Womanizer. HS

49. Dia De Reencontros...

Voltei a ter pesadelos nessa noite, eu não conseguia dormir e o meu pai até se ofereceu a trazer a Safira para dormir comigo, mas eu recusei, pois não a queria acordar. Eu tinha sonhado com o Harry, com todo o sangue a correr nas minhas mãos e o seu olhar sem vida, entre os meus braços, o pior de tudo, é que a culpa tinha sido minha, pois ele tinha tentado defender-me de tudo o que tinha acontecido e a sua morte foi a recompensa que ele teve.

Eu não conseguia mais dormir, pelo que vagueei pela casa, preparando as coisas para o pequeno-almoço e lembrando-me de tudo o que já tínhamos passado, agradecendo por todas as memórias e toda a dor que eu sentia, pois só mostrava que tudo, não passava de um sonho.

O meu pai acordou cedo e tomou o pequeno-almoço comigo, mas a Safira dormiu até ao meio dia, era fim-de-semana assim poderíamos aproveitar esta pausa em paz.

Eu andava muito atarefada nestes dias, e isso tudo, não estava a ser fácil, tendo em consideração o bebé e a gravidez, mas tudo se arranjaria, tal e qual como sempre o tinha feito, pois apesar de tudo, eu não queria perder o meu bebé! Eu já amava aquele minúsculo ser que tinha visto na ecografia que tinha feito no dia anterior e não iria fazer nada que o pudesse vir a prejudicar na minha vida, estivesse ele dentro de mim, ou sendo o bebé mais pequeno e indefeso do mundo.

Era meio-dia certo, quando a Safira saiu da cama, ele andava também cansada da rotina, mas amava Holmes Chapel, tanto quanto eu e não queria outra coisa, o que para nós, era ótimo, pois não tínhamos nada á nossa espera em Londres.

Eu estes dias, após a minha conversa com o Robert, lembrava-me muito do Harry e pensava muito no nosso bebé, mas acima de tudo, eu também sabia, que tinha que voltar a Londres para me despedir dele, por muito que me doesse no meu interior.

Suspirei e dei o pequeno-almoço á Safira, pois sabia perfeitamente bem, que tinha que preparar o almoço para nós, pois apesar de tudo, ainda queria ir com a pequena ao parque, porque uma amiguinha dela fazia anos e eu queria ter a certeza que ela iria conseguir fazer tudo o que podia por ela, pois ela merecia, após tudo o que tinha perdido naquele orfanato.

- Hoje os Styles vêm cá a casa. Eles querem ver-te, espero que não te importes! – Olhei para o meu pai e suspirei, pois eu não sabia sequer o que dizer, pois eles eram minha família também, mas mais importante, eram avós daquele pequeno rebento que eu tinha.

- Não, eu não me importo, até fico feliz, pois já tenho saudades! – O que era verdade, pois já não os via á muitos meses e eu queria estar com eles e saber tudo o que se estava a passar nas suas vidas, mesmo que não fosse nada, pois Anne era aquele tipo de pessoa, amorosa, que todo o mundo amava e deixava todos felizes!

- Eles vão chegar ás três e trazem coisas para o neto. Eles sabem que ainda é cedo, mas querem mimar-te ao máximo! Mesmo que tu não o queiras, ou aches que não mereças. – e não, eu não o merecia, mas aceitaria o que quer que fosse que eles trouxessem, pois sabia perfeitamente bem, que apesar de tudo, eles tinham muito bom coração e faziam tudo por amor.

Eram três horas certas, quando a campainha tocou e eu corri para a porta, abrindo-a com curiosidade, vendo o senhor Robert e a Anne a olhar para mim, as lágrimas começaram a correr de felicidade, pelo que nem as limpei, quando me agarrei a eles os dois, pois eles tinham sido que nem uns pais para mim, quando eu estive em Londres e não iria nunca me esquecer disso!

- Estava cheia de saudades! – Falei enquanto ainda os abraçava, logo me afastando, olhando bem para eles, vendo que apesar de tudo, não tinham mudado nada!

Ambos estavam fortes e seguros de si mesmos, apesar de tudo o que tinham passado, dois meses atrás! O que me deixava muito feliz por eles.

- Entrem, entrem, o meu pai está aqui na sala, sejam muito bem-vindos! – puxei-os para o interior e sorri, vendo-os ali, pois eu tinha feito uma ligação muito boa e especial com eles e não a queria perder muito. – como estão as coisas a correr por Londres?