Womanizer. HS

7※ Eu NuncA TE AMEI!

- Diana! – senti o meu braço a ser abanado, pelo que me tentei virar para o outro lado, sendo impedida por uma amarra que eu não me lembrava de onde tinha aparecido.

- Apenas mais cinco minutos pai! – Resmunguei, puxando a amarra para baixo, ouvindo um riso rouco, lembrando-me que o meu pai não estava ali, a não ser Harry.

Ele voltou a abanar-me, mas eu dei um grande salto, sendo apanhada novamente pelo cinto de segurança, associando tudo de uma vez. Mas desta vez, nessa hora em que tínhamos vindo, eu não tive nenhum pesadelo, o que agradeci aos santos por isso, pelo que passei a mão pela face, agarrando a minha mala, retirando o cinto de segurança e saindo do carro com a ajuda do Harry, que me ajudou a levantar, pois ainda estava muito cansada, apesar daquela hora que eu tinha dormido.

- Desculpa ter adormecido, mas tenho andado cansada. – Ele passou o braço por baixo dos meus braços, agarrando a minha cintura com cuidado, ajudando-me a manter direita, porque eu simplesmente já não conseguia, talvez a caminhada até ao apartamento me ajudasse a acordar um pouco.

- Estavas a precisar de descansar. – Falou simplesmente, enquanto trancava as portas do carro com o comando, porque o meu pai até isso tinha colocado no carro, e alarme! Naquela lata de sucata velha!

Mas bem, era melhor andar de carro, nele, do que a pé.

- Além disso, a partir de amanhã, a Fátima já irá começar a trabalhar em condições, em vez de andar sempre agarrada ás suas unhas pirosas que ninguém gosta, a não ser ela. – Suspirei, colocando o código na portaria, entrando de seguida, ainda com a ajuda de Harry, que estava a ser prestável e nada aproveitador, o que eu estava a gostar de ver, apesar das chatices todas.

- Eu apenas tenho que agradecer. Eu pensava que ela fazia alguma coisa, mas pelos vistos, estava errada. – Eu pelo menos pensava que sim, mas apenas ordenar uma agenda não é difícil, e isso, era tudo o que ela fazia!

- Não tens que agradecer, é o trabalho dela, e ela já tem vindo a abusar de ti desde o início, não tinhas como saber! – Guiei-o até á porta do meu apartamento abrindo-o, enquanto tentava entender onde tinha colocado os outros cobertores limpos que tinha lavado na última terça-feira.

- Fica á vontade, eu irei preparar o quarto, volto em dez minutos. – Felizmente, eu tinha a mania de ter tudo pronto quando saia de casa, ou poderia ficar realmente envergonhada em momentos como estes, mas bem, quando uma pessoa não consegue dormir, tem que se entreter com alguma coisa, não é verdade?

Andei até ao quarto adjacente ao meu, com uma porta de ligação que nunca antes tinha sido usado, mas onde eu mantinha as roupas do meu ex-noivo e suspirei, por ir deixar aquele homem dormir ali em casa. Certo, ele estava a ajudar-me, mas eu também já o tinha feito tantas outras vezes, o que chegava a dizer que estávamos quites e mais que quites, para agora, ser arrastada para as suas coisas.

Retirei a coberta e coloquei os lençóis com cuidado para não cair redonda no chão, como poderia acontecer, quando chegava a este ponto de exaustão, mas não liguei, agarrando um cobertor e colocando uma colcha nova, completamente limpa e cheirosa, dobrando a costumeira que sempre costumava estar ali a tapar o colchão sem uso. Ver este quarto a ganhar uso, que supostamente era para ser para o meu filho, deu-me um aperto no coração, mas não liguei, indo para a cozinha, onde ele estava sentado a olhar para as fotografias que estavam na minha banca, porque o local era o mais tranquilo da casa, pois existia uma outra banca, onde estava o fogão, o forno, micro-ondas, e todos os aparelhos que eu realmente necessitava, o que não eram assim tantos.

- Tu és casada? – Ele estava espantado e com os ombros bem rígidos, quando eu o vi a agarrar a fotografia onde eu estava na brincadeira a agarrar uma cortina branca que estava mesmo na cozinha, fingindo que era um véu, e o Luís tirou a fotografia, que eu realmente amei, e não fui capaz de a esconder, mantendo-a na minha frente, para sempre me lembrar dos meus objetivos, pelo que lhe acenei negativamente com a cabeça, porque eu não era definitivamente casada.