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Jade Amelia Maligna Thirlwall

O silêncio naquele apartamento só ajudava a aumentar toda a minha solidão. Não que eu odiasse ficar sozinha, porque convenhamos, todos nós precisamos de um momento a sós consigo mesmo. Mas nem sempre é agradável ficar só com os seus pensamentos.

Estava começando a ficar um pouco frio, então vesti uma calça de moletom e sentei-me na cama com um livro em mãos e uma caneca de chocolate ao meu lado. Flexionei as pernas para apoiar o livro e segurei a caneca em minhas mãos, assoprando dentro para esfriar um pouco a bebida quente.

Perdi-me lendo um dos romances clichês que tanto gosto. Eu adoro esse tipo de história, não posso negar que sou uma romântica por natureza. Sempre acreditei em almas gêmeas, que todos nós temos uma pessoa a qual é destinada somente a nós. Que o destino se encarrega de te fazer cruzar com essa pessoa, mesmo que nem sempre ela permaneça na sua vida. Isso sempre me fascinou.

Eu ainda sonho com o dia em que irei encontrar a minha pessoa.

Há um ano e meio atrás eu tinha certeza absoluta que essa pessoa era a Alice. Bonita, charmosa, sensual, uma mulher bem sucedida nos negócios e o melhor de tudo: ela sempre super atenciosa e carinhosa. Não demorou muito para que eu me apaixonasse por ela, foi tipo uma paixão instantânea e avassaladora. Eu nunca me senti boa o suficiente para ela, e talvez eu não seja realmente. Afinal, não estamos juntas mais.

Tentei me adaptar ao estilo de vida dela, seu jeito de todas as maneiras. Queria me casar, carregar seu sobrenome e poder dizer a todos que eu era esposa de uma mulher tão maravilhosa quanto ela. Me apaixonei, amei-a com tudo em mim, dei o meu melhor para ela. Estaria mentindo se dissesse que já a superei.

Porque não, eu ainda não a superei totalmente.

Nós éramos noivas, afinal. Não é fácil esquecer uma pessoa assim.

Pelo menos não para mim. Nunca fui do tipo que gosta pouco e esquece rápido. Sempre fui a que gosta mais e se doa totalmente, que quando acaba, nunca deixa de sentir. Mesmo que a paixão se torne outra coisa, cada pessoa que passou em minha vida me marcou de alguma forma. Até mesmo as que quebraram meu coração. Serviu para me ensinar.

Estava envolvida em mais um capítulo do meu livro quando ouvi o barulho de chave na porta, seguido de risadas e uma voz desconhecida. Fechei os olhos, rezando mentalmente para que Perrie não tivesse trago seu encontro para casa. Seria um desrespeito da parte dela sabendo que eh estou aqui e o apartamento não é espaçoso, não existe um local onde eu possa me esconder e não ver certas coisas.

Fiquei olhando para a porta, demorou pelo menos uns dez minutos até ela finalmente ser aberta e duas pessoas entrarem aos tropeços. Endireitei minha postura, tentando visualizar melhor quem estava com Perrie e franzi o cenho ao ver um rapaz.

— Vai com calma, Pezz! – O tal cara parecia ter intimidade com ela. Os dois estavam rindo, Perrie parecia completamente bêbada e quase caiu para trás quando o desconhecido tentou a colocar de pé. — Vem, vamos sentar aqui.

Nenhum dos dois parecia notar minha existência, continuei calada apenas olhando. Eu não iria me meter, Perrie não tem juízo e eu não sou mãe de ninguém para tentar colocar algum dentro de sua cabeça oca. Apenas não queria que acontecesse coisas na minha frente das quais me deixariam bem desconfortável.

— Cara, você precisa...precisa...

— Preciso do que?

— Dançar vestindo uma calcinha.

Perrie disse tudo embolado, começando a gargalhar alto depois. Prendi a risada, estava uma situação engraçada, confesso.

— E você precisa comer alguma coisa e tomar um banho gelado, sua bêbada.

What Happens In Vegas [JERRIE G!P]Where stories live. Discover now