47. Mais novidades...

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No dia seguinte acordei com a Safira a olhar para mim, fazendo-me festas na face, pelo que sorri, agarrando-me a ela, beijando a sua pequena face, mostrando bem os traços entre nós, o que deixava todas as pessoas babadas a olharem para nós, mas eu não me importava, porque na verdade, ela era a minha filha.

Vesti-a e depois eu fiz o mesmo, não ligando para o pequeno-almoço, pois o meu estômago andava às voltas, pois eu tinha fome, mas os enjoos matinais eram o pior que eu sempre passava!

- Bom dia! – Dissemos em uníssono, vendo a minha patroa a olhar para mim, calmamente e admirada, mas não disse nada, apenas sorriu para nós, desejando-nos os bons dias, até que eu senti o cheiro de comida no ar e me senti muito pior, colocando as mãos na barriga, correndo para a casa de banho, vomitando com rapidez, sabendo que não tinha nada no estômago, mas mesmo assim, tornava-se impossível para mim, não expelir nada, encostando-me á sanita, olhando para o meu reflexo no espelho, suspirando, pois realmente, eu sentia-me exausta!

- Mamã, estás bem? – Eu acenei com a cabeça, olhando para ela, sabendo que teria que lhe contar, mais tarde, ou mais cedo e sabia perfeitamente que tudo iria correr bem, ela aceitaria bem, pois sabia perfeitamente, que nunca nada iria mudar.

- Eu quando engravidei, também fiquei assim! – olhei admirada para a minha patroa, porque eu não sabia que ela já tinha sido mãe anteriormente. – anda, vamos comer umas bolachas de água e sal e falar um pouco!

Puxei o autoclismo e agarrei-me á Safira, trazendo-a novamente para a cozinha, querendo que ela tomasse o pequeno-almoço, enquanto nós conversávamos.

- Diana, há muito que eu estava para falar contigo, mas as coisas nem sempre puxaram para nos conhecermos, por isso, quero que tu saibas que nada do que fiz, foi para o vosso mal, apenas tinha uma vida para cuidar e as coisas não eram assim tão fáceis na altura. – eu apenas olhei para ela e suspirei, tentando perceber o que se estava a passar ali, mas aproveitei para comer as bolachas com sumo de laranja natural, sabendo que provavelmente vinha ali bomba!

- Pode continuar. – Olhei para ela, Sabendo que a minha vida não poderia ficar pior do que aquilo que já estava, pelo que suspirei, apercebendo-me, que ela estava séria de mais e nunca a tinha visto assim.

- Tudo bem! – Ela passou as mãos no cabelo, sentando-se á minha frente agarrando as minhas mãos com um pouco de receio, mas eu deixei, apertando a sua mão em resposta, tentando confortá-la, vendo finalmente a coragem a aparecer na sua cara, pelo que continuou. – Eu conheci um homem com 19 anos e perdi-me completamente de amores por ele. Eu pensava que iria durar para sempre, mas ele nunca estava em casa, até que eu engravidei. Estava á espera de gémeas e ele passou o tempo todo comigo, ajudando-me em tudo o que necessitava, sendo um bom homem e marido, o que me fez ama-lo, cada vez mais, mas quando nasceram, ele voltou a desaparecer e quando voltava, ele passava a vida toda na garagem, de roda daquele maldito carro que a minha filha, que tinha nascido em primeiro amava. Ele compunha o carro todos os dias, mesmo que a pequena não soubesse, ela já sabia mais de mecânica, do que a maioria dos rapazes da sua idade. Eu não queria isso para as minhas filhas, pois eu queria um pai presente para elas, um pai que lhes desse valores e carinho, mas quando ele recebeu a carta para irmos ao tribunal, ficou decidido, que cada um de nós, ficasse com uma criança, pelo que o teu pai ficou contigo e eu, com a tua irmã gémea, que apenas pensava em dinheiro, roupas caras e rapazes. Eu senti a tua falta toda a minha vida e sempre tentei estar presente, mas o teu pai decidiu cortar contacto comigo, pelo que fomos obrigadas a não lidarmos as três e esse, seria o nosso segredo, mas eu já estou farta de segredos. Eu já perdi demasiado do teu crescimento e desenvolvimento, para continuar á margem, quando olho para ti e vejo aquela bebé que eu trouxe do hospital, nos meus braços, aquela bebé, que sorria a cada careta e ria de felicidade com as coisas mais simples da vida. Eu queria que tu tivesses ficado comigo, mas escolheste o teu pai e ele a ti, vocês não se largavam e eu, não queria quebrar essa ligação, pelo que trouxe a tua irmã comigo para aqui e deixei que tudo acontecesse, sabendo bem, que eu sempre me iria lembrar de ti. Lembras-te do que me disseste quando eu me despedi de ti? – Eu não estava á espera de nada disso, eu queria apenas descobrir tudo conforme cresci, mas depois eu ultrapassei isso e cresci enquanto pessoa, pois eu sabia que ela sempre tinha tido as melhores histórias de embalar e eu sempre a tinha amado por isso.

- Lembro. Tu estavas a contar a tua história, quando eras órfã e eu nessa noite, quando recebi o teu beijo de boa noite, eu abracei-me a ti e disse que te amava. – Eu nunca o tinha dito ao meu pai, mas com a minha mãe as coisas sempre tinham sido tão simples, pois ela era muito fácil de ler e sempre fazia tudo o que podia por nós.

- Sim, eu sei, foi a coisa mais difícil que eu tive que fazer, eu tive que abdicar de ti, mesmo que estivesses tão perto, eu não consegui seguir tudo o que se passou no teu crescimento! Eu sinto tanto por tudo o que passaste! – Ela levantou-se e veio na minha direção para me abraçar, mas eu não a parei, ela sim, estancou a olhar para a Safira e para mim, sorrindo calmamente, até que eu estendi um braço e a puxei para mim, sabendo que ela, apesar de tudo, não tinha sido culpada de nada mais, do que das circunstâncias, assim como eu.

Agarrei-a e sorri, sentindo as lágrimas quentes a escorrer pela minha face, o que me estava a mostrar, que a gravidez, me andava a deixar emocional de mais, mas por um lado, uma pequena raiz do Harry, permanecia bem enraizada no meu interior e iria prezá-la para o resto dos meus dias.

- Eu estou tão feliz por teres retornado para Holmes Chapel com os meus netinhos! – Eu afastei-me um pouco, limpando as lágrimas, vendo os seus olhos vermelhos a olharem para mim, vendo as suas lágrimas também a escorrer. – Eu sei que perdi muito teu e da Safira, mas não quero perder nada mais. Eu amo que vivam aqui, posso ver-vos a tomarem o vosso rumo e a serem as mulheres da minha vida, apenas queria que a tua irmã estivesse aqui, mas infelizmente, não podemos ter tudo.

Eu peguei na sua mão e olhei para a Safira, sorrindo calidamente, pois ela olhava para nós as duas, admirada.

- Meu amor, esta é a tua vovó, ela é filha da minha irmã, ela deixou a sua descendência com o Fredriksen e nós conseguimos encontrá-la! Mãe, a minha irmã, irá viver para sempre nesta pequena! – A pequena gritou e agarrou-se á minha mãe, sorrindo bem alto, pelo que estava babada a olhar para aquela imagem. Era uma reunião familiar, que eu nunca tinha imaginado acontecer. – Bebé, eu tenho uma coisa para te contar! Tu vais ter um maninho, ou uma maninha, o que achas? – Ela gritou novamente e agarrou-se a mim, chorando de felicidade, o que me fez chorar novamente, baixando-me para a abraçar calmamente, sabendo que ela iria ser a irmã mais velha, mais responsável de todos os tempos, pois via muito dela em mim e as freiras, tinham-na educado muito bem.

- Eu estou muito feliz! Eu tenho uma mamã que me ama, vovó e vovô e ainda um maninho! Eu estou tão feliz! – ela falava tão empolgada, que eu até me sentia uma mãe babada.

- Sabes, meu amor, vais ser uma boa irmã! Eu amo-te muito Safira, nunca te esqueças disso! – Beijei a sua face pequena e limpei as suas lágrimas de felicidade, sabendo que era hora dela ir para a escolinha, mas podia chegar atrasada pelo menos hoje, pois estávamos a comemorar uma nova vida.

- Eu também te amo mamã! – A minha mãe via aquilo com as lágrimas a correr e eu também, pois sentia-me orgulhosa daquela menina, pois eu nunca poderia ter pedido uma filha tão boa para mim, eu estava tão feliz, mesmo sabendo que ele não estava cá para ver! Apenas queria ter possuído uma única chance de me despedir, apesar de saber que a culpa disso, tinha sido minha, mas talvez, um dia, voltaria a Londres e me despediria dele, falando sobre todo o meu amor para com ele, no seu descanso eterno, pois apesar de ele não me poder responder, eu sei, que ele estaria me ouvindo.

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Olá olá!!!! eu sei que normalmente demoro muito a postar, mas estou muito feliz por tudo o que tem feito por mim, que resolvi escrever mais um episódio hoje! 

Espero que estejam a gostar, pois novidades virão por ai! 

Beijinhos grandes e até á proximaaaaa! 

Womanizer. HSOnde histórias criam vida. Descubra agora