Capítulo 7

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A noite passada, foi a mais longa da história. Não preguei os olhos, passei a madrugada em minha espaçosa sacada, planejando como tirar aquela imunda da jogada de uma vez.

Amar é uma coisa engraçada, acontece quando menos esperamos e nos torna capazes de fazer coisas jamais pensadas antes.

O amor nos torna capazes de ser frio e calculista e ao mesmo tempo, vulneráveis. 

Cheguei a conclusão que o Gabriel a ama por sua moral exemplar, então se eu fizer com que essa tal honra seja manchada, ele passará a odiá-la e assim poderei conquistá-lo de vez.

Embora tenha dormido pouco, acordei cedo. Preciso comprar algo especial para o meu aniversário, felizmente minha mãe se encarregou de todo resto então, facilitou minha vida.

Tomei banho, me maquiei bem básico e coloquei um vestido azul marinho colado. Optei por um tamanco plataforma e rabo de cavalo, fiquei bem apresentável.

Desci para cozinha e todos estavam tomando café da manhã.

— Bom dia, pessoas! - Me sento pegando, torradas e chá.

— Bom dia! Tinha espinhos na cama? Raramente você acorda antes das nove. —Sabrina alfineta.

— Pelo visto, tinha na sua também, adorada irmã. — Retruco.

— Chega, vocês duas! Logo cedo, não. — Morgana, fiz tudo que me pediu. Contratei profissionais competentes e bastante recomendados para cuidarem da decoração, buffet e convidei duzentas pessoas.

— Mas para que tanta gente, mãe? — Pergunto surpresa.

— Já que vai fazer, que seja bem feito.

— Espero que seja gente no mínimo comportada, eu vou nessa. Hoje o dia será longo e tenho várias coisas para resolver.

— Fiquei surpreso em ver o Gabriel aqui tão cedo, pensei que tivesse se demitido. — Questiona meu pai.

— Já viu que não, até mais tarde. Beijos.

Diálogos matinais, sempre serão estressante para mim. Saio e o Gabriel está conversando com o jardineiro, meu coração se alegrou muito ao vê-lo.

— Bom dia!

— Dona Morgana, bom dia! É um prazer vê-la tão animada. - Responde Elias, o jardineiro.

— Muito obrigada. — Sorri simpática. — Gabriel, podemos ir?

— Claro!

— Vamos ao shopping primeiro.

Nosso trajeto foi em silêncio, estava odiando essa situação, mas não iria puxar assunto.

— Então, esses quatro dias vai ser assim? Mal vamos nos falar? - Pergunta Gabriel sem desviar o olhar do trânsito.

— Fiz uma promessa e estou cumprindo. — Respondo seca.

— Sua indiferença me machuca, Morgana. Pode não acreditar, mas tenho carinho por você.

— De certa forma me alegro, mas isso não muda nada.

Eu estava em festa por dentro, saber disso me deu mais forças para lutar por ele. Chegamos ao shopping e fui direto para sala de um detetive particular, quero descobrir tudo sobre aquela ratazana.

— Bom dia! Em que posso ser útil?

— Preciso que o senhor fique na cola de uma pessoa, nao me pergunte o porque. Vou pagar o que for preciso para ter essas informações o mais rápido possível.

Morgana Where stories live. Discover now