part. 8

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Pela primeira vez em toda a sua vida, Juliet Van Harris, havia abaixado a guarda.

Naquela noite, ela me contou várias coisas sobre sua vida, explicou diversos assuntos que eu não compreendia. Nós conversamos por horas e mais horas. Depois disso eu podia garantir que tudo aquilo só me fazia gostar mais dela.

No começo, eu só estava curioso, intrigado. Mas mesmo depois de ter encontrado a resposta para muitas das minhas perguntas, eu continuava extremamente interessado por ela. Juliet não era como as outras garotas, as quais eu me cansava rapidamente e simplesmente não suportava mais. Pelo contrario quanto mais tempo eu passava com ela, mas tempo queria passar.

Ela era viciante. Viciante como nicotina.

Consegui convencê-la a passar a noite comigo. Depois de ter revelado tantas coisas, era com se estivéssemos mais conectados de alguma forma. Ela parecia quase mais leve depois do que contou, como se eu pudesse dividir um pouco do peso de seus ombros comigo. Eu me sentia bem com os fatos, feliz em poder ser a pessoa a ajuda-la.

Decidimos pedir uma pizza para o jantar.

Quando eu ouvi o interfone tocar, deixei meu quarto para buscar a comida.

Cheguei a porta, e nossa empregada já havia aberto, ela olhava confusa para o entregador, já que, não sabia que alguém havia mesmo pedido uma pizza ali.

–É pra mim, Lou. – eu avisei, a pegando de surpresa. – Fui eu quem pedi a pizza.

Passei o dinheiro ao entregador, e peguei a caixa que emanava um cheiro maravilhoso.

–Não vou dizer que estou surpresa. – a mulher que cuidava de tudo em minha casa desde que eu me lembrava por gente brincou, e eu sorri pra ela.

Na volta ao meu quarto, encontrei minha mãe.

–Oi! – a cumprimentei. –Papai também já chegou?

–Já sim,–ela confirmou. – Inclusive eu ia te perguntar sobre o jantar, mas vejo que você já deu um jeito.

–Achei que chegariam mais tarde. – expliquei – Eu estava com fome.

–Passei em frente ao seu quarto mais cedo, e ouvi conversas, você tem visitas? – ela perguntou.

Nada passava despercebido aos olhos de Liz.

– Sim.. – eu não tinha porque mentir. – Uma amiga, Juliet, está aqui.

–Juliet...? – ela tentou se lembrar – Acho que não a conheço ainda.

–Juliet Van Harris. – limpei a garganta enquanto vi sua expressão se contrair – Mãe, escuta, eu sei que você deve ter ouvido coisas sobre ela, não é bem assim, Juliet é uma garota incrível, e...

–Tudo bem, querido. – ela me cortou, com um sorriso no rosto. – Não estou aqui para julgar ninguém – suas palavras me tranquilizaram. – Vá antes que a pizza de vocês esfrie, e diga a sua amiga que ela é muito bem-vinda.

Abri um sorriso, e voltei ao meu caminho.

Juliet ouvia música quando eu voltei ao quarto, ela havia colocado Too Weird To Live, Too Rare To Die, do Panic! At The Disco para tocar, e apreciava o som de Collar Full  deitada de olhos fechados em minha cama.

Como eu adoraria me deparar com isso todas as vezes que entrasse ali.

Nós comemos em silêncio, a música ocupava o espaço, além do mais, nós já havíamos conversado tudo o que precisávamos naquele dia, e estávamos famintos.

Social Casualty - Luke HemmingsOù les histoires vivent. Découvrez maintenant