CAP 5 - Toxic

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Thalia POV pt. 1

Ao entrar na balada pude perceber o quanto o local estava lotado, mal conseguia ouvir o que a Elle queria me dizer mas percebia pela cara dela que não estava a agradando muito. Eu, pelo contrário, estava adorando desde que entramos. A risada das pessoas, a música alta, o clima de felicidade... Era tudo que eu estava precisando (só faltava tocar Britney Spears). Dançar até o dia amanhecer, beber sem pensar o que os outros achariam e viver aquela noite como se fosse a minha última. Pouco tempo depois de entrarmos, Elle me avisou que iria voltar para o hotel.

- Amiga, eu não estou brava! - Falei tentando ficar séria mas sem sucesso, já havia bebido algumas doses e a música que tocava era uma das minhas favoritas, não conseguindo ficar parada. - Vai fazer companhia pra Marina, eu vou ficar bem. Logo quando acabar peço um uber e volto para o hotel.
- Não acho que você vá conseguir fazer isso se continuar nesse ritmo – Elle me repreendeu - Como você consegue beber tanto?
- Mas eu só bebi duas doses de tequila e uma caipirinha! Como ousa dizer que eu bebi muito? A noite só começou, amiga. - Não consegui conter a risada e gargalhei de mim mesma. Ok, eu provavelmente já havia bebido um pouco.

Elle caminhou até o bar que estava próximo de nós e pediu uma caneta e um guardanapo. Procurou o celular dentro da bolsa e anotou algum endereço e me entregou.

- Depois daqui, você pede um táxi e entrega o papel pra ele. É o endereço do hotel. Não pede uber porque você não vai conseguir digitar o endereço certo. - Ela dizia séria, me olhando nos olhos – É sério, Thalia! Não me faça bancar sua mãe agora.
- Relaxa, amiga – Peguei o guardanapo da mão dela e guardei no meu bolso – Táxi direto para o hotel quando eu sair daqui.

Elle assentiu me dando um longo abraço e pedindo mais uma vez para eu ter juízo e me cuidar.
Logo quando ela saiu, me vi sozinha. Meu estômago gelou pelo fato de não conhecer ninguém ali e as únicas pessoas com quem eu havia conversado era a Elle e o barman. É isso! Pensei comigo mesma. Como se uma luz acendesse no meu cérebro, fui até o bar e sentei em uma das banquetas que tinham ali. Foi então que o tempo voou, quando me dei conta já havia bebido tequila, caipirinha e algumas bebidas que o barman inventava na hora.

Eu já tinha contado para ele de onde eu era, quantos anos tinha e porque estava em São Paulo, era como se nos conhecêssemos a anos. Pedi uma água para tentar amenizar um pouco o álcool no meu sangue, chequei meu celular e ainda nenhuma mensagem de nenhuma das duas, que milagre. Resolvi deixar o barman trabalhar e parar de encher o saco dele com as minhas histórias e fui para a pista de dança, já que eu não havia dançado desde que tinha chego.
Uma música desconhecida estava tocando mas a batida era ótima. Enquanto dava goles na minha água, senti cada vez mais o lugar ficando pequeno, como se a balada pudesse ficar ainda mais cheia. Depois de mais algumas músicas eletrônicas que eu não gostava, as boas finalmente começaram a tocar! De Luis Fonsi a Drake, eu só continuava dançando. Foi quando, entre uma dança e outra, senti um olhar em mim o tempo inteiro, como se estivesse me analisando, porém era impossível saber de onde vinha pois o lugar estava incrivelmente mais lotado que antes.
Quando me virei para o DJ para prestar atenção na próxima música que ele iria tocar, senti uma respiração perto de mim e uma voz sussurrando no meu ouvido

- Perdida?

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