Capítulo 10 - A hora da verdade

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Boa tarde minhas flores e cravos.
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Na parte da tarde Adam pergunta a filha se ela quer ir à um parque de diversões e é claro que a menina amou a ideia. Saímos de casa um pouco depois das duas da tarde com uma Laura totalmente empolgada, assim que paramos no estacionamento, após o pai abrir a porta do carro para a filha descer, os olhinhos dela brilham olhando a entrada do parque. O nome do parque é Cidade da Criança que além dos brinquedos possui uma fazendinha com animais pequenos.

Passamos uma tarde divertidíssima em família. Laura foi em todos os brinquedos compatíveis com a sua idade, o brinquedo que mais gostou foi a roda gigante, segundo ela, pois de lá podia ver o mundo todo. Também ficou encantada com os animais, foi uma infinidade de aí que fofo, que lindinho e ainda saiu com a promessa que irá ganhar um cachorrinho.

Quando nos acomodamos no carro para ir embora meu celular toca, fico estática quando ao pega –ló vejo o nome da minha mãe piscando na tela. Respiro fundo tentando me acalmar e atendo.

— Oi mãe.

— Mel que barulho é esse? Aonde você está?

— Estamos saindo do parque de diversões.

— Ia perguntar como estava, mas vejo que está na mesma. A antiga Mel não iria num lugar desses. – Engulo em seco.

— Estou bem mamãe sim. –Falo ignorando o que ela diz sobre a Mel. — Mas, gostaria de conversar com a senhora.

— Aconteceu alguma coisa?

— Apenas tive lembranças.  Posso ir na sua casa amanhã?

— Que benção meu amor, logo estará totalmente recuperada. Vocês poderiam almoçar conosco amanhã.

 — Infelizmente não vai dar, Adam tem um compromisso. Mas aparecemos no final da tarde.

— Ah, que pena! Estaremos esperando vocês então.

Nos despedimos e encerramos a ligação.  

Adam coloca a mão na minha perna em sinal de conforto e me pergunta se estou bem, apenas balanço a cabeça. Na metade do caminho Laura dorme então começo a falar.

— Sei que não conversamos sobre isso, mas preciso contar a verdade para os meus pais.

— Estou aqui para te apoiar em qualquer decisão que tomar.

— Obrigada. Mas, não será nada fácil essa conversa.

— Tudo vai dar certo, passaremos por tudo juntos. –Ele me beija rapidamente nos lábios e volta a sua atenção para o trânsito.  

Ao chegarmos em casa Adam pega Laura nos braços e a leva até o quarto, infelizmente vou ter que acorda-la para tomar banho, pois está suada e parecendo uma porquinha. Acordo-a com um pouco de dificuldade e lhe dou um banho rápido, mas não molho o seu cabelo. Coloco o pijama de gatinhos e a coloco para dormir, não antes de perguntar se ela quer pelo menos um copo de leite. Ela apenas balança a cabeça em sinal negativo e se aninha no edredom, dou um beijo em sua testa e saio do quarto.  

Ao entrar no quarto me deparo com Adam saindo do banheiro apenas com a toalha enrolada na cintura e secando os cabelos com outra. Fico paralisada por alguns minutos admirando a sua beleza e me imaginando lambendo as gotículas de água que ainda escorrem pelo seu corpo.

— Se continuar a me olhar assim não responsabilizo por meus atos. – Ruborizo.

— De que jeito estou te olhando?

— Como se quisesse me devorar. –Se ele soubesse dos meus pensamentos...

— Não diga bobagens. – Falo enquanto tento passar por ele indo em direção ao banheiro.  

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