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Os gritos de alunos eufóricos não eram o suficiente para que eu esquecesse da minha fodida situação. Peguei o celular de Jin e repassei todas as três fotos tiradas e postadas do meu corpo nu. Jin tinha corrido para o corredor, afim de separar a briga que se estendia do lado de fora do nosso dormitório.
Eu sabia quem tinha atacado o idiota que me comparou a uma prostituta barata. Foi Taehyung. Ele provavelmente ainda estaria atacando o garoto e Jin estava tentando apartar um possível homicídio.

Com o olhar vidrado nas fotos, meu peito se aperta e sinto as lágrimas de novo, minha cabeça roda e me sinto doente. Assim que meu estômago se embrulha com as imagens reluzindo diante dos meus olhos, deixo o celular no chão e corro tropeçando em meus próprios pés até a privada do banheiro.

Meu estômago vazio impulsiona e eu vomito toda minha desgraça pra dentro do vaso sanitário de cerâmica branca. Quando já não sinto mais enjoos, dou descarga, me levanto e escovo os dentes e lavo o rosto. Me sento no chão frio repousando a cabeça na parede, em busca de calma e que meus pulmões voltem a funcionar corretamente de novo.

Os barulhos no corredor se tornam nulos, e depois de alguns segundos, o som de vozes está presente no lado de fora do banheiro, sendo dessa vez, apenas a voz de Jin e Taehyung.

- não precisa, Jin, eu já vi o que tinha que ver!

- não, Taehyung! Você não viu o suficiente, foi o...

- Jin! - Taehyung diz grave, mas o mais suave que consegue - não precisa falar!

Escondo meu rosto com as mãos sentindo vontade de vomitar de novo. Taehyung certamente estaria achando que sou mesmo uma prostituta.
Eu não ouço mais nenhuma voz vindo do lado de fora, mas agora os passos de alguém se aproximando de onde estou me apavoram.

Não ouso olhar para a porta que acaba de ser aberta, sei que é Taehyung e tudo o que posso fazer é esperar que ele comece a me insultar e jogar toda sua raiva em mim. Eu nem posso culpá-lo, as provas estão nos celulares de toda a universidade, era minha palavra contra todas as fotos tiradas.

Taehyung da mais um passo em minha direção, bem atrás dele está Jin.

- Jungkook, você está bem? - pergunta sobre minha situação e eu não respondi com palavras, apenas assinto com a cabeça em negação.

- Jin, você pode nos deixar a sós? - Taehyung continua com a voz aveludada e calma.

Jin some da porta do banheiro e logo a mesma é fechada e trancada. Meu corpo está gelado pelo medo... Medo de perder a única pessoa que enxergou quem eu realmente sou, quem cuidou de mim e que não quis apenas minha virgindade.
Ele se aproxima e se senta do meu lado, eu estou mais preparado que nunca pelo que ele irá dizer, ou gritar até que eu esteja surdo e ainda mais quebrado. Mas não é assim. Isso não acontece. A única coisa que escuto antes dele me puxar pro seu colo, foi um longo suspiro.

Taehyung me ergueu em seu colo, me segurando como se eu fosse um bebê. Eu não segurei e chorei alto, afundando meu rosto em seu pescoço e chorando, despejando todo o meu medo e vergonha com minhas lágrimas. O medo de perdê-lo era ainda maior que minha raiva e vergonha das fotos, agora que sei que ele não me odeia, um grande peso foi tirado do meu coração.

- o que aconteceu? - ele perguntou baixo e afagando meus cabelos.

- fomos para a boate ontem, eu bebi muito e os meninos tinham sumido de minha vista... - tomei fôlego para continuar a falar. - Yugyeom apareceu dizendo que eles tinham ido embora e prometeu me levar pra casa - minha voz tremeu mais uma vez e meu lábio tremia igualmente, numa nova onda de choro. - eu não q-queria, Tae...

Eu não consegui continuar mais, a vergonha que eu sentia por Taehyung ter visto tudo aquilo me deixava com vontade de cavar um buraco e sumir. Ele apertou meu corpo mais ainda e começou a me balançar para frente e para trás.

Taekook And BDSMWhere stories live. Discover now