5º Capítulo

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Se tivemos acordo naquele dia? Bem não, não tivemos...

Porquê? Bem eu quero que os meus ídolos me venham visitar e conhecê-los, mas mesmo com o pouco tempo que tenho, e sabendo que há pessoas em estado muito mais critico que o meu, a minha consciência não me deixaria dormir descansada à noite.

No entanto, acho que não foi assim tão mau quanto isso ter recusado, posso não ter conhecido os meus ídolos, mas ganhei um "amigo". Okay, então depois de eu lhe ter explicado as minhas razões e ter recusado aquele acordo ele até pode ter ficado um pouco magoado comigo, mas compreendeu e têm vindo visitar-me todos os dias desde então.

Só não compreendo porque o faz...

Bem já fez uma semana desde então e hoje nem ele, nem os meus pais me podem vir visitar por questões de trabalho. Eu percebo e compreendo totalmente, mas tenho de admitir que assim sendo não há muito para se fazer por aqui.

Fui até à sala de convívio, mas acabei por desistir quando percebi que estava cheia de pessoas de idade então dei meia volta e fui andar pelos corredores. Algumas portas dos quartos estavam abertas e consegui-a ver pessoas que vinham visitar familiares, pacientes que estavam a preparar-se para voltar a casa, enfermeiras a entregarem os comprimidos aos pacientes... Bem, o normal num hospital.

Fui procurar por Louise e como tal procurei na maternidade, ela parecia ir lá sempre que eu estava lá, então apenas fui até lá. Demorei uns dois minutos a chegar lá, porque apesar de ser perto não podia andar em maratonas muito grandes devido às dores.

Quando entrei pelas portas da maternidade fui logo por entre as camas com bebés até Marcus e reparei que ele estava a dormir, então apenas fiquei a sorrir para ele enquanto o observava e esperava que Louise aparecesse, mas apenas vi a enfermeira simpática a aproximar-se de mim e sorri-lhe.


Enfermeira: Por aqui, novamente? - perguntou meigamente

Eu: Vim visitar o Marcus e ver se encontrava a mãe, estou aborrecida- disse encolhendo os ombros

Enfermeira: Isso é algo que acontece muitas vezes por cá, mas o que achas se eu tiver uma solução para os teus problemas?

Eu: Que solução? - perguntei um pouco mais animada

Enfermeira: Não te obrigo a nada, mas podias muito bem vir comigo e experimentar fazer o tratamento uma vez. Não precisavas de contar a ninguém, se não quisesses, e depois sempre podias tomar uma decisão mais clara daquilo que queres

Eu: A enfermeira quer mesmo que eu me cure, não quer? - perguntei rindo um pouco

Enfermeira: Apenas acho que crianças, tenham a idade que tiverem, não deviam morrer. Então tento dar o meu melhor para evitar isso

Eu: Seria apenas uma vez e ninguém saberia, certo?

Enfermeira: Uma vez- disse a sorrir

Eu: Tudo bem, mas se eu não gostar paramos logo, não é?

Enfermeira: Segue-me

Fui atrás da enfermeira até uma sala onde estavam várias máquinas. Ela pediu que me sentasse numa cadeira e a seguir ligou-me vários fios que iam dar a uma máquina, e como eu não entendo muito daquilo preferi nem perguntar o que ela estava a fazer e olhar para outro lado qualquer.

"Será apenas uma vez e ninguém vai saber!"

Após estar tudo ligado corretamente ela disse que eu ia sentir uma pequena picada e que ao início o braço, onde estavam os fios ligados, podia começar a ficar dormente, mas que isso era apenas por ser a primeira vez e eu não estar acostumada.

Younger ➵ h.sWhere stories live. Discover now