Capitulo 14

19.7K 1.4K 169
                                    

-Você acha que ela tem alguma coisa seria? - a pergunto. 

Ela se senta ao meu lado. 

-Ela nunca teve nada do tipo, acho que ela não tem nada demais não - ela responde - espero que não. 

-Tomara que não tenha mesmo, ela é uma menina tão esperta e aparentemente saudável. 

Dou um riso de lado lembrando do dia do parque ela correndo para lá e para cá. 

-Você parece gostar dela - ela diz me olhando. 

-Ela parece gostar de mim também - respondo - A gente precisa conversar. 

-Sobre - ela rebate. 

-Sobre nosso beijo, a Rebeca interrompeu a gente naquele dia. 

-Foi totalmente errado aquilo Gustavo. 

-Eu não paro de pensar na gente - falo. 

-Não existe a gente Gustavo. 

-Tem certeza? Porque você me afasta tanto de você. 

-Você é meu patrão. 

-Era se esse era o problema, e nem casado mais. 

-Ainda é sim, você sair de casa não é se separar. 

-Eu me separo dela Gabriela, é eu sei que é loucura mais sinto que a gente tem uma ligação tão forte e eu comecei a gostar de você com esse seu jeito, é loucura tudo isso eu sei. 

-É loucura mesmo Gustavo! 

-Eu não consigo tirar aquele beijo da minha cabeça, se o problema for a Rebeca isso não vai ser tão problema assim, eu já to me separando dela e se você me dá uma chance para te mostrar meus sentimentos, eu gosto da sua filha e ela gosta de mim, qual o problema? 

-Todo Gustavo, você gosta de mim, mas eu não gosto de você. 

-Isso a gente conquista com o tempo, nem sempre as pessoas começam uma gostando da outra ou com sentimentos recíprocos. 

-Você tem que continuar com sua mulher, eu não sou destruidora de lar. 

-Então essa é a sua escolha? 

-Sim. 

-Saiba que eu vou esperar você mudar de ideia, eu sei que aquele nosso beijo balançou com você também, eu senti que você gostou. 

-Gustavo você não pode falar por mim. 

-Quem cala consente, não inventa desculpas Gabriela. Vou te da um tempo tudo bem? 

-Gustavo, volte para a Rebeca, ela é a sua mulher, a sua família. Não inventa coisa que não existe na sua cabeça. Ela é a sua certeza. 

-Você também pode ser a minha. 

-Poder qualquer uma pode ser, mas ela é a sua certeza. 

-Vocês são os pais da pequena Milena? 

-Eu sou a mãe e bom ele é o... - ela me olha de um jeito estranho - Gustavo.  Estendo a mão para o médico, que me comprimenta com um aperto de mão. 

-Então doutor o que minha filha tem? - ela pergunta afobada. 

-Ela só tá com uma pequena anemia que pode ser cuidada com vitaminas, o desmaio foi acontecido pelo fato dela está fraca, tem que comer mais frutas mais verduras, tudo que de vitamina que o corpo dela precisa. 

-Ela já tá acordada? - pergunto. 

-Sim, vocês podem vê-lá. Mas ela está tomando soro e não vai ter alta ainda, vai ficar em observação se tudo continuar bem ela tem alta pela noite. 

-Obrigada doutor. 

-Ela está no quarto 204, podem ir.  Fomos procurando o quarto 204 pelo corredor e antes da gente entrar a vi pela janela de vidro brincando com acesso no braço do soro. E quando ela me viu abriu um sorriso. A mãe dela também sorria para ela. 

-Guuuu - ela me chama. 

-Oi pequena - a abraço - que susto que você me deu. 

-Vaso ruim não quebra Gu - ela diz rindo. 

-Quem te ensinou isso menina? - digo rindo. 

-A tia dela, você está muito gaiata para meu gosto - Gabriela fala - e não tá comendo direito né gatinha - ela serra os olhos olhando para a Milena. 

-Eu vou ficar boa mamãe?

-Vai minha princesa, você vai tomar uns remédios que vai te deixar super hiper mega forte filha. 

Deixei as duas sozinhas e sair da sala, elas tinham que ficar sozinhas, não posso interferir elas, só vim ajudar a Gabriela. 

Mas fico me perguntando, cadê o pai da Milena? Que a deixou sozinha, como deixar uma menina tão amável assim? Ele não deve ter conhecido ela. Se bem que eu não tenho moral para dizer nada. 

Mas naquela época eu era muito idiota e deixei escapar algo que poderia ser a minha felicidade hoje. Eu fiquei com medo do que os meus pais iriam pensar, um garoto de 18 anos com um filho (a), meu pai iria pirar com a minha cara. 

Mas ela nunca mais me procurou, e eu assumiria o meu filho, eu já pensei em procurá-los mas parece que ela sumiu do mapa.  Por todos esses anos eu não a vi em lugar nenhum, fui até na casa dos pais dela que se mudaram também. Fiquei bastante triste por não ter encontrado eles. 

Mas não posso ficar me martirizando por uma coisa que foi inteiramente culpa minha. Mas se eu pudesse voltar no tempo para mudar isso eu mudaria, mas como não podemos né fazer o que. 

*** 

Depois de horas a Milena foi liberada e conseguiu sua alta. Entrei na sala e a Gabriela tava trocando a Milena de roupa. 

Quando ela tirou o vestidinho do hospital que ela tava tinha uma pequeno sinal de nascença na barriga da Milena, que eu conhecia muito bem.  Fiquei intrigado com aquilo, é estranho, é idêntico ao que eu tenho também, a Gabriela olhou para a mesma direção em que eu estava olhando e o semblante dela mudou totalmente. 

Chego mais perto da Milena para vê a mancha de perto e era isso mesmo que eu tava pensando? A Milena é a filha que eu abandonei a anos atrás? 

-O que é essa mancha? - pergunto apontando para o sinal. 

-Gustavo a gente pode conversar sobre isso, mas sem a Milena por perto. 

-A gente vai deixar ela em casa com a sua amiga e a gente vai conversar sobre isso Gabriela.

Fate Of LoveWhere stories live. Discover now