Capítulo vinte e seis - Uma vida diferente

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    Grant me leva para a piscina gigante da casa dos seus pais. Acho que é uma piscina com fundo infinito que chamam de Infinity. É linda e bastante chique. Sempre quis ver uma pessoalmente.
   Tiramos os nossos sapatos e colocamos os pés dentro da piscina. Sentamos na beira e observamos as estrelas. É um cenário bastante romântico. Estou adorando essa aventura.
   Apoio o meu rosto no seu ombro. — Eu estou muito feliz.
   — Ah é? Então, eu estou mais feliz que você. Muito mais. — Ele diz.
   — Por minha causa?
   — Claro que é por sua causa, Borboleta. — Ele suspira. — Sabia que eu tinha dúvidas nessas coisas?
   — Que coisas? — Olho para ele.
   — No amor. Bem, eu pensava que era algo que eu poderia sentir apenas pela minha família, mas quando via os meus pais, eu ficava com dúvidas. E aí chega uma garota linda na minha vida, me fazendo pensar o contrário.
   — Eu nunca duvidei dessas coisas. Só estava esperando que a pessoa certa chegasse.
   — Sabe em que momento eu percebi que estava apaixonado por você? — Ele acaricia o meu rosto.
   — Quando?
   — No dia em que eu dormi na sua casa. Enquanto você dormia, eu olhava para você. Eu senti uma ligação forte, algo que não consigo explicar. Como se você precisasse de mim. — Ele sorri. — Eu sei que isso soa ridículo!
   — Claro que não! — Também acaricio o seu rosto. — Eu não acho ridículo. Eu acredito em você. Eu realmente precisava de você, mas eu não tinha percebido.
    — Ainda bem que não desisti de você. — Ele me beija. Morde levemente o meu lábio e invade a minha boca, para que sua língua ataque a minha.
   Penso que ele vai continuar me beijando, mas caímos na piscina e meu vestido fica todo encharcado, meu penteado se desfaz.
   — Grant! — Molho ele um pouco irritada.
   — Você sabe nadar, Borboleta! — Ele ri.
   — Claro que eu sei. Eu tive aulas de natação a partir dos seis anos.
   Ele se aproxima de mim. — Sério? Você nunca me falou sobre sua infância. Me conta.
   — Eu não gosto muito de falar sobre isso, Grant! — Abraço ele. — Um dia, eu conto.
   — Está bem.
   De repente, ele começa a rir. Não, ele dá gargalhadas muito altas, o que me faz empurrá-lo. Às vezes, ele é um idiota. Os homens conseguem sempre estragar tudo.
   — Do que você está rindo, Grant?
   — Como vamos explicar para todos o motivo de estarmos molhados? — Ele continua rindo.
   E eu começo a rir também imaginando a cara de todo mundo olhando para a gente. Mas a culpa não é minha, é do Grant.
   Aproveitamos que estamos molhados para nadar naquela piscina maravilhosa. Depois sentamos no chão para secar, mesmo sabendo que será inútil. Grant me conta sobre a sua infância e sobre como conheceu seus amigos.
   Depois de tanto conversar, voltamos para dentro e ficamos fechados no quarto até ao dia seguinte.

   Mais um dia perfeito. Uma sexta sem Vladimir.
   Tive um café da manhã incrível na casa dos pais do Grant, depois fomos para a faculdade. Estou usando um vestido rosa pálido que Gia comprou para mim com sapatos. Praticamente, ela me vestiu e me obrigou a usar uma bolsa.
   E depois da primeira aula, Grant vai conversar com Bratt e Scott enquanto eu fico com Quentin, Sophie e Chloe.
   — Então, a família inteira do Grant gosta de você? — Sophie pergunta.
   — É o que parece.
   — Sabe o que também parece? Que ele vai pedir você em casamento daqui a pouco. — Chloe diz.
   — Porquê ele faria isso?
   — Se você conhecesse todos os nossos amigos, você ia entender. — Sophie olha para mim.
   — Ele me contou sobre os que casaram.
   — Tenho medo que Bratt me peça em casamento também. — Soph limpa os óculos embaciados.
   — Podemos não falar nesse assunto? — Quentin diz. — Vocês deviam aproveitar a vida.
   — Concordo. — Chloe abraça o pescoço dele. — Vamos falar de hoje a noite.
   — Estou um pouco nervosa. — Digo. — Nunca fui a uma festa.
   — Não é grande coisa, Mia. — Sophie cruza os braços.
   — Mas você vai gostar. — Quentin diz.
   Conversamos sobre a festa, mas estou tão distraída que nem percebo alguém beijando o meu pescoço. Me afasto rapidamente porque sei que não é Grant.
   — Oi, Mia!
   — O que você quer, Brian? — Pergunta Chloe.
   — Não falei com você, demônio. Já não estou interessado. — Ele olha para Chloe.
   — Não faça isso de novo! — Digo.
   — Porquê não? Ultimamente, você anda diferente. Estou gostando.
   — Brian, vá embora! — Quentin se coloca à frente de mim.
    — Porquê? Eu quero conversar com a Mia.
    — Pensei que não gostasse dela. Semanas atrás estava gritando com ela. — Sophie diz.
   Chloe fica na frente de Quentin dessa vez. — Eu estou por aqui com você e com o merda do seu priminho. — Ela levanta a mão na altura da testa. — Pára de se meter na vida dos meus amigos, só porque não quis ficar com nenhum dos dois.
   — Porquê acha que tem sempre a ver com você? — Ele ri. — Acho melhor eu ir embora. Não quero que o demônio fique furioso.
   — Vai para a puta que... — Chloe diz, mas Grant aparece.
   — O que está acontecendo?
   — Estava ouvindo a Chloe. Apenas isso. — Brian diz e vai embora.
   — Scott bem que podia quebrar a cara dele mais uma vez. — Sophie revira os olhos.
   — Espero não me cruzar com ele de novo, senão cabeças vão rolar. — Chloe respira fundo.
   — Calma, baby! — Quentin faz uma massagem nos seus ombros antes de beijar sua bochecha.
   — Ele fez ou disse alguma coisa a você? — Grant pergunta segurando a minha mão.
   — Não. Nada de importante.
   — Se ele tentar alguma coisa, eu parto a cara dele.
   — Eu sei. — Abraço ele.
   Voltamos para as aulas depois de alguns minutos e nos despedimos. Sophie para a faculdade de arquitetura e nós para a aula de matemática.

Intensamente quebradosWhere stories live. Discover now