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Eu só podia estar sonhando...

Henry morava no apartamento logo acima da biblioteca da cidade, eu estava morando com a pessoa que eu amo, embora ele não saiba, no melhor lugar desse ninho de ratos.

- Este é o seu quarto, pode arranjar como quiser - ele disse abrindo a porta e se virando, só para que eu pudesse ver seu belo sorriso.

- Obrigado mesmo - estava nervoso, minha voz mal saía.

- Disponha - a mecha loira insistia em cair sobre sua testa - Preciso dar banho no Nick agora, até mais - passou por mim, tocando meu ombro e fechando a porta em seguida.

Minhas coisas estavam arrumadas perto da cama, soltei minha mochila onde estavam meus livros com cuidado no chão perto de uma cômoda. Meu corpo doía, estava tão cansado, de todas as noites que passei em claro, obrigado Henry, graças a você eu consegui recomeçar meu livro.

Me joguei na cama, sentindo o colchão macio sob mim, diferente do piso de madeira que vinha sendo minha cama nos últimos tempos...

[...]

Ouvi batidas na porta, me sentei na cama, havia um cobertor sobre mim que não estava antes. Esfreguei os olhos, bocejando.

- Pode entrar - disse alto.

- Oi - disse aparecendo parcialmente na porta - Meu Deus Nich, você devia se ver dormindo - sua voz era de quem segurava uma risada.

Senti meu rosto esquentar, puxando o cobertor para que Henry não visse.

- Aí que vergonha, deve ser ridículo - disse, com a voz abafada.

- Não - senti o colchão afundar, depois a coberta sendo puxada, até somente meus olhos ficarem visíveis - é tão fofo - seus olhos eram mais verdes que negros de perto, e estavam tão perto - só vim avisar que o jantar está pronto - ele bagunçou meu cabelo.

Faço uma nota mental para ir o cortar depois.

- Okk, já estou indo - cobri o rosto novamente.

- Eu e Nick estaremos te esperando - pude ouvir a porta ser fechada e suspirei me descobrindo para ir até lá.

Eu estava descalço, eu não estava antes, meu Deus, Henry gosta de jogar com meus sentimentos.

[...]

- Olha só Nick - parei na entrada da cozinha, com a mão na nuca - o titio chegou - Nick estava acordado em seus braços, me olhando com atenção.

Faço mais uma nota mental, devo me lembrar de apertar essas bochechas.

- Oi Nick, já estava com saudade - digo entusiasmado, como se o bebê de quase três meses pudesse me entender.

Henry sorriu, curvando a cabeça só pude retribuir, afinal, mal conseguia respirar em sua presença...

" Querido Henry,
Espero que a minha presença não se torne um incômodo, pois eu realmente gosto de estar ao seu lado...
Espero ser útil, de alguma forma...
A casa instante, amo ainda mais você..."

Querido Henry - Concluído Where stories live. Discover now