34| precisamos de um tempo

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CLARY

Às onze da noite, depois de pôr Rose para dormir, Paige e eu decidimos colocar a conversa em dia...ou em noite, como quiser.

"Eu não acredito que aquele filho da mãe falou isso!"

"Paige, fala baixo. E sim, ele disse." Essas palavras ainds ecoam doendo em minha memória.

"Ele tem alguma anomalia no cérebro? Como pode dizer uma coisa dessas?"


"Eu sei. A questão é que eu não consigo deixar para lá, esquecer e seguir. Ele já se desculpou, mas eu não sei fazer isso." Ela chega para perto de mim e senta na cama de pernas cruzadas assim como eu, ficando à minha frente.


"

Clair, você está magoada. E com toda razão, olha o que esse imbecil sem noção te disse!" Ela se altera e a olho feio. "Desculpa. Você precisa de um tempo para digerir tudo isso. Ele deu uma bela mancada."


"Eu só fico pensando o porquê ele disse isso, quando eu dei motivos para que ele duvidasse de mim? Só porque Joshua apareceu lá em casa, não significa que..."


"Joshua?" Me olha arregalado.

"É, ele esteve lá."

"Ai meu Deus, de onde surgiu essa criatura? Pensei que estava em alguma casa de reabilitação."

"Paige!"

"O quê? Você e Charleston toda sabe que ele era dependente. Eu até hoje não faço ideia de como você namorou com ele."

"Não foi bem um namoro, você presenciou. Ele me ajudou." Ela revira os olhos.

"Clair, presta atenção na sua super amiga, aqui. O Joshua é um cara que só fez bem para você, ninguém gosta dele, porque ele nunca fez bem para ninguém. Só para você e isso é mais que estranho."

"Tá, pode ser. Mas eu tenho que ser grata de algum jeito. Você lembra quando eu precisei de ajuda no meio da madrugada sozinha com a Rose? Ele apareceu e a fez dormir. Sabe que isso tem peso pra mim."

"Tuuudo bem. Faz o que achar melhor, amiga. Eu vou estar aqui para você, caso precise." Ela sorri e a acompanho.

"Eu sei."

(...)

A madrugada com Rose está sendo intensa. Ela acordou às duas e decidiu que queria o "colo do papai", como ela mesma disse. Estou ninando ela em meu colo há trinta minutos e ela continua fungando.

"Mamãe..." ela chora. "Quelo o papai, por favor" Rose me olha com seus grandes olhos claros e nariz vermelho, o qual só posso ver pela luz do lado de fora da janela.

"Filha, olha aqui para mamãe." A viro de frente para mim e vejo seu biquinho aumentar. "O papai tá dormindo na nossa casa, e a gente não pode ir lá agora, tá muito tarde, amor."

"Busca o papai, mamãe"  ai meu Deus. Como eu posso dizer não? Eu tenho que ser sensata, pensar com a razão, não posso ser desmiolada e...

"A mamãe vai pedir pro papai vir aqui, tá bom?" Ela faz que sim, mas continua a chorar. Sento-me na cama com ela e a ponho ao meu lado, Rose deita em meu travesseiro olhando para mim esperançosa fingindo chorar agora. 

Por favor, atenda, Jace.

"Alô?" Escuto sua voz grogue de sono.

"Jace, sou eu, Clary. É que..."

"Estou colocando meus sapatos, o que aconteceu? Chego em dez minutos, fique dentro do quarto." Ele diz apressado.

"Jace, calma!"

"O quê?"

"Rose. Ela... ela está sentindo sua falta, disparou a chorar chamando por você. Ela pediu por favor, para eu te chamar. Por favor, Jace."

"Eu estou indo, pode abrir para mim quando eu te mandar mensagem?"

"Sim, até mais."

"Te amo." Desligo sem responder. Vai ser duro vê-lo, mas quando olho para Rose, vejo que tudo está bem.

"O papai está vindo ver você, meu bebê." Ela sorri.

Em menos de vinte minutos, Jace chega e sobe para o quarto, afinal ele tem a chave.

"Papai! Me pega, papai!" Ela fica de pé na cama com dificuldade e estende os bracinhos gordos para ele, que sorri e a carrega, a aconchegando bem em seu colo e cheirando seus cabelos.

"O pai tá aqui, princesinha. Você precisa dormir, vamos dormir com o papai?" Ela faz que sim. "Dá um beijo na mamãe" eles chegam para perto de mim e ela se inclina buscando minha bochecha.

"Beso, mami" sinto seu beijo babado em minha bochecha.

"Boa noite, meu amor." Jace olha para mim e desvia o olhar para Roselie. Se deita com ela na cama e não demora para ela dormir. Jace se levanta cuidadoso, vindo em minha direção, enquanto vou para a sala. Encosto na porta e ele para em minha frente.

"Acho melhor você ir, está bem tarde." Me pronuncio, sentindo cada dor de mandá-lo embora.

"Clary..."

"Não força, Jace." Fecho os olhos e volto a olhá-lo.

"Certo. Boa noite." Abro a porta e ele sai.

Me recosto na porta respirando fundo, forçando que a vontade de gritar para ele entrar fique quieta dentro de mim.

Até quando, Jace?

Pensar que depois de tanto tempo separados, sentindo sua falta, uma barreira foi colocada entrea gente me faz grunhir de frustração. Subo e me deito ao lado da minha filha, ela suga a chupeta com avidez, preciso tirar a chupeta dela, mas me parte o coração me fingir de desentendida quando ela perguntar pela amiga. Durmo pensando em como tudo vai voltar ao que era.

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Gente, sei que demorei DEMAIS, mas tive que tomar um tempo para colocar as coisas em ordem em mim. Não tenho dias certos para as postagens.

Muito obrigada a vocês e aos novos leitores e leitoras! Amo vocês!

Comenta aqui o que você tá achando da atitude do Jace e da Clary

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Bjooooos

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