Capítulo Vinte e Cinco - O refúgio para o amor.

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O pelo de Harry era bastante macio, quando sentido em suas mãos. Louis estava fraco demais para se manter de pé, mas se lembrava que Harry o segurara quando seu corpo caiu para frente, logo depois da cena violenta. O focinho gelado de Harry, transmutado em um Lobo original, ficou em sua memória.

Mark colocou Louis nas costas do selvagem lobo. Até o carro, onde os outros três assustados Ômegas estavam, com William. O velho sorriu pomposo para os dois lobos, que fizeram referência para ele.

Não demoraram muito para chegar na fazenda, e quando chegaram, foram levados para serem cuidados pacientemente por Jay e Makoyo. Liam, Harry e Niall se encontraram, em suas formas lobas, e deram para brincar, um correndo atrás do outro, demonstrando uma felicidade e uma surpresa de terem quebrado um ciclo de quase 80 anos.

William olhava os três, rolando na grama. Enormes, os Lobos poderiam ser assustadores. As crianças, filhas dos outros moradores, chegavam perto e puxavam seus pelôs, mas eles não se importavam. Continuavam a brincar.

— Eles estão felizes — Mark parou — Acham que são meros cachorros.

— Lobos já foram usados para torturas e matanças dos países, Mark — Zahir suspirou — Já chega de conceituar eles como um terror e monstros. Debaixo daqueles lobos, há três bons homens.

— Não estou feliz por tudo isso estar ocorrendo de maneira tão rápida.

— Não está de forma tão rápida. A história se passou lenta, nós reprimimos tudo e deixamos que a poeira do passado cobrisse. Já está mais do que da hora.

— Desmond Styles ainda está aqui.

— E ele deve ficar. Já é considerado um fugitivo de Regine, não tem problemas em ter mais um visitante.

— Eu não o aceito aqui, pai. Me canso de repetir, mas um homem sem honra nessas terras...

— Não é decisão sua. Hoje mesmo, Liam e Harry terão que sair daqui, antes da noite cair. A ARO deve estar contando os corpos que deixamos, já sabem da existência desse lugar. Posso ter Alfas fortes e poderosos em minha propriedade, mas não quero derramamento de sangue de inocentes, principalmente do meu neto e do Alfa dele. Desmond Styles pode ter uma influência nesse sentido.

— Acha que ele pode ter ligação com a ARO?

— O tempo irá nos dizer — William bateu a bengala.

Louis estava sentado na cama, quando Harry apareceu. Vestido, Harry encostou a porta. Makoyo havia saído, deixado torrada com abacate e remédios.

O corpo de Harry ainda estava dolorido, pela transmutação repentina. O amor que sentia por Louis o fez ser aquele grande Lobo, de sede de sangue. Mas havia cortado a garganta de Leonel, como prometeu á si mesmo.

Louis estava um pouco ferido. Seu lábio estava em um corte, seus olhos inchados e molhados de tanto chorar, pois ele havia descobrido que seu filho estava vivo. Franceso não era apenas uma memória, era carne viva de uma vida.

— Quantas horas são? — Louis mexeu no cobertor.

— Quase dez da manhã. Você estava fraco demais.

— Eu sou uma pessoa fraca que não conseguiu salvar nem o próprio filho. Leonel estava certo, eu sou um fraco que não merece viver.

Harry rosnou. Maldito Leonel, mesmo morto e cortado em dois, ainda fere meu Ômega.

— Louis, você não é fraco. Você salvou Zayn de um estupro.

— Mas as crianças...

— Vamos encontrar elas. Nem que custe minha vida.

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