Capítulo 3

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Dois anos depois.


Kara olhou para o céu enquanto caminhava em direção ao seu prédio, o tempo estava começando a fechar, e provavelmente, choveria aquela noite, mas não se importava, aquele era seu primeiro dia de ferias em anos, e estava muito feliz para reclamar de uma chuva. Pretendia tomar um longo banho quente e depois sentar em sua varanda e beber um bom vinho tudo enquanto assistia a chuva molhar a cidade.

— Senhorita Danvers. — José, o porteiro, a cumprimentou como sempre fazia.

O porteiro de seu prédio, um senhor de mais ou menos uns 60 anos, e que estava ali desde que se mudara há dois anos, era um bom homem e sempre de bom humor, pelo menos com ela.

— José já disse para me chamar só de Kara. — Disse e se inclinou para dar um beijo na bochecha dele.

— Ah, se eu fosse mais jovem. — O senhor brincou.

Riu e piscou para ele.

— Ah, se também não fosse casado com a melhor cozinheira do mundo. — Se inclinou sobre ele mais uma vez. — Eu me casaria com a sua esposa.

A risada dele a seguiu enquanto entrava no elevador.

O elevador abriu em seu andar, saiu distraída procurando as chaves dentro da bolsa e quase tropeçou, olhou para baixo, em busca do que quase a fez cair.

E não se surpreendeu.

— O que você está fazendo aí? — Perguntou para o amigo sentado no chão em frente ao seu apartamento.

— Minha internet parou, estou aqui usando seu wi-fi.

Balançou a cabeça sem acreditar, Winn sempre se superava.

Dando um chute na perna dele, o tirou da frente da porta para poder abri-la.

— E Brainy onde está? — Brainy, seu melhor amigo e namorado de Winn.

— No trabalho, hoje ele vai fazer hora extra. — Winn entrou atrás dela e fechou a porta, e como sempre, se jogou em seu sofá. — Agora sim, ótimo sinal.

Kara jogou a bolsa sobre a mesa e apoiou a mão na parede para tirar os sapatos.

— Então o que vamos fazer hoje? — Perguntou Winn completamente à vontade em seu sofá.

— Eu nada, já você, eu não sei. — Ele deixou o notebook de lado no sofá e a encarou.

— Hoje é sua primeira noite de ferias, vamos sair para beber.

Amava sair, mas estava exausta e precisava de uma boa noite de descanso.

— Não estou no clima para sair, prefiro ficar em casa, tomar um bom banho e beber um bom vinho, e, talvez, pedir uma pizza.

Winn a olhou como se fosse um alienígena, se aproximou e tocou sua testa.

— O que aconteceu com a minha amiga? Cadê a minha Kara que não dispensa uma noitada?

Deu um tapa na mão dele e foi até o outro sofá, um pouco menor do que o que Winn estava, e sentou.

— Nada. — Recostou o corpo. — Só quero ficar na minha casa uma noite, amanhã podemos sair. — Apontou para Winn. — E também Brainy não está em casa, não podemos sair sem a vigilância dele.

E quando dizia isso não era exagero.

Ela e Winn sempre bebiam muito e Brainy sempre os controlava ou os arrastava para casa.

Sair sem ele para beber, era um grande risco.

— Estraga prazeres. — Winn bufou, e depois de lhe tacar uma almofada, voltou a se deitar e mexer no notebook.

Drunk In Love - Supercorp Where stories live. Discover now