Capítulo quatro - Só uma saída

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   Eu fecho os olhos e volto a abrir segundos depois para ter a certeza que isso não é um sonho. Para o meu azar, é real. Grant Coleman está mesmo aqui. Na casa do Vladimir.

   Fecho a porta na cara dele, mas ele impede com o seu pé, empurra a porta e entra. Só espero que Vladimir não venha para cá agora e nem que Grant demore aqui. Parece que está procurando a sua própria morte.

    — É aqui que você mora, Mia Summer?! Esse lugar é um pouco sinistro. — Ele senta no sofá. — Pode trazer uma limonada para mim?

    — Grant, porquê você está aqui? Você não devia ter feito isso! — Fico na frente dele.

    — Calma! — Ele sorri. — Você sempre diz que não posso me aproximar de você, que não posso falar nem olhar para você, diz que vou me arrepender. O que isso significa?

    — Significa que você está se metendo com a pessoa errada. — Digo. — Vai embora, por favor! — Seguro o seu braço para que levante.

    — Não saio daqui se não dizer o que está acontecendo. Porquê não posso me aproximar de você?

    — Isso não te diz respeito! Porque tanto interesse? Você não tem mais nada para fazer? Porquê me persegue?

    — Isso não é perseguição. É apenas curiosidade e muito interesse. Você é misteriosa e isso chama a minha atenção. — Ele sorri. — Parece que é um jogo. Eu adoro jogos.

    — Grant, por favor! — Sento ao seu lado. — Eu vivo aqui com o meu tutor e ele não gosta que eu traga homens em casa. — Minto. — Não quero que se machuque.

    — Ele não vai saber. E eu não tenho medo. Que idade tem ele? — Pergunta.

    — Idade suficiente para ser capaz de muita coisa. — Não estou brincando, mas Grant ri.

    — Eu também sou capaz de muita coisa. Segui você até aqui, não é? Sou perigoso! — Ele diz a última parte num sussurro.

    Suspiro. — O que eu tenho que fazer para que vá embora, Grant?

    — Vejamos! — Ele pensa um pouco. — Você pode sair comigo hoje a noite.

    — Não posso. Tenho coisas para fazer.

   — Amanhã então.

    — Porquê quer tanto sair comigo? — Eu não entendo.

    — Quantas vezes vai me perguntar isso? — Ele levanta e observa cada canto.

    — Grant!

    — Gosto de ouvir meu nome saindo da sua boca. — Ele olha para mim. — Vai sair comigo ou não?

    — Claro que não!

    Ele cai no sofá novamente. — Então eu não saio daqui. Também estou curioso para conhecer o seu tutor.

    Eu levanto. — Grant, por favor!

    Ele pega na almofada e cobre o rosto, depois volta a olhar para mim. Meu Deus! Ele é bem louco!

    — Agora está me vendo! — Ele sorri. — Agora não está! — Cobre o rosto com a almofada.

   Eu rio. — Você é muito infantil!

   — Consegui fazer você sorrir! — Ele levanta e fica na minha frente. Cara a cara.

   — Vai embora, Grant. Eu estou falando sério. — Me afasto.

   — Está bem. Eu vou, mas amanhã eu volto se não sair comigo. — Ele diz e finalmente sai.

   Já não sei o que fazer para que ele me deixe em paz. Ele parece piolhos.

Intensamente quebradosHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin