CAP 11 - Thaliel

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Enquanto Thalia tentava tirar alguns cacos de vidros que estavam grudados na pele do garoto em sua frente, ele mantinha seu olhar nela, curioso com a sensação com cada toque e arrepio que a garota provocava nele.
Joel não entendeu o que estava acontecendo com seu corpo, ele estava queimando por dentro e tinha o desejo de ter Thalia para ele por inteira.

Talvez tenha sido a bebida que tenha dado a coragem para o mexicano acabar com a pequena distância que existia entre os dois, fazendo Thalia levar um leve susto. Enquanto as mãos do garoto seguravam o rosto da ruiva tentando trazer ela mais para perto possível, Thalia mantinha suas mãos pousadas no peitoral dele. O beijo foi de aprofundando pouco a pouco, ganhando mais intimidade e mais malícia. As mãos de Thalia já haviam descido alguns centímetros e agora estavam paradas no abdômen de Joel, por dentro de sua camiseta. O garoto também tinha tirado suas mãos do rosto dela e as levado para o cabelo da mesma, puxando os longos fios do cabelo da garota.

- Ouch! - Joel interrompeu o beijo com uma careta de dor, fazendo Thalia direcionar sua atenção aos machucados dele.
- Tem um caco pequeno na sua barriga... - a ruiva tinha um misto de sentimentos estampados em seu rosto - Como ele foi parar aí?
- Estou tão confuso quanto você, linda. - o elogio final fez a garota estremecer enquanto retirava o pequeno caco de vidro que estava o incomodando.
- A sua confusão deve ser pela quantidade de vodka que você já tomou, lindo. - o arrependimento chegou segundos depois pois ela sabia que Joel iria retrucar.
- Você realmente pode falar disso melhor do que eu, Thalia. -  o tom de voz de Joel tinha mudado e Thalia afastou seu corpo do dele - Talvez eu também esqueça de tudo que aconteceu hoje e se você não me procurar, talvez eu nem me lembre de você quando eu acordar. - As palavras do garoto doeram mais que todos aqueles cacos de vidros espalhados pelo chão.
- Eu cansei de ficar me explicando para você - a garota que até então estava ajoelhada em frente à ele, se levantou e suspirou profundamente, tentando arranjar forças para o que estava prestes a dizer - Eu sonhei com você por muito tempo, tanto tempo que você não consegue imaginar. Mas se para ficar com você eu vou precisar me explicar e precisaremos voltar para esse assunto toda vez, eu só não... - Joel viu uma pequena lágrima escorrer pelo rosto da garota parada em pé a sua frente mas que logo foi limpada pela mesma - Eu não consigo, Joel. Eu sinto muito... Eu não posso ficar me humilhando e vendo você pisar sempre em uma ferida, pois assim ela nunca vai cicatrizar. Eu entendo sua decepção e entendo que você está machucado, mas talvez você tenha se esquecido de que eu também estou magoada. - Thalia fechou os olhos, não acreditando que tinha dito tudo aquilo em frente à ele. Se sentia estranha, não sabia como agir e suas palavras pareciam sair emboladas antes mesmo dela dizer. A garota foi caminhando em direção a sala aonde todos estavam e podia jurar ter ouvido Joel a chamar baixinho, foi quando ela olhou para trás e viu o garoto se levantando e xingando pelos machucados estarem ardendo. Antes de que ele pudesse dizer alguma coisa, Thalia foi mais rápida.
- Vai lavar esses machucados, o banheiro é a sua esquerda. - e como um último pedido, Thalia disse - e pare de beber, por favor.

É isso. Joel teve a plena certeza de que havia estragado com tudo.

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