Cap. 32

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Hauana

Talvez seja esse o único peso que eu queira sentir na vida, o peso do seu corpo sobre o meu, sua confiança sendo depositada em mim enquanto permaneço acesa as meia-noite de um domingo frio, meu corpo não pede o cigarro para aquecer os pulmões, talvez por que ela faça esse papel muito bem.

Na verdade bem que um cigarrinho faria bem, merda de vício.

Me levanto vagarosamente para queimar meu câncer na varanda e vejo seu pequeno corpo balançar.

— Ei.. — ela diz com a cara amassada de sono e uma voz rouca. Merda, vai atrapalhar meu cigarrinho Kiara?

— Hey, tudo bem? Foi mal ter te acordado.. —  tento não focar em como a Kia fica maravilhosa deitada nessa posição.

— É que estava mais confortável... — ela comenta rindo, e a claridade da janela deixa esse sorriso marcado em mim.

— Já volto, só vou esvaziar a bexiga e te devolvo meu corpo super aconchegante. — brinco e ele solta um leve sorriso. Isso parece sonho.

Me levanto passando pelo corredor escuro e vou até a varanda. Acendo meu cigarro e repenso na minha situação. 

Kiara

A Hauana demorou, talvez seja o número dois e eu vou me aproveitar para zoar dela.

— Não vai entupir meu banheiro em! — grito da cama e vejo o banheiro apagado.

— Hauana? — me levanto pra conferir e não vejo ninguém. Típico da Hauana fazer loucura, por isso vou conferir na varanda, vai ver ele foi fazer um xixi diferenciado na moita.

Passo pelo corredor e vejo seu corpo de costas na varanda, sinto um alívio e a abraço por trás, ela parece ficar tensa e uma a fumaça percorre meus pulmões, espera, ela fuma? Começo a tossir e fico tonta por conta do cigarro, tenho sérios problemas de respiração.

Ela se vira me olhando assustada e abaixa o cigarro.

— Caramba! — começo a tossir sem parar.

— Merda.. — ela fica em dúvida entre se aproximar ou se afastar.

— Tudo bem.. só não simpatizo muito com isso. Não sabia que fumava.. — tento não tossir ainda mais.

— Não queria que soubesse, nem que se aproximasse, por que eu preciso finalizar ele.. — ela diz nervosa com o cigarro na ponta dos dedos.

— Isso faz um mal danado.. — me esquivo da fumaça.

— Pra você e pros meus pulmões, já pra mim.. — ela sorri.

— É um dos piores vícios. — aviso com minha tentativa falha de conscientizar o monstrinho.

— Meu pior vício é você Kia.. — ela se aproxima mas a afasto com as mãos. Por mais que eu queira ela, não quero começar a tossir no meio do beijo.

— Cacete. — ela xinga olhando pros meus lábios.

— É uma decisão tão difícil assim? — desafio olhando pro cigarro em sua mão.

— Não é exatamente uma disputa, posso finalizar aqui e depois ir para aí. — ela usa suas táticas de malandra.

— Ou um ou outro. — saio da varanda e deixando ela boquiaberta.

Hauana

— Ou um ou outro. — a Kia diz me deixando sem fala, essa mulher é o diabo, e eu pensando que não tinha como piorar aqui no inferno.

Ela é um sexy controlado, o tipo de garota que me acende rápido, desde a primeira vez que a vi sinto esse desejo insano.

Dou uma tragada longa e lanço o cigarro pela janela, corro pro banheiro e escovo os dentes, puxo uma balinha de hortelã do bolso e bolo um plano pra enrolar a Kia.

Kiara

Não é de surpreender que a Hauana me trocaria pelo cigarro, nada é surpreendente vindo dela.

Sinto meu lençol deslizar pelo corpo e o puxo para mim, sei que é ela puxando. Coloco toda minha força mas não adianta muito, ela me puxa com tudo e caio sobre ela no chão.

— Sempre acha que pode fugir de mim otaria. — ela provoca rindo.

— Não só posso como vou. — revido tentando levantar e fugir dela.

— Vai lá então. — ela diz me pressionando contra ela.

— Se alguém conseguisse me deixar. — digo me balançando.

— Da beijinho. — ela pede com cabeça em meu pescoço.

— Vai fumar ué. — provoco e ela sorri.

— Sério Kia. Tou intacta, sem nenhum vestígio de cigarro.. — ela morde meu lábio e sobe em cima de mim. A pressão aumenta entre a gente e sinto a Hauana tentando se controlar.

— Assim espero.. — aliso suas costas fazendo ela suspirar.

— Vem. — ela diz saindo de cima de mim e me pegando no colo, a claridade me permite ver algumas coisas, algumas tatuagens, um pouco do sorriso combinado com a voz rouca de quem não estava dormindo direito.

A Hauana me põe na cama e começa a beijar meu corpo inteiro.

— Aqui... — ela diz beijando o pescoço e deixando uma leve mordida.

— Aqui também.. — ela morde o bico do meu peito e já estou suspirando.

— Aqui você morre.. — ela faz cócegas na minha barriga aliviando a tensão entre a gente.

— Tou chegando.. — ela diz mordendo a barra da minha calcinha e meu corpo se inclina.

— Devo dar uma pausa? — ela pergunta sorrindo me deixando mais tímida. Seu corpo sobe para cima novamente e ela me beija.

— Ei! Vai ser quando você se sentir bem, quando quiser.. — ela abraça meu corpo e sinto meu coração pulsar forte.

— Eu quero, quero isso e te quero ainda mais.. — vejo a Hauana pegar fogo.

— Você o que? — ela pergunta olhando nos meus olhos e eu solto um leve sorriso.

— Está me quebrando Kiara.. — ela sussurra em meu ouvido mas estou focada em sua mão que desce pela barriga e entra na minha calcinha.

— Eu te quero Hauana.. — solto mais uma vez e ela faz círculos com os dedos em mim arrancando leves gemidos.

— A Kia tá molhada.. — ela sorri. Sinto longos arrepios, ela já me pressionou assim antes, é incrível.

— Eu quero te chupar tanto.. — ela sussurra em meu ouvido e eu arranho suas costas inteira para aliviar a tensão em mim. Ela parece gostar reagindo com um longo suspiro.

A Hauana remove cada peça minha lentamente, com os olhos grudados nos meus, ela sabe o quanto estou nervosa, por mais que a excitação já tenha me tomado por inteiro, ainda me sinto insegura, mas ela trabalha em cada detalhe para me dar confiança. Agora estou apenas de calcinha e ela me observa com o sorriso maldoso.

— Daqui pra frente eu só uso a boca.. — ela provoca me deixando com frio na barriga.

Sinto seu rosto se aproximar de mim e puxar a calcinha com os dentes pelas minhas pernas até o chão, ela sobe com a língua entre minhas pernas mandando choques pelo meu corpo.

— Abre. — ela manda e eu seguro nosso olhar, obedeço sua ordem e vejo o prazer estampado em seu rosto.

Quando mundos colidem |ACASOS|Onde as histórias ganham vida. Descobre agora