Capitulo 32

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-O que você está fazendo?

-Está cego? Estou saindo da sua casa, não vamos dar certo Gustavo. Me esquece, só não peço pra você esquecer a Milena porque ela é sua filha.

-A gente vai casar Gabi.

-Agora está me chamando de Gabi? A gente ia casar Gustavo, depois de hoje e de tudo o que você me falou não tem uma possibilidade da gente conviver.

-Eu to de cabeça quente e você também não toma decisões assim velho.

-Você desconfiou da minha fidelidade, desconfiou não! Você me julgou, você apontou uma traição onde não existe, não posso ter algo com você assim. Talvez nunca fosse da certo mesmo.

-Você não pode fazer isso, não pode tirar a Milena de perto de mim.

-A Milena não vai sair de perto de você, você pode ver ela o dia que você quiser, não vou te proibir de vê sua filha.

-Não faz isso por favor.

-Já to decidida.

Pego minha mochila e levo até a sala e vou para o quarto da Milena.

-Pra onde a gente vai mamãe?

-Pra casa dos seus avós.

-Mas eu quero ficar aqui com o papai - ela diz triste.

-Não complica as coisas tá bom? Quando chegar lá a mamãe conversa com você.

Arrumo as roupas dela e o Gustavo atrás de mim acompanhando todo movimento que eu fazia. Milena está sentada na cama séria e sem entender nada.

-Gabriela, para com isso, vai me afastar da minha filha.

- E quando você a rejeitou? pensou nisso? óbvio que não.

-Não devemos trazer isso a tona novamente.

-Claro né, olha Gustavo foi uma loucura tentar isso tudo. Olha o tanto de coisa que você me fez e eu idiota estou aqui, a gente nunca foi e nunca será feito um para o outro, foi loucura minha tentar algo. Somos de mundos diferentes, de jeito diferentes.

-É por isso que a gente combina, nos completamos.

-Não vem com essa.

-Você ta desistindo de tudo na primeira oportunidade.

-Tudo o que Gustavo? - me viro pra ele - tudo o que?

-Nosso amor.

-Gustavo entenda, a gente não vai da certo. Começamos mal e algo que não começa bem não vai da certo.

-Temos que cuidar da Milena juntos.

-Eu cuidei da Milena cinco anos sozinha e você logo você que passou tanto tempo longe, vem me falar isso. Parece piada.

-Seu orgulho não vai te levar a nada.

-Isso é amor próprio, não orgulho.

-Pensa bem Gabriela no que você vai fazer, eu não vou desistir da Milena.

-Isso é uma ameaça? Não tenho medo de você.

Pego as coisas da Milena e levo até a sala. Quando volto pro quarto ela está no colo do Gustavo chorando.

-Depois papai vai ir vê você filha, a mamae quer separar a gente.

-Para de mentira, bora Milena.

Ele a coloca no chão e ela vem ate a mim. 

-Bora filha, o táxi está esperando lá em baixo.

Desço com a Milena e com as coisas. Entro no táxi e olho para a sacada, ele está lá parado nos olhando. Dou o endereço ao taxista e rapidamente ele chega no nosso destino.

Olho ao redor e nada mudou, continua tudo do jeito que estava meses atras. Bato na porta e ela me recebe com um mal humor e toda descabelada.

-Você me acordou!

-Desculpa Clari, eu só tinha a voce a recorrer.

-O que aconteceu? 

Entro no pequeno apartamento em que dividiamos.

-Terminei com o Gustavo.

-Porque louca? - ela grita.

-É uma historia maluca, mas não vou falar perto da Milena.

-Eu quero morar com meu pai.

-Falsa - Clarisse da lingua a ela, que retribui.

-Mamãe to com sono.

-Vai para o quarto e deita lá meu amor.

Milena vai caminhando calmamente até o quarto.

-Me conta o que aconteceu com o boy magia.

-De magia ele não tem nada. Ficou com ciumes de um amigo na faculdade e falou que eu estava traindo ele.

-Que louco.

-Não ia dar certo Clarisse, eu sabia disso.

-Sabia e pagou pra ver ne gata. Ai bem no fundo de você, desse seu coraçãozinho queria que desse certo.

-Eu me apeguei a ele.

-Acho que esse apego é bem antigo viu.

-Deixa de maluquice mulher.

-E porque você não foi para a casa dos seus pais?

-Primeiro porque lá é o primeiro lugar que ele vai me procurar e segundo não quero dar o que falar para meus pais, já sou bem crescidinha para isso.

-E não tem mais volta Gabi? 

-Acho que não Clarisse, ele ja me fez sofrer demais, chega. Temos que parar de romantizar sofrimento. Uma coisa que começa dando errado nunca vai da certo.

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