- Tudo bem, pedirei ao Steves que acompanhe você, não posso ir eu mesmo porque não me interesso e também porque tenho compromissos. Ah, aproveite que você está indo gastar meu dinheiro e compre um vestido elegante. Estive olhando o que você chama de roupa e só encontrei coisas velhas. E pode gastar o quanto quiser. E o vestido é para o almoço de domingo com minha família.
- Almoço? Espera aí, você estava fuçando minhas coisas?
- E você, não estava fuçando meu castelo? Olho por olho, dente por dente, ratinha.
- Você é mesmo impossível!
Ele chama Steves e eu o acompanho para o carro.
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Casada com um Vampiro - Livro 01 (Série Universo Ulric) [HIATUS]
VampireAmelie Cooper foi oferecida como pagamento de uma grande dívida que seu pai tinha com vampiros. Daryl Ulric, filho mais novo dos Ulric's tem seu destino traçado por sua família, onde ele será obrigado a se casar com a jovem Amelie. Ela não sabe que...