julho nunca mais será o mesmo.

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Não teremos mais aquelas conversas até de madrugada no telefone ou WhatsApp. Não terá mais a sua voz chamando o meu nome em meu portão aos sábados. Não terá mais a minha risada misturada com a tua.

Não terá mais o seu abraço e o seu carinho quando as coisas estiveram difíceis demais. Não terá mais os meus conselhos. Não terá mais suas piadinhas, que por mais bobas que fossem, sempre conseguiam tirar risadas de mim.

Não terá mais o meu carinho e o beijo que eu sempre dava no seu nariz. Não terá mais um futuro entre eu e tu, tu e eu, como gostávamos de nos referir.

Dói tanto lembrar o início e meio que tivemos, porque o fim chegou. Parece que o tempo todo tivemos tanta certeza, que não percebemos o fim chegar.

Nos apaixonamos, mas não foi o suficiente. O nosso "nós" se desfez, aparentemente para sempre. Não tivemos tempo de descobrir o amor, porque talvez não era o tempo certo. A vida tem dessas e, talvez, um dia a gente se encontre.

Sou grata demais pelo breve infinito que vivemos e sem mágoas ou marcas, mesmo doendo por ir embora da sua vida, o carinho e o respeito permanecem. Eu sei que da sua parte também.

Obrigada por me ajudar a colorir todos meus meses desde aquele julho, mas agora entendo que preciso continuar colorindo sozinha até que você encontre aquarelas maduras e mais vivas.

Sigo colorindo-me, e se um dia a gente se encontrar, terei um arco íris inteiro te esperando. Guarde minhas cartas e minhas cores para sempre.

Julho nunca mais será o mesmo.
                   

textos que destroemWhere stories live. Discover now