Capítulo 38- Ataque ao professor

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- Que tipo de animal...? - Harry ia perguntar, mas Hermione o interrompeu.

- Mas a coisa continuava a ser realmente perigosa! Andar no escuro em companhia de um lobisomem! E se o senhor tivesse fugido deles e mordido alguém? - Hermione disse.

- É um pensamento que ainda me atormenta. E muitas vezes escapávamos por um triz. Nós nos ríamos disso depois. Éramos jovens, irresponsáveis, empolgados com a nossa inteligência. Durante todo este ano, lutei comigo mesmo, me perguntando se devia contar a Dumbledore que Sirius era um animago. Mas não contei. Porque fui covarde demais. Porque isto teria significado admitir que traíra sua confiança enquanto estivera na escola, admitir que influenciara outros... - Lupin disse. - Então, de certa forma, Snape tinha razão quanto à minha pessoa.

Lupin disse a última frase olhando para Grace.

- Snape? Que é que Snape tem a ver com isso? - Black perguntou.

- Ele está aqui, Sirius. É professor em Hogwarts também. O Prof. Snape frequentou a escola conosco. Ele se opôs fortemente a minha nomeação para o cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Passou o ano inteiro dizendo a Dumbledore que não sou digno de confiança. Ele tem suas razões... entendem, Sirius pregou uma peça nele que quase o matou, uma peça de que participei... - Lupin disse.

- Foi bem feito para ele. Espionando, tentando descobrir o que andávamos aprontando... na esperança de que fôssemos expulsos... - Black disse.

Grace ficou com uma cara zangada.

- Severo tinha muito interesse em saber onde eu ia todo o mês. Ele não gostava nada de James. Ciúmes, acho eu, do talento de James no campo de quadribol... Snape tinha me visto atravessar os jardins com Madame Pomfrey certa noite quando ela me levava em direção ao Salgueiro Lutador para eu me transformar. Sirius achou que seria divertido contar a Snape que ele só precisava apertar o nó no tronco da árvore com uma vara longa para conseguir entrar atrás de mim. É claro que Snape foi experimentar, e se tivesse chegado até a casa teria encontrado um lobisomem adulto... mas seu pai, que soube o que Sirius tinha feito, foi procurar Snape e puxou-o para fora, arriscando sua própria vida... Snape, porém, me viu no fim do túnel. Dumbledore o proibiu de contar a quem quer que fosse. - Lupin disse.

- Então é por isso que meu pai não gosta do senhor, porque achou que o senhor estivesse participando da brincadeira? - Grace perguntou, quando mencionou seu pai, Sirius olhou diretamente para a garota.

- Isso mesmo, querida. - uma voz fria disse, vinda da parede atrás de Lupin.

Severo Snape removeu a Capa de Invisibilidade e segurou a varinha apontando diretamente para Lupin.

Hermione gritou. Harry deu um salto.

- Encontrei isso ao pé do Salgueiro Lutador. - Snape disse, atirando a capa para o lado. - Muito útil, Potter, obrigado...

Snape estava sem fôlego, mas tinha um olhar de triunfo.

- Vocês talvez estejam se perguntando como foi que eu soube que estavam aqui. Acabei de passar por sua sala, Lupin. Você esqueceu de tomar sua poção hoje à noite, então resolvi lhe levar um cálice. E foi uma sorte... sorte para mim, quis dizer. Encontrei em cima de sua mesa um certo mapa. Bastou uma olhada para me dizer tudo o que eu precisava saber. Vi você correr por essa passagem e desaparecer de vista. - Snape disse.

- Severo... - Lupin disse, mas Snape continuou.

- Eu disse ao diretor várias vezes que você estava ajudando o seu velho amigo Black a entrar no castelo, Lupin, e aqui tenho a prova. Nem mesmo eu poderia sonhar que você teria o topete de usar este lugar antigo como esconderijo...

- Severo, você está cometendo um engano. Sirius não está aqui para matar Harry... - Lupin disse.

- Mais dois para Azkaban esta noite. Vou ficar curioso para saber como é que Dumbledore vai encarar isso... Ele estava convencido de que você era inofensivo...

- Seu tolo. Será que um ressentimento de criança é suficiente para mandar um homem inocente de volta a Azkaban? - Lupin disse.

Cordas finas jorraram da varinha de Snape e se enrolaram na boca e no corpo de Lupin, ele perdeu o equilíbrio e caiu no chão. Black avançou para Snape, mas Snape apontou sua varinha.

- É só me dar um motivo. É só me dar um motivo e juro que faço. - Snape disse.

- Pai, não! - Grace disse, mas Snape estava muito concentrado em Black.

- Professor... não faria mal ouvirmos o que eles tem a dizer, f..faria? - Hermione perguntou.

- Senhorita Granger, a senhorita já vai levar uma suspensão. A senhorita, Potter, Weasley e Snape estão fora dos limites da escola em companhia de um criminoso sentenciado e de um lobisomem. Pelo menos uma vez na sua vida, cale a boca. - Snape disse.

- A vingança é muito doce. Como desejei ter o privilégio de apanhá-lo... - Snape sussurrou.

- Você tem que ouvir o que tenho a dizer. O rato.. olhe aquele rato... - Black disse, apontando para Perebas.

- Vamos, todos. - Snape disse, indicando a porta.

Harry, sem pensar muito, ergueu a varinha.

- Expelliarmus! - Harry gritou. Snape foi atirado contra a parede, depois escorregou por ela até o chão, um filete de sangue escorrendo por baixo dos cabelos.

Grace foi olhar, e percebeu que Rony e Hermione também haviam utilizado o mesmo feitiço contra seu pai no mesmo instante.

- O QUE FOI QUE VOCÊS FIZERAM! - Grace gritou. 

A filha de Snape e LilyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora