amor próprio.

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Hoje eu me peguei pensando em você, com uma saudade que sufocava e com lágrimas no rosto. Deu uma vontade de imensa de te procurar, de correr para os teus braços, te perdoar por todos os seus erros e te aceitar de volta.

Deu vontade de viver uma vida inteirinha contigo, pois é isso que o amor faz, mas minutos após uma pequena reflexão eu desisti, apaguei a mensagem que havia te escrito e sorri.

O amor quase nunca é suficiente, percebi. Você jamais seria a pessoa que mereço ter. Erraria novamente, como errou das outras vezes que o perdoei, não hesitaria em me machucar para satisfazer o seu oceano de ego e ainda tentaria me fazer sentir culpada por algo que você fez.

Eu queria tanto te ligar, te abraçar apertado e pedir pra você mudar, pra tentar fazer certo pela gente, mas você só prometeria e hoje palavras não me bastam, entende? Você não vai mudar.

E, graças a Deus, eu entendi que eu mereço mais que isso. Embora eu sinta sua falta, meu bem, sei que com você eu continuaria sozinha. Foi doloroso te deixar partir, mas foi a melhor coisa fiz.

Solidão a dois não sustenta nada. E esse boneco de porcelana que é nosso sentimento uma hora ia acabar se quebrando por descuidos seus. Eu desisti e me orgulho de não ter ido atrás de você, de não ter dado voz ao meu coração... E que se dane a saudade, a vontade e o amor.

Que se dane suas palavras, o seu choro falso e toda a cena. Hoje meu amor próprio prevalece, e eu nunca mais vou te deixar pisar em mim. Eu sinto muito, e sim, é um pedido de desculpas, apesar de ser autodefesa estar te matando dentro de mim.

textos que destroemWhere stories live. Discover now