★Amelie Cooper★
"Isso isso isso, finalmente caiu em si. Ele irá desmentir, mas não acredite nesse desgraçado, acredite em mim!"
A voz desgraçada estava lá. Eu pensei que tinha acabado com ela, mas, não parece que foi bem assim.
Eu me sentia tonta e fraca, como se tivesse corrido uma maratona por um dia inteiro. Meu coração pulsava forte contra o meu peito e minhas têmporas latejavam de forma extremamente exagerada.
Tudo o que eu queria fazer era me desligar, virar-me ao lado oposto do Daryl, fechar os olhos e dormir, mas, aquela pergunta não saiu por nenhum momento da minha mente quando eu estava fazendo aquilo.
Eu conseguia mover as coisas com a mente. Eu quero uma explicação para isso.
Ele me encarava com uma expressão assustada e desolada no rosto como se tivesse descoberto o seu maior segredo.
— Me responda de uma vez. Você é um vampiro?
"Eu já disse que ele é droga! Confia em mim."
A voz daquela velha continuava a me irritar, e, como em um pico de adrenalina em conjunto a uma extrema raiva, todos os vidros do quarto se partiram.
Eu olhei assustada assim como o Daryl.
— Eu fiz isso? — ainda não podia acreditar.
— Amelie se acalma. — ele me chamar pelo nome fez-me voltar toda a atenção que eu tinha para o mesmo — Você precisa descansar, mais tarde conversamos.
Ele insinuou se levantar, mas, pela primeira vez eu o puxei deliberadamente. Agarrei a sua mão e ele me encarou confuso.
— Não Daryl, iremos conversar agora!
— Você está louca mulher, você vê coisas. Satisfeita? Agora me solta.
E eu o soltei. Soltei e me abaixei para pegar um caco de vidro enquanto ele me observava. Um pequeno corte em um dos dedos era o suficiente. Respirei fundo e finalmente pude o encarar, encarar o que ele guardava embaixo daquela carapaça perfeita e bem esculpida cheia de detalhes.
— Eu vejo você e isso agora não me assusta mais. Tudo faz sentindo Daryl Ulric. Você me morder, sua super velocidade e força, o jeito que você me trata, esse castelo sem vida, você enfrentar os lobos sozinhos sem ter nenhum arranhão e você me salvar naquele penhasco. Foi você não foi? Espera! O sangue do maldito também é seu? Eu estou assim por sua causa? Parece que o terrível Daryl Ulric tem piedade. — solto uma risada debochada e ele se levanta irritado.
Mesmo me sentindo fraca eu o sigo, pisando em todos os cacos que estavam no meu caminho e a cada corte aberto ele se transformava.
Eu toquei suas costas e com uma mão livre deslizei pelo seu ante-braço desnudo sentindo a textura imperfeita daquela criatura.
A voz em minha cabeça comemorava como se ganhasse na loteria, mas ao ver o meu comportamento, acho que não se agradou muito disso.
"NÃO NÃO NÃO. Não é para dar carinho a ele sua burra!"
Eu a ignorei e ele se virou.
O mesmo monstro com um semblante triste.
Enquanto segurava uma de suas mãos, eu direcionei minha mão livre para o seu rosto o tocando levemente. Eu sentia as rachaduras em sua pele, e conseguia sentir as veias escuras que corriam por todo o seu corpo.
Ele me encarava triste e eu o encarava com pena.
— O que você quer de mim? — ele me pergunta.
— Uma explicação. Quero saber tudo sobre o Daryl Ulric, tudo sobre o seu mundo e onde eu me encaixo nele.
— Eu... Me desculpe.
★Daryl Ulric★
Eu estava extremamente fodido e a ponto de contar tudo. E então ela desmaiou. Eu a deitei na cama enquanto observava todos os cortes cicatrizando. Eu não entendia como aquilo acontecia, afinal a regeneração rápida é somente para vampiros.
Eu desejei muito o sangue dela, mas, ao ouvir aquela pergunta sobre mim me fez sentir medo e pavor.
Ela me lembra a Nina, mas ao mesmo tempo é completamente diferente.
A Nina sempre foi uma lembrança sofrida, o significado da traição e de um ódio que eu nunca consegui entender.
"Eu te amo Daryl. Tudo foi uma mentira Daryl." A mesma voz, o mesmo tom, mas com significados controversos.
A ratinha era como se fosse uma pintura da Nina, da boa Nina. Pura, doce e gentil, mas, depois daquele dia, tudo isso se partiu. Tudo o que eu pensava ser verdade ruiu ao chão, e a única coisa que eu podia me apegar se transformou em dor e ódio.
No que foi que eu me transformei?
Desde a primeira vez que eu vi a ratinha eu fui procurando semelhanças da Nina boa e por talvez as comparar eu a maltratei.
Eu não posso dar meu coração a essa garota, já que é algo que não me pertence mais. Ele ficou naquela floresta com aquele corpo caído no chão devorado pelas feras da noite logo após de se transformar.
— Me desculpe Amelie, mas eu não posso dar essa resposta a você. Não posso amar você e nem te proteger. — no mesmo momento Enrique entra no quarto — Mas eu conheço um alguém que pode receber o seu coração, pode ser melhor para você.
Ajeitei seus cabelos ruivos e me abaixei depositando um beijo em sua testa.
Sai daquele quarto despedaçado. A partir desse dia em diante eu me tornaria algo muito pior do que ela conheceu. Eu seria seu pior pesadelo e maior inimigo, eu a faria me odiar e daria todas as oportunidades ao idiota do Enrique.
— A faça feliz. — eu disse a ele mentalmente.
— Eu a farei irmão.
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Casada com um Vampiro - Livro 01 (Série Universo Ulric) [HIATUS]
VampiroAmelie Cooper foi oferecida como pagamento de uma grande dívida que seu pai tinha com vampiros. Daryl Ulric, filho mais novo dos Ulric's tem seu destino traçado por sua família, onde ele será obrigado a se casar com a jovem Amelie. Ela não sabe que...