Capitulo 4

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Gustavo chegou um pouco a mais que meio dia, o almoço já estava servido na mesa e sua mulher já o esperava para almoçar.  

Rosa me avisou que depois que tirássemos as coisas da mesa podíamos almoçar. Não liguei muito, não estava com fome.  

Eles almoçaram rápido. Depois de um tempo Gustavo saiu novamente. Eu e a Rosa almoçamos na cozinha. Depois a Rosa disse que ia no supermercado comprar coisas que estava faltando.  

Mandou eu ficar em casa para que se a dona Rebeca quisesse alguma coisa. Não fiquei muito contente em ficar na mesma casa que a Rebeca. Não fui com a cara dela de primeira assim que a vi.  

Estava na cozinha quando Rebeca entrou e parou na minha frente e sentou num dos bancos da bancada e ficou me olhando. 

-Traz água para me queridinha.  

Quis dizer para ela vim pegar, mas fiquei quieta. Peguei a água na geladeira e um copo e botei na bancada enchendo o copo d'Água. 

-O que você faz aqui em? - ela perguntou com os olhos cravados em mim e antes de obter uma resposta continuou - muito bonitinha, arrumadinha, você quer roubar meu marido é? 

Pai da minha filha. Pensei alto. 

-Eu só quero trabalhar dona Rebeca, preciso desse trabalho para sustentar minha filha - falei calma. 

-Ah então a queridinha tem uma filha. Espero que só esteja aqui para trabalhar viu Gabriela. Você não queira atrapalhar meu caminho com o Gustavo. São quatro anos de casamento e não quatro dias.  

Não entendi o por que ela me falou o tempo de casamento deles, mas tudo bem. 

-Entendo Dona Rebeca. Eu só estou aqui a trabalho. 

-Que bom. Seja minha amiga, mas não seja minha inimiga Gabizinha.  

Ela fixou os olhos em mim e saiu da cozinha sem ter bebido nem um pouco da água. 

-Vaca - falei baixo. 

-Falando sozinha Gabriela? - Rosa falou me fazendo dá um pulo e o copo que eu havia pegado foi parar no chão. 

-Aí Rosa! - botei a mão no coração.  

Pensei que tinha sido a Rebeca. Se fosse eu tava perdida e sem emprego. 

***

Passou uma semana e eu já podia voltar para casa para vê minha bonequinha. Rosa já tinha ido embora.   E trabalhar naquela casa está me dando nos nervos. Rebeca é insuportável. Ela está louca para me mandar embora.  

Mas não pode, está fazendo de tudo para me errar em alguma coisa para me botar no olho da rua.  

Gustavo não fica muito em casa. E poucas horas que fica, Rebeca fica se esfregando nele na minha frente.  

Com que intuito ela faz isso eu não sei. Do Gustavo eu tenho nojo, não me esqueci do dia que ele disse que não ia assumir a Milena.  

Só trabalho naquela casa por que eu realmente necessito. Se não, já tinha metido meu pé dali.  

Quando vou saindo, Gustavo está chegando. Ele para o carro do meu lado e abre o vidro. 

-Entra aí que te levo em casa Gabriela. Já está um pouco tarde para esperar ônibus. 

-Não precisa Senhor Gustavo, eu espero o ônibus. 

-Você pode ser assaltada garota, entra logo.  

Suspiro e dou meia volta e abro a porta direita do carro e sento fechando e colocando o cinto. 

-Você tem essa mania sempre? 

-Que mania? 

-De ser tão teimosa. 

-Acho que sua esposa não vai gostar de você ter vindo me trazer em casa. 

-A Rebeca não precisa saber não é mesmo? E o que eu tô fazendo de errado? 

-Nada não é mesmo - ele responde sua própria pergunta.  Apenas concordo e fico calada, encolhida no banco.

Chegamos em frente ao meu apartamento depois de ter falo o caminho todo a ele. 

-Obrigado Senhor Gustavo - falo saindo do carro e ele segura meu braço. 

-Sem essas formalidades, me chame só de Gustavo Gabi - ele me olha no fundo dos meus olhos.  Será que ele me reconheceu? 

-Boa noite Gustavo - falo me soltando dele. 

Fecho a porta e assim solto o ar que tinha prendido sem perceber.  

Chego em casa e já ouço a Milena conversando com a Clarisse. Abro a porta do quarto e as duas me olha. Milena corre e me abraça. 

-Mamãe! - pego ela no colo. 

-Oi meu amor, você está pesada! - faço uma careta.  

Dou um beijo na bochecha dela e coloco ela no chão novamente. 

-Você obedeceu a titia Clarisse direito? 

-Sim mamãe, a tia Clari me levou hoje para tomar sorvete. 

-Ei linguaruda! Era segredo nosso.   Milena da língua para Clarisse que a imita. 

-Vamos dormi que já é hora de você está na cama mocinha.  

Levo a Milena para nosso pequeno quarto e ela não demora a dormi. Volto para o quarto da Clarisse, que está mexendo no celular. 

-Clari - a chamo baixo. 

-Que foi mulher? - ela pergunta jogando o celular longe. 

-Acho que Gustavo sabe que eu sou a Gabriela. 

-Mas você é a Gabriela. 

-Oh bocó, acho que ele sabe que eu sou a Gabriela, que ele me engravidou, que estudou com ele, que tomou no cu criando uma filha cinco anos sozinha. 

-Ele sabe da existência da Milena?

-Pior que eu não sei. Foi muito estranho. 

-Me diz como aconteceu isso Gabi. 

-Ele me trouxe aqui em casa. E quando eu ia sair do carro, eu dei boa noite e chamei ele de senhor Gustavo né, já que ele é meu chefe. Só que ele disse que não precisava dessa formalidade que era só para chamar ele de Gustavo e depois me chamou de Gabi, do apelido que todo mundo me chamava no colégio. 

-Ah Gabi, todo mundo te chama de Gabi, é um apelido comum. Isso não quer dizer nada, isso é paranoia da tua cabeça. 

-E pior. A mulher dele me odeia, está fazendo de tudo para me demitir. A mulher é o cão menina, insuportável. Toda cheia de mimimi. 

-Ele é casado? - ela fala boquiaberta. 

-É, e ela está achando que eu estou lá para da em cima do marido dela. Só por que eu sou nova e bonita e estou trabalhando de empregada. Além de tudo é preconceituosa. Acha que menina novinha bonita, não trabalha de empregada. 

-Ela acha que a gente é ela. Que pegou um milionário para montar em cima.

Fate Of LoveWhere stories live. Discover now