Capítulo vinte e cinco - Um sentimento intenso

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    Acordo com o beijo de Grant. Ele fica por cima de mim e olha para mim, me fazendo ruborizar tanto que sinto minhas bochechas queimarem. Não estou acostumada com essas coisas.
   Ele sorri quando nota o rubor no meu rosto e beija a minha testa. É normal eu estar me sentindo estranha e diferente? Como se alguma coisa em mim tivesse mudado?
   — Bom dia, Borboleta!
   — Bom dia, Grant. — Sorrio.
   — Teve uma boa noite? — Ele fica ao meu lado e apoia a cabeça na sua mão.
   — Claro que tive. E você? Teve uma boa noite?
   — Possivelmente, a melhor da minha vida. Foi uma noite muito especial e inesquecível. — Ele morde o lábio.
   — Também foi especial para mim.
   Ele olha para mim, que estou usando a camiseta dele e arqueia a sobrancelha. Não poderia dormir nua ao seu lado. Eu sei que estou exagerando, mas um passo de cada vez.
   — Em breve você vai se acostumar. — Ele beija a minha testa e levanta.
   Desvio o olhar quando percebo que está completamente nú, mas ele não tem vergonha. Não se importa de estar sem roupas na minha frente.
   — Grant, eu quero fazer a denúncia contra Vladimir hoje mesmo. — Digo olhando para as minhas mãos.
   — Claro. Vamos hoje mesmo. Antes de irmos para a faculdade. — Ele veste o robe. — Vamos tomar banho?
   — Juntos?
   — Sim, Borboleta. Juntos.
   — É melhor você ir primeiro. — Cubro mais o corpo com o cobertor.
    — A gente já transou, como ainda pode ter vergonha? — Ele se apoia na cama para olhar para mim.
    — Não sei, mas tenho. — Respondo.
   — Está bem. Eu vou tomar banho depois de você então.
    — Está bem. — Espero ele ir para a sala para eu levantar da cama.
  Vou correndo no banheiro e tiro a roupa, depois ligo o chuveiro e a água desliza pelo meu corpo. Não consigo evitar sorrir quando lembro da noite de ontem. Do meu aniversário, da minha noite com Grant, foi tudo perfeito.

   Antes de irmos para a faculdade, vamos até uma delegacia. Denuncio Vladimir, mas não falo sobre Jacob. Isso é um outro problema que a polícia vai resolver e descobrir sozinha. Falo apenas sobre o que aquele monstro fez comigo durante cinco anos e dou o seu endereço e local de trabalho.
   Realmente, eu espero que a polícia comece a trabalhar o quanto antes para meter Vladimir atrás das grades. Têm que procurar ele em todos os cantos do mundo. Ele não poderá fugir por muito tempo.
   Depois de sairmos da delegacia, vamos para a NYU. Assistimos metade da primeira aula e todas as outras. Mas na última aula, Grant me distrai. Ele me envia mensagens.
   Grant: "Já estou com saudades de você"
   Olho para ele que está duas filas à frente. Ele olha para mim e pisca um olho. Não devia, mas como eu estou muito apaixonada, respondo a sua mensagem.
   Mia: "Eu também"
   Grant: "A gente podia comer um sorvete depois. O que você acha?"
   Mia: "Tudo bem. Mas não esquece que vamos jantar na casa dos seus pais. Eu quero estar bonita"
   Grant: "Você é linda. Não precisa de muito"
  Mia: "Você só diz isso porque você quer me fazer feliz"
   Grant: "Digo porque é verdade"
   Mia: "Está bem. Agora chega disso. Preciso me concentrar na aula. Não posso perder a minha bolsa por causa de você"
   Guardo o celular e faço os apontamentos, mas não demora muito para o professor se despedir e sair. Preciso estar mais atenta. Não importa se o meu namorado quer atenção durante a aula.
   Arrumo as minhas coisas na minha mochila nova, que Grant comprou, e levanto para falar com os meus novos amigos. Quentin sorri para mim e me abraça, mas Grant não parece muito feliz com isso, porque ele me puxa para ficar ao seu lado.
   — Já começou com os ciúmes sem cabimento? — Chloe pergunta.
   — Não sei do que você está falando, Chlo! — Ele beija a minha bochecha.
   — Tudo bem. Vocês vão para a festa essa sexta? — Quentin pergunta.
   — Que festa? — Pergunto.
   — A festa da fraternidade.
   — A última foi bem divertida. A gente vai sim. — Grant responde.
   — Que bom. Então vamos todos juntos. — Quentin diz.
   — E o que o casalzinho vai fazer agora? — Chloe olha para mim sorrindo.
   — Isso não é da sua conta! — Grant me leva com ele. Olho para trás e peço desculpas para Chloe e para Quentin e depois aceno para eles.
   Quando saímos, nós vemos nada mais nada menos que Freya. Ela pára quando vê Grant e se aproxima da gente. Ela está usando uma blusa com escritas que diz: IM SORRY, BABY. I LOVE U.
   — Grant! — Ela puxa a blusa de Grant, o impedindo de continuar a caminhar.
   — O que você quer? — Ele soa ríspido.
   — Pedir desculpa!
   — Para mim ou para Mia? Eu nunca vou perdoar você.
   — Eu já expliquei!
   — Você não presta! Você me impediu de ajudar a Mia. E você sabia de tudo o que estava acontecendo com ela. Então, poupe as suas palavras. Nunca mais fala comigo. Nem se aproxima da gente.
   — A culpa é sua! — Ela olha para mim. — Você conseguiu tirar o Grant de mim.
   — Eu não tirei nada de você!
   — Ninguém é como você, Freya. Não ponha as culpas na minha namorada. — Ele diz com ênfase no "minha namorada" e me leva com ele.
   — Obrigada por me defender. — Sorrio.
   — Vou sempre te defender.
   Vamos para o estacionamento e entramos no carro. Enquanto Grant dirige, eu fico jogando no meu novo celular.

Intensamente quebradosWhere stories live. Discover now