25. The end is where we begin

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Quanto mais envelhecia, quanto mais insípidas me pareciam as pequenas satisfações que a vida me dava, tanto mais claramente compreendia onde eu deveria procurar a fonte das alegrias da vida. Aprendi que ser amado não é nada, enquanto amar é tudo (...).

O dinheiro não era nada, o poder não era nada. Vi tanta gente que tinha dinheiro e poder, e mesmo assim era infeliz.

A beleza não era nada. Vi homens e mulheres belos, infelizes, apesar de sua beleza.

Também a saúde não contava tanto assim. Cada um tem a saúde que sente.

Havia doentes cheios de vontade de viver e havia sadios que definhavam angustiados pelo medo de sofrer.

A felicidade é amor, só isto.
Feliz é quem sabe amar. Feliz é quem pode amar muito.
Mas amar e desejar não é a mesma coisa.
O amor é o desejo que atingiu a sabedoria.
O amor não quer possuir.
O amor quer somente amar.

Parecia como se o tempo tivesse parado por um momento, depois que aquele tiro foi dado. Foram necessários alguns segundos para que todos pudessem entender o que tinha acontecido. Jin se encontrava no chão, baleado na perna, sendo que Yoongi, assim que percebeu, chutou a arma dele para longe.

Enquanto o rapaz agonizava pela dor, Irene percebeu que o tiro veio da pistola de Jimin. Ele sabia dos riscos de reagir, mas quando viu Taehyung naquele estado, prestes a ver a morte da pessoa que ele amava, se identificou, pois mesmo sendo só ilusões, os sentimentos angustiantes que teve nas vezes que viu Jungkook morrer eram algo que não desejava pra ninguém, e não poderia ver seu amigo passando por aquilo e não fazer nada. Foi por isso que, antes que Jin matasse Yoongi, atirou nele.
Mas a trapitiana não deixou barato, usou a mesma técnica de antes, porém focando só em Jimin. Sua cabeça parecia que ia explodir, e ninguém fazia ideia de como ela conseguia causar aquilo. O Park deitou no chão, segurando a cabeça entre as mãos e gritando de dor. Aquilo era tão lancinante que ele achava que poderia perder a consciência a qualquer momento.
Sentiu que alguém o abraçou, mas não conseguia nem mesmo enxergar quem era, pois a dor o cegava.

– Jimin! – a voz chorosa de Jungkook chegou aos seus ouvidos como se estivesse muito longe. – Para com isso, deixa ele em paz! – implorou para a mulher.

– Eu avisei pra não tentar nenhuma gracinha. – ela disse firme, sem parar de torturar o policial. Sabia que ninguém poderia resistir muito tempo àquela intensidade de sofrimento.

Enquanto isso, Jin já tinha ido para perto dela, ainda sentado no chão segurando a própria perna no local em que fora baleado.

– Devolva a arma do Jin! – ela pediu para Yoongi.

O diplomata suspirou frustrado, parece que nada poderiam fazer contra aquela mulher, ela era poderosa demais, e eles, como meros humanos, não dariam conta de resolver a situação. Só se perguntava como ela fazia aquilo, já que em todo tempo que esteve em Trapit, ele nunca viu nada relacionado a super poderes.

No entanto, para sua sorte, Kihyun, que ainda estava na mesa do painel de controle das pilhas corticais, botou a cabeça pra funcionar. Pensou que, a diferença entre eles e Irene, é que ela conhecia melhor as sleeves. Portanto, o que fez foi desativar todas as pilhas corticais, pois tinha acabado de encontrar o modo de fazer isso quando ela e Seokjin chegaram.
Ao fazer isso, era como se o banco de dados da consciência das pessoas deixasse de existir, e apenas a atual fosse continuar a funcionar, tornando-as mortais novamente. Todas as pequenas luzes azuis que pontilhavam todas as paredes ao redor deles, do chão até o teto, se apagaram imediatamente, deixando o local muito mais sombrio e escuro. Kihyun torceu muito para que funcionasse, e de fato deu certo. O policial Park quase que imediatamente parou de gritar, e logo retomou a consciência, sem sentir mais nenhuma dor.

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