Capítulo 9

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Quando pensar em desistir, lembre-se que alguém precisa de você, mesmo que você não se dê conta.

Aproveitando-me da embriaguez do Gabriel, segui até minha casa de campo. Eu sei que é vergonhosa minha atitude, mas por amor, quase tudo é válido.  Inclusive embriagar o amado na intenção de conseguir praticar o coito.

Estou com tudo planejado há muito tempo, é por isso que venho tomando remédio para estimular a ovulação e, consequentemente engravidar do meu adorado Gabriel. Conseguindo realizar essa façanha, nada irá nos separar... Assim espero.

Ele me olhava e sorria com aquele riso bêbado, e eu correspondia meio que maliciosa. Enfim chegamos, já estava estressada pela demora. Meu adorado motorista mal conseguia andar, espero que consiga fazer alguma coisa, vou morrer de ódio se nada sair como planejado.

Depois de conduzi-lo até a entrada principal, coloquei o na cama e ele desabou feito um saco de batata. Oh merda!..  Calma, nada de pânico,  Morgana.

Deixei que ele repousasse e fui até o banheiro trocar de roupa, queria usar algo especial, embora ele não note muito. Coloquei uma camisola de renda preta justa ao corpo, soltei os cabelos e voltei para o quarto. Para minha alegria, Gabriel estava sentado na beirada da cama, ele me olha como se não estivesse entendendo nada e eu sorri tentando cortar a tensão.

— Morgana, onde estamos?

Dou uma gaguejada e respondo...

— Na minha casa de campo, queria que você descansasse antes de ir. — Digo me ajoelhando perto dele. Você está bem?

— Sim! Apenas... Não sei dizer. — Ele toca meu rosto. Cara, assim eu não resisto!

— Deixa eu te ajudar a deitar. — Tento ajudá-lo e acabo tropeçando em suas pernas caindo sobre seu corpo quente.

Nos encaramos por alguns instantes e aos poucos aproximei nossos lábios em um beijo lento. A sensação foi de que a gente se conhecia a tempos, não somente nessa vida, mas em outra. Nossa conexão foi tão forte que tenho a plena certeza que não poderá ser cortada. Demos uma pausa e olhamos  um para o outro, de certa forma eu sabia que inevitavelmente aconteceria o que tanto almejo. 

— Eu quero você, Gabriel! Quis desde o primeiro instante que botei os olhos em você.  — Percorro minhas mãos em seu rosto.

— Eu também! Sei que é errado, mas não tenho forças para lutar contra isso.

— Então não lute! Nada é errado quando se ama.  — Beijo seus lábios suavemente.

Aos poucos fomos entrando em sintonia, não temos experiência nesse quesito, mas se depender do meu empenho, será uma noite e tanto, exatamente como tinha em mente. Enfim farei amor com alguém que amo.

Gabriel e eu somos como a tempestade e calmaria, eu intensa demais e ele cuidadoso. Nunca irei esquecer seu olhar ao me ver nua, foi algo espantoso e ao mesmo tempo fascinante. Sua expressão inocente me fez quere-lo mais ainda, também pude comprovar, que ele sente o mesmo por mim... Assim espero.

Aos poucos fomos nos despindo e conhecendo o corpo um do outro. Ele é um monumento esculpido especialmente para mim, me sinto uma sortuda de ser a primeira mulher em sua vida, e espero ser a única para sempre. Gabriel foi um perfeito cavalheiro em tudo apesar de ainda estar bêbado, me beijou com tanta ternura que me senti a mais amada das mulheres.

Apesar de tudo isso ainda estávamos tímidos, resolvi tomar a iniciativa, mas fui cuidadosa para não assusta-lo e ele acabasse pensando que sou uma pervertida. Começei dando leves mordidas em sua orelha, descendo até seu pescoço e assim percorri seu corpo até chegar em sua intimidade que expressava excitação ao extremo.

Eu não tenho experiência sexual, mas mesmo assim me arrisquei em fazer um oral que pelo visto, foi o suficiente para lhe arrancar gemidos de prazer. Na medida em que eu continuava,  Gabriel correspondia com leves puxões em meus cabelos. Chegamos ao nosso ápice e enfim consumamos nosso desejo. Gabriel veio por cima penetrando aos poucos meu corpo molhado que anseiava por mais e mais...

Na medida que seu pau entrava, eu gemia de dor e prazer até me acostumar com o tamanho daquele taco de baseball. Aos poucos fomos ganhando ritmo e as estocadas mais rápidas e gostosas, ao invés de dor, queria que aquilo nunca acabasse.  Entrelacei as pernas em sua cintura para afrodundar nosso contato íntimo e aquilo estava me levando a loucura, quando dei por mim, estava rebolando mais que a Valesca popozuda. Depois de um tempo, chegamos a nossa total realização, para uma primeira vez ele demorou bastante.

Deitamos abraçados por algum tempo e senti Gabriel ofegante, ele estava chorando, aquilo acabou com meu frenesi na mesma hora pois certamente estava arrependido.

— Gabriel, o que houve? — Pergunto sem conter as lágrimas, já sabendo da resposta.

— Me perdoe, Morgana. Isso foi errado! Mas não pense que estou arrependido de ter feito isso, o que é pior pois sinto que estou a amando.  — Noto sinceridade em seus olhos lacrimejados.

— Sinto muito, Gabriel. — Abaixo a cabeça na esperança de ser sugada pela terra, mas sinto suas mãos me abraçando fortemente.

— Eu vou terminar com a Débora, não posso continuar com essa relação sabendo que não vou te esquecer e também, é o correto a se fazer.

— O que você decidir, eu irei respeitar. — Beijo sua testa. Claro que eu não vou aceitar ele com essa vadia de merda.

Enquanto isso na casa de Gabriel...

— Dagmar, liga de novo para casa daquela Morgana. Já é madrugada e o Gabriel não apareceu, o que ele está fazendo com ela?

— Débora acalme-se, não precisamos disso agora e conhecemos muito bem a índole do Gabriel. Com certeza não faria nada para nós envergonhar.

— Vamos até a casa dela e esperar por lá, deve ser o primeiro lugar que eles irão.

— Isso não é horas de ir a casa dos outros. Por favor seja paciente!

— Por favor digo eu, Dagmar. Vamos!

Minutos depois na casa de Morgana

(Sons da campainha)

— Quem são vocês?

— Desculpe incomodar essa hora, sou a mãe do Gabriel.

— Prazer, Augusto! Sou pai da Morgana. Também estou preocupado, eles sumiram desde manhã.

— E porque você não foi procurar por eles ao invés de ficar ai parado?

— Débora, que isso? Me perdoe senhor Augusto. Não tem idéia de onde eles possam estar?

— Não senhora! Podem entrar e esperar se quiserem, sem escândalos!

Morgana Where stories live. Discover now