Capítulo Trinta e Quatro - A vingança de Louis.

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"E que toda família tem um segredo. Seja simples, seja cruel. Levo me desse mundo, afirmando um segredo: Anastásia Lancasys me matou. Fui morto por seu ódio e sua tormenta. Assim seja, despeço-me"

A noite foi de puro inferno. Ambos os lados experimentaram a raiva e a dor em seus extremos. Louis não retornou para casa. Nem Ahadi.

Mark rondou toda a região atrás deles. Sem sucesso.

William experimentou a dor e a sabedoria de entender que este era o fim. Makoyo e Kalalah, seus leais servos, foram mandados para Londres, com uma quantia em dinheiro o suficiente para viverem bem. Desfizeram-se de seus reais nomes. Um avião para a Dakota do Sul era uma chance de recomeçar.

Do outro lado, Harry experimentou a dor. Sua carne era viva, o sangue pingava como fogo no chão. As chicotadas não eram tão dolorosas quanto ficar sem Louis. Liam estava ao seu lado, o sangue de ambos mesclando-se no cimento. As crianças, pobres crianças, choravam. Niall estava ajoelhado, os socos em sua barriga eram extremamente em puro ardor.

Jogaram seus corpos na cela suja. A poeira e terra misturadas com sangue. Os guardas empurraram as duas crianças com eles. Alana arranhou o joelho e chorou. Arrastando-se até ela, Liam a buscou entre seus braços e a aninhou, sussurrando-lhe palavras de conforto durante o purgatório maldito. Franceso arrastou até Harry, que estava acolhido. A criança, faminta por carinho e amor, deitou sua cabecinha na curvatura do pescoço do Alfa, perto da mordida de Louis. Ele esfregou-se, como um lobinho desmamado e tentou se sentir confortável. Harry, mesmo com dores e medos, passou sua mão e o ajudou a aninhar. Agora ele imaginava o que Louis sentira.

A noite passou como um terror. Um medo descomunal surgia nos poros daqueles que acreditavam em um resgate, uma escuridão sem fim. Jay estava amarrada naquela cadeira, o porão havia ratos e Desmond estava ferido.

Pedira aos céus, conforto. Rezou em sua língua materna, pediu que Kaled tivesse piedade e que a confortasse durante a noite. Dormiu encostada na parede, a cabeça doendo. Horas mais tarde, seu corpo desacordado foi jogado em uma cama sem preparos, apenas para que ele descansasse.

O terror era absoluto.

Os uivos celestiais e os passes dentro da mata virgem, provavam que havia sim, uma esperança de resgate. As patas batiam no chão, levantando terra e poeira. Outro lhe seguia, em busca de acalmar.

E quando o cansaço venceu, ele caiu no chão e adormeceu.

A aurora da manhã veio, fazendo William encarar a janela. Os corpos enlamados se arrastavam para um vazio. O rastro de terra cobriu os tapetes limpos de Jay.

William andou pela casa e sentiu que estava devidamente errado. Seu fim havia chegado. Os segredos fora expostos, não havia mais nada que poderia fazer. Em baque maldito de sua vida, lembrou-se de Kaled e comparou ao Louis. Seu neto havia nascido a carne e sangue de seu Ômega falecido. Harry e ele deveriam ser almas gêmeas, unidas pelo acaso e amantes das palavras divinas.

Um plano em sua mente foi meticulosamente arquitetado. Deveria pedir isso ao neto, ao filho e aos outros.

Quando Mark acordou, viu William andar até o armário da sala. Lá estava as duas armas, das de emergência: Duas M24 com munição.

— Pai, o que está fazendo?

O velho não deu ouvidos. Mesmo seu ombro pegando fogo em dor e pontadas, ele foi rude e jogou as armas no chão.

— Prepare dois carros. E ache minha bengala. Iremos fazer uma viagem.

— Não sabemos onde eles estão.

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