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Philippe Coutinho POV

Já fazia umas duas horas que eu havia chegado do treino. Estava deitado vendo o filme "O Clube dos Cinco" na TV. Tomei um susto quando bateram na porta do meu quarto. Abri e dei de cara com Olivia com o rosto vermelho e com suas coisas em mãos.
Dei espaço pra Olívia entrar e ela jogou as coisas no chão e se jogou na cama colocando o travesseiro em cima de seu rosto e soltando um grito abafado.

— Ahn, Liv. Será que pode me dizer o que está acontecendo? — perguntei me aproximando com cautela.
— O que está acontecendo é que meu irmão é um tremendo de um babaca. — Ela falou e se sentou na cama me encarando.
— E o que ele fez? — perguntei me sentando ao seu lado.
— Me fez pagar o maior mico na frente de um cara! Ele me tratou como se eu fosse uma criança. — ela falou e respirou fundo. — Eu conheci um cara aqui no hotel, a gente tava conversando  e surgiu um clima entre nós e ficamos. Meu irmão chegou lá e fez o maior escândalo dizendo um monte de merda que eu prefiro nem lembrar. Falei que não queria mais dividir o quarto com ele e agora eu to sem ter onde dormir.

Ela ficou me olhando esperando que eu dissesse algo.

— É, ele foi um babaca por ter feito isso com você. Entendo que ele só quis cuidar de você, claro que isso não justifica ele ter feito você passar vergonha. — falei e ela me olhava sem acreditar que eu estava apoiando-a. — E se você quiser, pode dividir o quarto comigo.
— Sério? — ela perguntou.
— Sério. — falei e ela me abraçou.
— Ah, você tá vendo O Clube dos Cinco?! Eu amo esse filme! — ela falou animada.

Eu apenas sorri pra ela e ficamos vendo o filme juntos. Passamos a tarde toda fazendo maratona de filmes antigos. Até que a Liv era legal quando não estava de mau humor.

⚽️

No jantar, o clima ainda tava estranho entre Neymar e Olivia, ambos ignoravam a presença um do outro. E o pior de tudo é que eu estava sentado entre os dois.
Assim que Olivia se retirou da mesa, chamei o Neymar pra ir no bar do hotel para conversamos.

— Sua irmã me falou o que aconteceu com vocês. — eu falei assim que as nossas bebidas chegaram.
— Ah, ela falou que tava se atracando com um moleque no sofá do hotel? — ele falou e pude sentir sua raiva através de sua voz.
— Não.
— É claro que não. Claro que ela ia se colocar como vítima. Ela não tem que ficar por aí se atracando com esses moleques!
— Cara, ela já tem 19 anos. Ela tem o direito de ficar com quem ela quiser. — eu falei.
— Tá do lado dela, Coutinho? — ele perguntou me encarando.
— Tô. — falei. — E eu não entendo por que você ficou desse jeito. Na idade dela você fazia a mesma coisa que ela fez!
— Ah, Philippe, se for pra ficar defendendo a Oliva é melhor nem falar nada. — ele falou e tomou a bebida dele numa golada só. — Agora se me der licença, irei pro meu quarto.

Não demorei muito no bar, terminei de beber e fui pro meu quarto. Assim que cheguei dei de cara com Olivia deitava no lado esquerdo da cama lendo o livro que ela estava lendo outro dia no avião e com um sorrisinho travesso nos lábios.

— Eu ainda quero saber por quê você sorrir tanto quando está lendo. — falei e ela fechou o livro.
— É por causa do Gael. — ela falou.
— E quem é Gael?
— É o cara do livro. — ela falou sorrindo. — Ele é tão... encantador.
— Eu reparei. Nunca vi você suspirando tanto por um cara. — falei enquanto pegava um pijama na mala e mesmo sem ver, sabia que ela havia revirado os olhos.

Entrei no banheiro e escovei os dentes. Tomei uma ducha rápida e vesti uma calça de moletom preta e uma camiseta confortável que tem a foto dos The Beatles. Sai e assim que Liv colocou os olhos em mim ela começou a rir.

— O que foi? — perguntei confuso.
— A gente tá vestindo praticamente a mesma roupa. — ela falou e se levantou da cama mostrando a blusa com a mesma estampa que a minha e sua calça de moletom preta.

Apenas balancei a cabeça e fui até a cama me deitando e desliguei o abaju que estava no criado mudo. Fechei meus olhos e senti que ela estava me encarando.

— O que foi? — falei sem abrir os olhos.
— Eu tenho uma coisa pra confessar. — ela falou e eu abri meu olhos e virei para o lado dela.
— O que foi? — perguntei.
— É que eu durmo abraçada com um ursinho só que eu esqueci no outro quarto e eu queria saber se eu posso te abraçar. — ela falou um pouco tímida devido ao seu pedido.
— Sério mesmo que você dorme com um ursinho? — perguntei.
— E com um abaju ligado, mas só quando eu durmo sozinha. — ela falou e eu suspirei.
— Tudo bem, você pode me abraçar. — falei e ela se enroscou em mim.
— Seria de mais se eu pedisse para você fazer cafuné em mim até eu dormir? — ela perguntou e eu rir.

Coloquei minha mão em seu cabelo e fiquei fazendo cafuné até depois que eu tivesse certeza que ela havia dormindo. E foi aí que eu dormir sentindo seu cheiro maravilhoso de morango.

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eu deveria está estudando pra química mas não tava conseguindo me segurar pra escrever logo esse capítulo!
ele ficou bem grandinho do que os outros dois!
vocês preferem capítulos curtos ou um pouco mais longos?
até amanhã 💙

Red • P. Coutinho Where stories live. Discover now