CAP 15 - In the edge of glory (finale season)

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  Havia amanhecido. As amigas estavam jogadas pelos cômodos da casa, extremamente cansadas. A primeira a se acordar foi Marina, que colocara um alarme em seu celular para que todas se levantassem para arrumar a bagunça consequente da noite anterior. A garota coçou os olhos e após ir ao banheiro, fazer suas higienes e tomar apenas uma grande xícara de café, ela se encostou no balcão da pia respirando fundo, aproveitando para se lembrar de todos os momentos que viveu com CNCO naquela cozinha. Correu os olhos de volta para a entrada da sacada, torcendo oara que tivesse sido mentira apenas aquela parte na qual Joel havia quebrado a porta de vidro, tal que se mostrara completamente real, pois alguns dos cacos ainda estavam espalhados. Marina começou a limpar aquela área terminando de recolher os pedaços de vidro e passando um pano para tirar algumas pequenas manchas de sangue, indicando que Joel pudera ter se cortado quando quebrou o vidro.
  As amigas acordaram em seguida, e após fazerem as mesmas coisas que Marina, o trio se encontrava na sala, retirando a decoração das paredes e das mesas.

- Sabe... – começou Marina tentando puxar assunto e acabar com aquele clima pesado entre elas – Agora que não precisamos esconder nada, a gente pode ouvir uma música de qualidade né? – e então fou caminhando até o som com seu celular, o conectando e colocando a playlist This is CNCO by Spotify.
- Ei ei ei, pode ir tirando isso daí ou colocando outro tipo de música – reprimiu Elle se aproximando da amiga com uma cara feia.
- Mas... Ok, parem tudo. Quero falar com vocês. – pediu e conseguiu Marina, tendo a atenção das amigas para ela.
- Pode dizer, caçula. – disse Thalia pacientemente, arrancando até um sorriso da amiga.
- Eu sei como vocês estão, sei como nós brigaramos com os meninos e que estamos muito chateadas mesmo por termos conhecido a personalidade deles mais a fundo... Mas é que... O Zabdi tinha falado o horário e o portão que eles vão embarcar né? Eu só achei que... A gente podia ir lá se despedir deles, não podia? – perguntou Marina em forma de pedido, já que em seguida de sua fala a garota estava de mãos juntas na frente do peito, como se implorasse por aquilo.
- Não, a gente não pode. – lançou Elle de forma ríspida.
- É Mari... Não sei se isso é uma boa ideia e se eles querem mesmo ver a gente depois de ontem. – murmurou Thalia coçando a nuca.
- Meninas, a gente precisa tentar isso... Elle, eu sei que você está super magoada com o Zabdiel, mas isso não vai fazer você deixar de ser uma cncowner. Ou vai? – e levantou a sobrancelha em direção à morena.
- Não Marina, eu não vou. – respondeu.
- E você, Thalia. Eu também sei como você está com o Joel, isso me custou uma porta sabia? Eu peço que no mínimo vocês tentem se resolver ou sei lá. Mas vocês conseguiram falar o que queriam para eles. Vocês não seguraram e estão guardando isso, já eu não tive nem chance de defesa quando conversei com o Erick... – nesse momento, Marina se sentou no sofá meio cabisbaixa e logo teve o apoio das amigas, que se sentaram uma no chão deitada em seus joelhos e a outra no sofá, a abraçando de lado.
- Ah... É... Mari, você não precisa ficar assim, tanto que é um motivo a mais pra você não ir. – sugeriu Thalia tentando fazer a amiga esquecer daquilo que ocorrera.
- Muito pelo contrário, isso é um motivo a mais pra ir. Acompanhem meu raciocínio – fez uma pausa como especulação – se eu pudesse ao menos ter uma chance de dizer tudo o que precisava pro Erick, dos dois um – outra pausa – ou ele finalmente me perdoa ou nunca mais olha na minha cara. Se a segunda opção for a escolhida, eu vou ser obrigada a voltar a vê-lo só como ídolo, vou desnutrir o amor de vida que eu criei por ele sabem? – e obteve uma afirmação de cabeça das amigas – Mas... E se a opção for a primeira? E se a gente conseguir ficar junto ou pelo menos se resolver e ter uma amizade? – a súplica desesperada estava estampada nos olhos da menor, que foi compreendida primeiramente por Thalia, que, por acaso, era sempre a mais compreensiva.
- Tudo bem, nós vamos. – ela disse resolvendo a então situação para a amiga, obtendo consequentemente duas reações: uma salva de palmas de Marina e um olhar reprimido de Elle – Elle Quispe, nós temos que entender o lado dela. Você sabe que nós pudemos explodir em cima deles e falar o que queríamos, mas a Marina só ouviu um monte de besteira falada de cabeça quente e não teve nenhuma reação momentânea.
- É... Você tá certa... – Elle relutava para convencer as amigas de que não queria ir, mas acabou cedendo – Alguma de nós tem que se sair bem dessa história.
- Sim, mas antes de se sair bem da história, vamos tratar de terminar de arrumar essa casa e sair dessa casa.

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