37- Reencontro

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Eu já estava farta de hospitais, queria apenas ir para casa, deitar-me no apartamento e dormir.

Já tratava de tudo o que era referente ao meu trabalho e até mesmo o Harry tinha trazido o meu telemóvel e o meu computador para me facilitar o trabalho, o que eu agradecia, mas as coisas não estavam muito fáceis para o meu lado, a minha recuperação tinha sido mais lenta do que o previsto e o Fredrikson continuava a dizer que estava a correr tudo bem e que era bom sinal ser um pouco mais lenta, pois era sinal que o meu corpo estava a habituar-se a todas as mudanças que se passavam pelo meu corpo, o que eu duvidava, mas acreditava nele, pois ele é que era o médico!

Todos os dias, o Harry me visitava e a Anne durante o dia, para me fazerem companhia e falarmos, pois o trabalho andava muito parado, sem viagens e contabilidade para tratar, o que agora se tornava bom, pois ainda me sentia esgotada muitas das vezes, mas eu tinha cada vez mais resistência, o que o Fredrikson dizia ser bom.

Tinha um segurança sempre á entrada e que por vezes, também entrava para falarmos um pouco, pois deveria ser secante, estar sempre á entrada da porta, sem nada para fazer.

Eu já sabia tudo dobre ele e a mulher e os seus três filhos, Bernardo, Lucas e Elizabeth, eles eram lindos e a sua mulher Veronique também, o que me deixava feliz, saber que ainda havia finais felizes.

O Harry agora, sempre que chegava, dava-me um beijo nos lábios, apesar de estar a mãe, o pai, ou até mesmo o buda, o que eu achava bonito, ele queria mostrar todos os dias, que estava lá para mim, e eu, agradecia por isso. Agradecia mesmo muito!

Ele neste momento andava em reunião atrás de reunião por ter estado aquela semana de roda de mim, até saber que eu estava bem o suficiente para fazer tudo sozinha. Ele não deixava o Fredrikson dar-me de comer, ou sequer banho, ele era o que tratava de tudo. Mesmo a ferida, era ele que cuidava dela.

Eu não gostava de a ver, não gostava de saber o porquê de ela alí estar, mas dava-me forças para continuar a lutar no dia a dia, pois tinha sido uma torvação que eu tinha passado, e ele, esteve sempre ali, do meu lado.

O carinho que ele mostrava ao lavar aquele corte, mostrava-me que ele não se importava nada com a gravidade da situação, ele apenas ficava feliz por eu estar viva, o que eu agradecia. Ficava feliz, por ele não me tratar de forma diferente de anteriormente, mesmo ela ficando para sempre no meu corpo. Sempre demarcada!

Eu sabia, que quando fosse para a praia, ela ficaria bem á mostra, no meio dos meus seios e iria ter enorme vergonha, mas apesar de tudo, eu sei que ele não iria gozar, até pelo contrário, ele iria apoiar-me! Iria erguer-me e mostrar-me que apesar de tudo, eu era a mulher mais linda daquela praia, por muito mais marcas ou cicatrizes que tivesse a minha pele.

Pois ele já o fazia, ele já mo mostrava todos os dias e eu, sentia-me bem, por tê-lo por perto.

- Boa tarde minha querida! Trouxe chá! – Sorri para a Anne e chamei-a para o meu lado, pois eu já estava sentada na cama, com uma mesa do meu lado esquerdo, onde estava o computador e o telemóvel, tudo por insistência do Harry, que não queria que dormisse com nada ao pé de mim.

- Obrigada Anne, anda, senta-te aqui ao pé de mim, isto hoje anda muito calmo de morte com telefonemas, sinto-me até mesmo no tédio! – Eu sorri, aceitando o chá e vendo a Anne sorridente para mim.

- Que novidades, tens tu da empresa? – Eu olhei estranha para ela, não sabendo o que responder, pois eu mantinha-me sempre em contacto só por chamada, nada mais que isso.

- Não sei nada de mais, não tenho televisão aqui, apenas o computador e internet, mas apenas para estar conectada com o teu marido, ele agora também quer que o trate por tu, isso não é errado? – Ele começou-se a rir e eu não sabia o que dizer.

Womanizer. HSOnde histórias criam vida. Descubra agora