Capítulo 2 - Voltando para casa

2.6K 359 44
                                    

Bom dia minhas flores e cravos. 

Vamos à mais um capítulo?


Mel 

Ao despertar Adam não está mais ao meu lado e estou só no quarto, instantes depois vejo Carmem, minha mãe saindo do banheiro. Assim que ela me vê sorri fraco e segue em minha direção.

— Como está Mel? –pergunta preocupada. — Está mais calma?

Apenas balanço a cabeça em sinal afirmativo, mesmo não lembrando da minha irmã sinto uma dor profunda ao saber que nunca mais a verei. Minha mãe me fita em silêncio por alguns instantes esperando que eu fale alguma coisa, como não digo nada ela me pergunta se não quero tomar um banho antes de tomar meu café da manhã e percebo que há uma bandeja com torradas, suco e uma salada de frutas. Decido então tomar o banho primeiro, minha mãe me ajuda a tirar a roupa e mesmo sabendo que ela é minha mãe não fico confortável. Digo a ela que consigo tomar banho sozinha e ela sai do banheiro à contra gosto, tomo um banho demorado até porque ainda me sinto um pouco fraca e os meus movimentos são lentos, assim que termino saio do banheiro visto um vestido longo de seda rosa bebê e dona Carmen penteia meus cabelos. Após comer a salada de frutas peço para que dona Carmen fale um pouco sobre mim, ela me confirma que eu sou casada com Adam há um pouco mais de cinco anos, tenho uma filha linda chamada Laura, sou artista plástica, mas não exerço a profissão já que optei por cuidar integralmente da minha família. Confidência que apesar de nos amarmos eu e Adam nos casamos às pressas já que eu estava grávida. Ela me conta também que eu participo de um grupo de mulheres alta da sociedade que fazem eventos beneficentes em prol dos menos favorecidos. Pergunto a ela se eu tenho alguma amiga próxima, ela diz que eu tenho uma amiga chamada Eleonor e que somos unha carne, diz ainda que ela é casada com senador federal.

Pergunto como era a minha relação com a minha irmã e ela começa me contando que sempre fomos muito diferentes desde pequenas, não na aparência já que somos gêmeas idênticas, fala que minha irmã sempre foi muito tímida diferentemente de mim que sempre fui muito comunicativa. Na adolescência enquanto eu estava rodeada de amigas e paqueras a minha irmã ficava enfiada com a cara nos livros. Já na faculdade fomos fazer o mesmo curso que era a única coisa que tínhamos em comum era o amor pela arte além de sermos gêmeas idênticas. Conta ainda que Lia minha irmã é madrinha da minha filha e que elas eram muito próximas e que eu às vezes ficava com ciúmes dessa proximidade.

— Para onde estávamos indo quando tudo aconteceu?

— Lia tinha ido buscar a Laura para passar o dia com ela e como ela tinha ido à na pracinha com a babá Lia foi te dar uma carona até o aeroporto.

— Eu estava indo viajar? Pra onde?

— Você ia se encontrar com a Eleonor em Paris.

— E o que eu ia fazer lá?

— Passear meu amor, você adora passear.

— Mas eu ia sem meu marido ou filha?

— Adam é muito ocupado e a Laurinha ainda é pequena. Então você viaja para espairecer de vez em quando.

— Espairecer?

— É meu amor, apesar de você amar muito a sua família sente a necessidade de viajar, conhecer novas pessoas. Você é uma alma livre.

— Entendi. –digo achando tudo meio estranho.

Um pouco depois dos 10 h o doutor Jonas aparece com o resultado dos exames nas mãos e diz que neurologicamente está tudo normal comigo e não há nada que explique a minha perda de memória e que essa perda deva estar relacionada ao trauma psicológico que sofri. Me indica uma psicóloga e pede para que não fique preocupada tentando lembrar das coisas que minha memória irá voltar quando menos esperar.

EscolhasWhere stories live. Discover now