Capítulo Vinte e Seis - O laço da mordida.

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Ela estava deitada em um leito. Entre as dores, todos falavam que era um milagre que ele estivesse vivo. Afinal, era pra ele ter morrido.

A criança tinha menos do que uma semana de nascido. Olhos azuis e cabelos negros. Ele se recusava a olhar a criança, pois lembrava muito aquele.

O senhor olhou para o carinho enorme que ela tinha pela cria maldita. Mas a criança não tinha culpa. Ela sabia que não poderia ficar com ela. Mas isso não significava o descarte da criança. Poderia atrapalhar o plano, ou ajudar. Mas não era tão ruim ao ponto de abandono. Ela cresceria completamente deslocada. Não esconderia o segredo dela, pois nascera. Deveria conhecer os segredos, afinal, seria um segredo. Virando-se, escutou-a balbuciar algo, antes que a menina retirasse ele de seus braços e a colocasse para dormir novamente, já que precisava descansar.

Ahadi.

Ela o chamava de Ahadi.

Louis piscou diversas vezes para Harry, que olhava seu Ômega. Pele com pele em um calor intenso feito fogo.

Harry não precisou falar quando a boca dele avançou na de Louis, trazendo um tipo de doçura que nem ele compreendia. Um beijo tão casto, tão natural... Não precisava de palavras para aquele momento.

Ele sabia que Louis estava ferido. Não só um corte no lábio e alguns hematomas pelo corpo, mas sim na alma. Seu filho estava vivo, seu melhor amigo estava ferido e ainda tinha muitas coisas para se descobrir. Era uma carga emocional muito alta para ele. Louis não tivera um Alfa doce e amável para lhe ensinar os prazeres do sexo e nem da vitalidade do amor.

Até agora.

Harry ainda estava por cima de seu menino, quando sentiu que as mãos dele resolveram explorar mais as costas desnudas de Harry, parando entre as costelas. Com a ponta dos dedos, Louis explorou aquela região. Harry se deixou levar pelo toque suave de carinho e curiosidade, enquanto fechava os olhos e deixava-se ser tocado.

Louis subiu os dedos até os ombros de Harry e descera pelos braços, tocando as tatuagens, como se pudesse lê-las com o toque suave. Não havia prestado atenção que Harry tinha várias tatuagens , principalmente aquela que cobria boa parte de seu braço com uma flor.

Louis não fora o único a apreciar. Harry beijava cada ponto do pescoço de Louis, ao ponto de estimar a arte celestial que era Louis. Os cabelos dele caíam nos olhos, longos e tempestuosos, como um mar de beleza absoluta, naquela beleza exótica que Louis tinha. As bocas voltaram a se encontrar em um beijo de completo rebuliço, onde se derramava não só amor, mas também a promessa de ficar junto.

Amor ao longo dos anos.

Harry agarrou-se mais na esperança e no corpo de Louis, de olhos fechados. Ele se sentou no chão e arrastou Louis ao seu colo, de maneira que o roupão escorregasse pelo corpo de Louis, e fizesse um montinho na cintura do Ômega. O corpo foi contemplado como uma miragem perdida em um deserto infame, um delírio descomunal de um apaixonado.

— Oh, Deus... Como você é lindo... — Harry rosnou calmamente, apenas para que Louis percebesse que ele estava com vontade.

Abraçando o corpo, Harry sentiu o calor do peito de Louis e voltou a beijá-lo. Louis sentiu a ereção de Harry entre suas penas e instantaneamente, ficou úmido na possibilidade de fazer amor pela primeira vez.

Por mais que seu heat estivesse próximo, ele poderia começar a saciar ele. Afinal, ele durava apenas três dias, mas ele estava amando aquele momento.

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