Prólogo

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 Dirijo até a casa da minha irmã que mais parece uma daquelas mansões de Hollywood. Mel sempre quis ser rica, ter uma casa enorme e cheia de empregados. Bem, seu sonho foi realizado quando se casou com Adam o filho único de uma família rica e tradicional da cidade. Já fazem quase 5 anos que estão casados, tiveram que casar as pressas já que minha irmã engravidou. Eles tiveram uma filha linda chamada Laura, ela é meu xodó e minha princesinha além de ser minha afilhada, ela é o único motivo de viver aqui com o meu coração em pedaços por ver a família feliz da minha irmã. Será que sou uma má pessoa por querer estar no lugar dela?

Me apaixonei por Adam no momento em que nos conhecemos quando ele me salvou de ser garrada por um carinha imbecil que não sabe ouvir um não de uma mulher. Eu estava em uma festa de um dos amigos de faculdade da minha irmã, ela tinha praticamente me arrastado até lá mesmo eu querendo ficar em casa lendo um bom livro. Mel já tinha desaparecido com algum cara e eu estava sozinha e deslocada na festa. Assim que Adam me salvou do imbecil eu agradeci pela a ajuda e como eu estava bastante abalada ele fez questão de me levar em casa e a partir desse dia nos tornamos muito amigos. Adam foi o cara mais gentil que conheci na vida, embora tivesse tudo para ser esnobe por ser lindo e rico. Pelo contrário ele não dava a mínima para a classe social que vivia e gostava assim como eu das pessoas pelo que elas são e não por causa do que possuem.

Adam sempre me tratou com muito carinho e muitas vezes pensei que ele sentisse alguma coisa por mim, mas como sempre fui muito tímida nunca tive coragem de me declarar e quando Adam começou a namorar a minha irmã foi então que minhas esperanças foram por água abaixo.

Estaciono o carro e sigo até a porta da casa tocando a campainha que logo a porta é aberta pela governanta uma senhora baixinha e bastante simpática, ela já está na casa dos sessenta anos e viu Adam nascer. Ela me cumprimenta com um abraço e me dá passagem para entrar.

— Nana onde está Laura?

— Ah minha filha. –suspira. — Ela saiu à algum tempo com a babá.

— Como assim saíram? Todos sabiam que eu estaria vindo pega-la para ela passar o dia comigo.

— Coisas da dona Mel. –ela faz uma careta quando fala o nome da minha irmã.

— Onde ela está?

— Lá em cima.

— Certo Nana. Vou lá falar com ela.

Subo as escadas de dois em dois degraus e sigo em direção ao quarto que fica no fim do corredor, bato levemente e abro a porta sem esperar resposta. Assim que entro no recinto vejo minha irmã saindo do closet com algumas peças de roupas na mão.

— O que está fazendo aqui? – indaga assim que me vê.

— Oi para você também Mel. Eu estou bem obrigada. Vim buscar a Laura uma vez que ela iria passar o dia comigo.

— É mesmo. – fala balançando as mãos como se não fosse nada importante.

— Aonde ela foi com a babá?

— Não se preocupe que a sua preciosa foi apenas na pracinha aqui perto. Ela já estava me dando nos nervos não aguento a carência que essa menina tem de atenção.

— Essa menina é sua filha e é apenas uma criança.

— É uma criança mimada e a culpa é sua e do Adam. Se soubesse que iria me dar tanto trabalho não teria levado a gravidez até o fim.

— Não repita uma coisa dessas nem de brincadeira novamente. Você tem é que agradecer a Deus todos os dias pela família maravilhosa que tens!

— Já conheço a sua ladainha de cor e salteado e agora não tenho tempo nem disposição para ouvi-la. Tenho um avião para pegar!

— Como assim um avião? Para onde você está indo?

— Vou passar uma semana em New York com umas amigas.

Fico indignada por ela não dar a mínima para a filha nem ao marido, de uns tempos para cá ela tem viajado muito e Deus sabe –se lá fazendo o que.

— Vai deixar seu marido e filha sozinhos mais uma vez? – esbravejo.

— Tenho você irmãzinha para cuidar deles para mim até voltar. Sei que você gostaria de estar no meu lugar então aproveite os momentos que lhe proporciono.

— Não fale bobagens!

— Sei que você é completamente apaixonada pelo meu marido, mas não se preocupe não tenho ciúmes de você porque sei que ele olha para você apenas como uma irmã.

Tento me manter indiferente à suas palavras porém dói saber que tudo que ela diz é a mais pura verdade. Seguro as lágrimas que tentam rolar por meu rosto, meu coração fica apertado e minúsculo, me sinto um nada e uma traidora por nutrir sentimentos por meu cunhado. Será que como a minha irmã percebeu o que tento guardar a sete chaves Adam também sabe que eu o amo?

— Ele não desconfia de nada. – ela fala como se lesse meus pensamentos. — Adam tem uma alma pura e às vezes não enxerga um palmo adiante do nariz. Bom, sorte a minha.

— O que você quis dizer com isso?

— Nada. Já que você está aqui que tal me levar até o aeroporto? – diz mudando de assunto.

Minha vontade é dizer que não e ir para casa lamber minhas feridas, mas acabo aceitando a levar até o aeroporto. No meio do caminho começa a cair uma chuva fina e vai aumentando gradativamente. Um dilúvio cai sobre a estrada então decido parar no acostamento já que não enxergo nada à minha frente, assim que dou seta vejo um clarão à nossa frente, ouço os gritos da minha irmã que se misturam com o meu. Sinto o carro capotar algumas vezes até que tudo é escuridão.  

 Bom dia minhas flores e cravos! 

Prontas para embarcar comigo na história de Adam e Lia ? 

As postagens serão uma vez por semana e será aos domingos. 

Não deixe de ouvir a música eu achei perfeita para o casal e logo vocês entenderão o por quê!

  

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