Capítulo 16

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O único modo de superar o sofrimento, é suportando-o. Jesus suportou a dor no calvário através de sua grandiosa fé e é isso que devemos ter.

O pedido de casamento do Gabriel me pegou de surpresa, tudo está acontecendo muito rapido, mal posso acreditar que seja verdade. Depois de visitar vários imóveis, um prendeu minha atenção no bairro ipanema.

É exatamente o que eu estava procurando, confortável e nada luxuoso ao extremo. A entrada é composta por um grande portão eletrônico branco e muros decorados com plantas, eu amei.
A casa é grande, possui três quartos já decorados, inclusive um para criança, será um sinal dos céus?
A cozinha é espaçosa e pintada em tons claros com luminárias dando um ar refinado, a sala opulenta composta por antiguidades, moveis de madeira maciça e quadros raros, é o meu lugar preferido, é perfeita para um chocolate quente e a leitura de um bom livro.

Depois de concretizar a compra, fui para o Le P'tit Cafe encontrar meu pai, é uma pequena cafeteria francesa, porém acolhedora, repleta de guloseimas para todos os gostos.  Depois de alguns minutos, cheguei ao local combinado, ao me dirigir para entrar, sinto uma mão agarrar meu braço.

— Eu preciso falar com você!

— Me solta! O que você quer Vanderlei? — Puxo meu braço completamente irritada, é a última pessoa que desejo ver na face da terra.

— Calma, minha doce Morgana. Você não tem idéia do que tem feito comigo. — O olhar dele é de um louco pervertido.

— Do que está falando?

— Você abriu as portas para os meis desejos mais obscuros, eu preciso muito beija-la. — Vanderlei se atira em mim, tentando freneticamente me beijar.

— Me solta idiota, você está louco.  — Após alguns instante, uma voz familiar e furiosa se aproxima tirando Vanderlei de mim e o socando no rosto, fazendo uma de suas narinas sangrar.

— Miserável! Se voltar a se aproximar da minha filha, eu mato você! Fique longe da minha familia.  — Meu pai esta montado em Vanderlei feito um leão que deseja devorar sua presa.

— Pai, chega por favor. Não compensa.  — Depois de algumas tentativas frustradas, consigo faze-lo soltar este crápula.

— Ah, Augusto. Isso não vai ficar assim. Guarde as minhas palavras.  — Com isso, Vanderlei sai cambaleando até seu carro.

— Você está bem, filha? — Meu pai toca meus ombros, analisando cada parte de mim.

— Eu estou bem, fique calmo. Você chegou a tempo, vamos entrar.

Fiquei feliz em ver esse instinto protetor do meu pai, Vanderlei está completamente surtado, é um imbecil.
Nos sentamos em uma mesa e fizemos nossos pedidos.

— Então, pai. Como estão as coisas em casa?

— Bom, o noivo da Sabrina a perdoou e assumiu a paternidade do bebê já que o pai biológico se negou.

— Não esperava menos daquele idiota, afinal, o que está acontecendo com os homens de hoje?

— O que quer dizer?

— Ah, pai. Sabrina o traiu e o que ele faz? Perdoa e ainda assume o filho fruto da traição, ou é muito amor, ou ele é um idiota, mas enfim que sejam felizes. — Comprei uma casa para recomeçar minha vida ao lado de Gabriel, ele me pediu em casamento.

Morgana Where stories live. Discover now