[Música do capítulo: Hurts - Illuminated]
★Daryl Ulric★
O jantar aquela noite havia sido agradável. A toda hora um sorriso novo e bobo surgia na face iluminada da ratinha e todas as vezes que meus olhos viam aquela cena, eu sentia meu coração falhar nas batidas.
Ela era doce, amável e atenciosa com todos, principalmente com a pequena garota de cabelos loiros e encaracolados. A despedida foi cheia de abraços apertados e beijos na bochecha estalados. Eu realmente gostaria de emoldurar essa cena em família.
— E então, é bom retornar a sua casa? — perguntei já no carro, meio receoso da resposta.
— Sim, é maravilhoso saber que tenho um lugar assim. — ela diz olhando para as mãos — Obrigada novamente, você tem se mostrado maravilhoso comigo. — e então ela me encara tímida.
— Não por isso... — digo sorrindo.
O espaçoso quarto de hotel parecia pequeno com aquele ar tenso e carregado. Não tenso como um clima ruim, mas sim, com a certeza que nossos corpos sentiriam se encostassem um no outro.
— Tá meio abafado né? — ela diz coçando a nuca e indo em direção a sacada.
O céu não permitia mostrar toda a magnificência daquela noite. A lua crescente e branca decorada com estrelas estavam encobertas pela cortina de nuvens que flutuavam pelo céu.
Já se passavam das onze horas, a ratinha em seu pijama com uma xícara de café encostada na parede encarando o horizonte era algo admirável de se ver. O jeito que seu peito subia e descia causado pela sua respiração calma e tranquila era como uma dança hipnotizante para meus olhos. Seu pequeno corpo apoiado na parede com a cabeça levemente tombada para trás me causava uma sensação de angustia por não poder tocá-la.
— Eu posso ver você se transformando daqui. — ela disse se virando para mim — Pele pálida e veias negras não me assustam mais.
Ela havia mudado. Mesmo não apresentando tanto medo de criaturas como nós, e mesmo em sua posição como portadora de um dom, Amelie tinha amadurecido.
— Me desculpe. — eu digo tentando controlar meus pensamentos e tentando me acalmar.
— Eu irei dormir. — disse e então se foi.
Eu fiquei ali encarando a janela e a vista dos altos prédios iluminados que ela oferecia. Meu coração estava apertado e ansioso como há alguns séculos atrás.
Senti-me no pequeno sofá que tinha na varanda, e ali, deixei- me levar de qualquer preocupação, dor, lembrança e dúvida.
★★★
Meus sentidos podiam sentir uma movimentação no interior do quarto. Logo agucei a audição para tentar entender. Um aroma doce inundou meus sentidos me embreagando e eu já sabia da onde vinha aquilo. Um cantarolar doce podia ser ouvido e o barulho da roupa se ajustando ao seu pequeno corpo era claramente audível.
— Já acordada a essa hora? — perguntei me virando para uma garota de vestido florido e botas cor caramelo.
— Você quem acordou tarde, não acha? Já são quase dez da manhã. Bom, eu vou para casa. Qualquer coisa me liga. — disse ajustando os brincos e saindo pela porta.
Tudo ficou monótono rapidamente sem ela ali. Monótono e quieto.
Eu decidi que teria preguiça de a seguir hoje, e eu mesmo faria meu próprio passeio por Los Angeles.
Trajando uma camisa fina de manga longa azul pálido, e uma skinner confortável escura, parti a vagar sem rumo até a hora que ela voltasse.
Toneladas de lojas eram despejadas em meus olhos, e todo o tipo de produto era comercializado. Vi uma singela joalheria que alegava vender antiguidades. Me direcionei a ela e logo o pequeno sino pendurado em cima da porta antiga de madeira escura denunciou minha presença.
— Em que posso ajudá-lo? — uma senhorinha de olhos verdes e pele pálida me olhou. Um brilho estranho tomou seu olhar. Sua feição que era tranquila logo ficou densa. Ela estava mais pálida que o normal e seus lábios finos logo perderam a cor.
— Você... — disse com certa dificuldade.
Eu não sabia do que se tratava aquela reação, mas ela me lembrava algo, ou alguém.
— Gostaria de ver seus colares, por favor. — ignorei a estranha sensação de familiaridade.
Pigarreando ela apontou para o balcão de vidro me mostrando o que tinha ali. Pedrarias grandes e pequenas, todas aparentemente bem cuidadas.
— O que procura?
— Algo delicado.
Ela andou um pouco para a direita e voltou trazendo uma caixa azul escuro de veludo. Um pingente esculpido como floco de neve cravejado de pedras nobres tomou a atenção do meu olhar. — Eu o levarei. — disse por fim.
Ela colocou em uma pequena sacola e me entregou. Fiz o pagamento e então fui embora.
Eu podia sentir seu olhar queimar minha nuca, mas, resolvi ignorar saindo pela porta.
Essa noite eu o daria a ela, um pedaço do céu cravejado com gemas brilhantes.
⚜️⚜️⚜️
Advinha quem voltou? Pois bem, eu mesma <3 me desculpem pela pouca vergonha kkkk. Gent, caso vejam alguns erros no capítulo, me perdoem. A chuva que teve aqui no lugar aonde moro, molhou tudo, além do meu finado notebook. Vcs sabem como é tenso escrever pelo celular, eu irei me esforçar 😂😂
Bem, esse foi um capítulo maroto só pra voltar a rotina mesmo. Quem será essa velhinha misteriosa? Não esqueçam de deixar seu voto para incentivo da minha pessoa. Bjusss de luz ❣️
YOU ARE READING
Casada com um Vampiro - Livro 01 (Série Universo Ulric) [HIATUS]
VampireAmelie Cooper foi oferecida como pagamento de uma grande dívida que seu pai tinha com vampiros. Daryl Ulric, filho mais novo dos Ulric's tem seu destino traçado por sua família, onde ele será obrigado a se casar com a jovem Amelie. Ela não sabe que...