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Abro os olhos...

Henry está parado ao lado da cama, há algo em suas mãos. Esfrego os olhos.

- Henry, o que é isso? - digo sonolento.

- Nich... - ele me encara.

Acabo por me dar conta, a folha mal arrancada e a grafia quase ilegível de um bêbado em crise. Me levanto rápido demais, fico tonto, sinto seu toque ao me segurar para que não caísse.

- Henry, eu... - sou interrompido.

- Shh - seus olhos estão fixos aos meus, sinto meu coração acelerado.

Eu não retribuo no primeiro instante, me sinto paralisado, sua mão segura meu queixo. Seus lábios são macios, quentes e...

Me perco na explosão de sentimentos que me tomam. Sinto segurar minha cintura, o beijo se torna mais profundo e necessitado.

Coloco minhas mãos ao redor de seu pescoço, sinto que não devia estar fazendo isso mas não consigo parar.

Eis que ouço um som, um choro, mas Henry continua o beijo. Não sei como fugir, faço a coisa mais insensata tomado por uma onda de nervosismo.

Mordo seu lábio.

- Aí - ele me olha confuso.

- Droga, Nick precisa de você - olho para o chão.

- Eii - o choro não é tão alto.

O empurro para fora e bato a porta, me encostando nela em seguida.

- Nicholas - o ouço.

- Vá logo ver seu filho - digo nervoso e alto.

Sinto meu estômago revirar, meu rosto queimar, Meu Deus...

" Henry,
gostaria que me respondesse uma coisa: Por que diabos fez isso caralh*???!"

Querido Henry - Concluído Where stories live. Discover now