12. hearts can change

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Sei que é difícil manter o coração aberto
Quando até mesmo todos os amigos pareçam te machucar
E quando seus medos se acalmarem
E as sombras ainda permanecerem
Sei que você pode me amar
Quando não houver mais ninguém para culpar
Então não se preocupe com a escuridão
Ainda podemos encontrar um jeito
Pois nada é para sempre
Nem mesmo a fria chuva de novembro

Se amar e não ser correspondido já é uma coisa horrível, a situação de Jungkook possivelmente era ainda pior, pois além de se declarar aos berros no meio de uma briga, ainda foi totalmente ignorado. Seu coração estava mesmo em pedaços, e a vontade de ficar chorando no escuro ouvindo músicas tristes era imensa, só que felizmente sua cabeça ainda era capaz de raciocinar, e ver no relógio que eram onze horas da noite, e que Jimin havia saído dali sozinho, sem nem dizer pra onde, e o pior, a arma do loiro estava em cima do criado mudo. Isso era um risco que eles não podiam correr, estavam sendo observados e sair sem ninguém era dar muita chance para o azar, então mesmo que no momento tudo que mais quisesse fosse ficar muito longe do Park, Jungkook foi atrás dele.

Não o encontrou pelos corredores da fraternidade, indicativo de que ele tinha mesmo saído. O ar estava um pouco frio naquela noite, e o jovem policial olhou para os dois lados, lembrando-se que o portão de saída mais próximo era o da esquerda, seguiu nessa direção. Caminhou um pouco pelo campus, que estava bem deserto, por ser final de semana muita gente ia para casa ou para festas. Mas acabou ouvindo uns sons estranhos vindos mais da frente, e virando uma esquina viu dois homens brigando.

Tirou sua arma do coldre que estava por baixo da camisa, e lentamente foi até eles, tentando se esconder. Se esgueirou por trás de uma lata de lixo, e percebeu que era Jimin que estava tentando fugir de um homem, não tinha como reconhecer quem era no escuro mas podia apostar que era o mesmo que drogou Taehyung. Jeon não era muito bom em combate, mas Jimin estava em apuros, precisava fazer algo, então num momento em que o loiro estava um pouco mais distante de seu opositor Jungkook atirou na direção dele, mas passou de raspão pelo braço do homem, denunciando sua presença.

- Jungkook! - Jimin se assustou ao lhe ver ali. - Corre, sai daqui! - o mais velho não queria que acontecesse nada com seu colega.

Mas enquanto estava de olhos arregalados o homem já estava correndo em sua direção, lhe acertando um soco bem no meio do nariz, que lhe fez sangrar e deixou totalmente tonto, derrubando a arma no chão. Jimin, tentou correr para pegar a pistola e resolver de vez aquela situação, mas o inimigo foi mais rápido, chutando-a para longe. Jimin achava estranho o homem não ter tentado atirar até agora, o que lhe fazia crer que queria mesmo raptar alguém vivo.

Enquanto Jungkook ainda se recuperava do soco, Jimin partiu pra cima do cara novamente, dando um salto para lhe acertar uma voadora, mas ele desviou bem em tempo, ainda conseguindo chutar o Park bem no meio das costas. Como ele se desequilibrou, o cara aproveitou para empurra-lo e quando caiu de bruços no chão, acertou sua cabeça no asfalto com força o suficiente para fazê-lo desmaiar.

Jungkook nem pensou direito no que fazia, vendo seu hyung inconsciente no chão, socou o homem acertando na têmpora, e aproveitou o momento de susto dele para acertar o seu estomago com o joelho. Porém aquele cara era muito mais habilidoso, e sabia acertar os pontos certos, segurou Jeon pela gola e acertou seu rosto com o crânio, fazendo um corte em sua bochecha, o sangue se misturando ao que já saía de seu nariz machucado anteriormente. Jungkook ainda conseguiu dar uma rasteira nele depois disso, mas assim que caiu no chão o indivíduo derrubou o policial junto, e conseguiu lhe dominar, sentando em cima dele e dando mais socos em seu rosto. Jeon tentava se proteger com os braços, mas mesmo assim muitos golpes ainda lhe acertavam. Vendo que ele já estava fraco, o inimigo saiu de cima dele, e lhe chutou as costelas fortemente, fazendo-o gritar de tanta dor, seus olhos já lacrimejavam involuntariamente diante de tantos ferimentos.

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