3. Não interessa

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REVISADA

Depois que nos afastamos fomos cumprimentar os convidados, mas quando eu tinha tempo, parava para observá-lo, ele era lindo, realmente lindo, como Filomena havia me falado, mas algo em meu coração diz que não vai ser fácil conviver com ele, e ness...

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Depois que nos afastamos fomos cumprimentar os convidados, mas quando eu tinha tempo, parava para observá-lo, ele era lindo, realmente lindo, como Filomena havia me falado, mas algo em meu coração diz que não vai ser fácil conviver com ele, e nesse meio tempo eu pude provar um pouco de seu veneno.

Sou pega o observado, quando nossos olhares se cruzam novamente, seus olhos azuis. Nossa, me faz imaginar o mar das ilustrações de livros que eu li.

Vejo ele se aproximar e não sei para onde ir.

- Alteza. - ele fica em minha frente. - Presumo que começamos com o pé esquerdo em nosso primeiro "encontro", - ele põe um sarcasmo. - mas adianto que terá que seguir minhas regras quando for para Inglaterra comigo. Não será tratada como a garota mimada do papai em meu país!

- Você quis dizer "nosso" país, não se esqueça que serei Rainha e vou exigir respeito enquanto estiver em meu país. Ainda não somos casados.

- Já vi que gosta de me responder, mas sugiro que aproveite este livre arbítrio enquanto pode. - pega minha mão e dá um beijo casto que eu retiro rapidamente.

Ele sai e eu peço licença para me retirar, alguns convidados estranham meu ato, já que ainda é cedo, mas não me importo. Corro para meu quarto e tranco a porta me arrastando até o chão.

Olho para o espelho e vejo que minha maquiagem já não é a mesma de mais cedo, está toda borrada e minha cara chorosa já é visível.

Eu retiro o vestido, tomo um banho quente, coloco uma camisola mais fresquinha e vou para a sacada de meu quarto.

Vejo uma movimentação no jardim, tem algumas pessoas passando.
Vejo Henrique com sua pose de durão conversando com meu pai, ele não parece gostar muito de conversar, pois se mantém sério enquanto meu pai continua a conversa sem nem perceber seu desinteresse.

É com isso que vou me casar?

Volto para dentro e reflito no quanto a minha vida deu uma reviravolta tão grande, eu queria ser livre pra escolher meu verdadeiro amor, já o tinha escolhido, mas o destino foi tão ruim comigo que me deu logo Henrique, que parece estar sempre de mau humor.

Com meus pensamentos eu caio no sono.

No meio da noite sou acordada, estava tarde e alguém batia freneticamente na porta. Quando lembrei que a tinha trancado. Me levantei e fui abri-la.

Erik entrou logo me abraçando.

- Oh! Mary, me desculpe por não estar aqui, quando fiquei sabendo tentei vir o mais rápido que pude. - Erik é meu irmão. Apesar de ser cinco anos mais velho, ele é meu melhor amigo e meu verdadeiro herói.

- Já está feito... - olho para a aliança, que se mantinha em meu anelar direito. - Me mudarei para Inglaterra em uma semana e o casamento será no dia seguinte.

- Eu não sabia até ler os jornais, não que me importei com as manchetes, peguei o primeiro voo para Paris. Não me informaram de nada. Eu poderia ter conversado com nosso pai, eu... - ele parecia arrasado.

- Não poderia fazer nada... - levanto seu rosto, era notável que Erik estava nervoso e inquieto. Ele só queria me proteger. - Apesar das circunstâncias, a Inglaterra é aqui do lado e sempre que vier poderá me visitar. Não será o fim do mundo.

Eu tentava manter tudo sobre controle a todo instante, por que se não eu desabaria e esse era o momento de ser forte. Erik logo ficaria no lugar de nosso Pai, que renunciará para se aposentar.

Ele tinha uma noiva, a Bella com certeza era quem o fazia feliz, pois eu sempre prestei atenção em como os dois tinham uma química especial. Ela morava em Mônaco com os pais. Uma plebeia, mais isso não importava para Erik, que lutou tanto para nosso pai ceder o casamento.

- Sabe que sempre será minha irmãzinha não sabe? - dizia enquanto me dava outro abraço e fazia cafuné em minha cabeça.

- Sim e você sempre será o meu herói. - volto a olhá-lo, ele parecia cansado e estava ofegante desde que chegou, provavelmente teria corrido para chegar até aqui. - Agora você precisa ir, já estar tarde e você parece cansado.

- Você está certa, amanhã terei uma conversa com nosso pai. - beija minha testa antes de sair. - Boa noite.

- Tchau. - me despeço fechando a porta.

Voltei para a cama, mas não consegui dormir. Eu estava preocupada com o que seria de minha vida daqui pra frente.

(...)

O dia amanheceu chuvoso, apesar de ser verão, a chuva não dava trégua. Estava cansada, minha noite de sono não foi das melhores e não estava nada afim de ficar em uma mesa com Papai, Erik e Henrique. Pois sabia que não teria paz, então tomei café na cama, em seguida fui para meu lugar favorito, a biblioteca de minha mãe, que era o único lugar onde eu sabia que estava rodeada de finais felizes e aventuras incríveis, muito diferente da minha vida real.

Enquanto lia "A montanha mágica", sinto a presença de alguém e olho para a porta, que antes estava fechada.

- O que faz aqui? - digo dando as costas para ele e fechando o livro. - Como conseguiu entrar aqui? Que eu saiba você deveria estar pegando um voo para Inglaterra, e não em minha biblioteca.

Ele sorri de lado me ignorando completamente.

- Primeiro: Eu vou aonde bem entender; Segundo: não lhe devo satisfações de onde devo ou não estar; - ele pega um charuto já o acendendo - E terceiro: deve se dirigir a mim com mais respeito, por motivos que você já conhece. - diz debochado já sentando em uma das poltronas da biblioteca.

- Tanto faz. - reviro os olhos com sua resposta e volto ao meu sofá que fica próximo a janela.

- O que está lendo? - ele pergunta em um tom carrancudo.

- Não interessa a você. - depois disso só sinto um grande puxão em meu braço direito, enquanto fico praticamente de sua altura.

- Olha aqui Mary, você pode ser a filhinha caçula sem mamãe que o papai dá tudo, mas isso logo vai mudar, pois em minha casa você vai seguir as MINHAS ordens e vai fazer o que seu marido mandar, seja por bem ou por mal - sinto o aperto em meu braço.

- Está me machucando. - estava na ponta dos pés.

- Não me importo com o que sinta, desde que me obedeça e me respeite. - ele estava vermelho.

- Me solta ou eu vou gritar. - o desafio.

- Ah é? Então grite para que todos possam ouvi-la. Grita Mary.- ele continua a apertar-me.

Meu braço estava ficando vermelho.

- Por favor. - foi tudo que consegui pronunciar até ser solta bruscamente e cair no tapete.

ele se agachou e com o dedo indicador levantou o meu queixo. Era notável meu medo.

- Não tenha medo Mary. Daqui a uma semana nos vemos em sua nova casa, onde seremos felizes para sempre. Assim como nos seus livros - e saiu. Me deixando novamente só.

- Ai Deus, por que isso foi acontecer logo comigo? - sussurro pra mim mesma, limpando minhas lágrimas.

Prometida ao Rei Место, где живут истории. Откройте их для себя