Capitulo 7

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-Oi Gabriela - ele sai do carro. 

-Oi senhor Gustavo. 

-Já disse que não gosto dessas formalidades, só Gustavo. 

-Quem é mamãe? - Milena pergunta se referindo a Gustavo. 

Me agacho para ficar do tamanho Dela. Não podia dizer que aquele rapagão na nossa frente era o pai dela. 

-É o chefe da mamãe - digo cautelosa. 

-Essa é sua filha Gabriela? - ele pergunta a olhando. 

-Sim Gustavo. É... a gente tem que ir né filha? - Milena concorda com a cabeça. 

-Eu levo vocês, o sol tá quente para ela - ele diz olhando para a Milena. 

Ele não tira o olho Dela, começo a ficar incomodada. O que eu menos queria agora é que o Gustavo descobrisse quem eu sou e que a Milena é a criança que ele desprezou quando estava em minha barriga. 

-Não precisa Gustavo. Você deve está ocupado, muito obrigada. 

-Eu faço questão de levar essa princesa até em casa - ele sorri para ela e Milena retribui com o sorriso sapeca - Vamos? 

Ele entra no carro e eu entro no fundo com a Milena e a coloco em meu colo. Ele foi o caminho todo conversando com a Milena, perguntando coisas a ela, e como ela já não gosta de tagarelar, respondia tudo. 

Chegamos em casa em minutos, não era muito longe a escola da Milena para a nossa casa. 

-Tchau Milena, foi um prazer conhecer você. 

-Tchau Gu - ela balança a mão dando tchau para ele. 

-Mande a sua mãe te levar um dia lá em casa para a gente brincar. 

-Ta bom. 

Que ideia! Eu NUNCA vou levar a Milena lá, Ainda mais com aquela mulher chata dele lá? Lá é meu local de trabalho e não lugar da Milena frequentar! 

-Tchau Gabriela - ele me olha dos pés à cabeça. 

-Até amanhã Gustavo. 

Ele deu partida no carro saindo dali. Entrei com Milena e ela foi tomar banho. Fui botar a comida na mesa para a gente almoçar, quando Milena acabou ela me chamou para arruma-lá. Sentamos para almoçar. 

-O seu chefe é muito legal mamãe, que dia eu vou ir lá? Ele me convidou - ela falava enquanto comia. 

-Acho que nunca Milena, lá é meu local de trabalho, não posso ficar te levando para lá. 

-Mas mae...- a interrompo. 

-Sem mas, agora come a comida que está deliciosa. 

-Eu gostei do seu chefe mamãe.  -Milena você não tem que gostar de nada! - gritei com ela. 

Ela ficou amuada na cadeira com medo. Eu não quero aproximação dos dois, Gustavo não quis ser pai, não quero machucar os sentimentos da minha filha. 

Vai que ele a maltrata, eu não sei da personalidade do Gustavo, eu não sei como ele iria reagir. Minha filha é muito pequena pra passar por tudo isso, uma criança rejeitada pode ficar com traumas, não sei se algum dia ela vai saber que o Gustavo é o pai dela. 

-Desculpa filha por a mamãe gritar contigo. Só que você tem que entender que o Gustavo ele só é meu chefe, não devemos misturar vida pessoal com a minha vida no trabalho, tá bom? 

-Tá bom mamãe, mas não precisa gritar comigo. 

-A mamãe não vai gritar mais, tá? A mamãe ficou com raiva. 

-Raiva mamãe? Por que? 

-Porque a mamãe não quer que você se aproxime do Gustavo. Ele é meu chefe e nada mais, e ele também tem uma mulher muito chata e ciumenta, não quero que ela te trate mal. 

-Tá bom mamãe.  

***

Acordo cedo pra ir para o trabalho e Milena Ainda estava dormindo, me arrumo rapidamente, dou um beijo na Milena e saio de casa. 

Estava já um pouco atrasada, pois tinha que fazer ainda o café da manhã do Gustavo e da mulher nojenta dele.  Chego no trabalho em poucos minutos, tava cedo não tinha engarrafamento em lugar nenhum. Troco de roupa e vou começar a fazer o café da manhã. 

Quando acabo de colocar as coisas na mesa é a hora em que Gustavo desce acompanhado de Rebeca e começam a tomar seu café. 

Volto para cozinha para lavar os pratos que eu deixe sujo, depois de alguns minutos voltei para a sala de jantar para retirar os pratos sujos e o resto da comida. Levo tudo para a cozinha.  Gustavo me segue.  

-Cadê a pequena Milena? Como ela esta? - ele parece bem interessado na Milena. 

-Milena está na escola, ela está muito bem senhor Gustavo. 

-Quem é Milena? - Rebeca entra na cozinha se metendo na conversa. 

-A filha da Gabriela, ela é uma graça amor - me da nojo quando ele chama ela de amor. 

-Quando teremos nosso bebê Gu? - a voz de puta Dela me irrita. 

-Não agora né Rebeca, você sabe que o que eu menos quero é um filho. 

-Mas já tá na hora Gu, você tem que ter um filho pra cuidar de você futuramente. 

-Eu já tenho - ele sussurra baixo, mas eu escuto. 

-Você falou o que vida? - ela pergunta. 

-Nada Rebeca, já estou atrasado - ele dá um beijo nela - não vou voltar para o almoço. 

-Tá bom meu amor, um bom dia de trabalho.  Gustavo sai e Rebeca fica me fitando. 

-Como o Gustavo sabe da existência da sua pirralha? 

-Ele deu uma carona pra gente ontem - falo com desdém. 

-Você é surda garota? Eu mandei você ficar longe do Gustavo, longe! - ela grita - você quer mesmo ter problemas comigo né? Eu adoro crianças, só te digo isso. 

-Você não é louca de chegar perto da minha filha. 

-Tenta pra vê, você ama sua filha e eu amo o Gustavo, pensa bem antes de você chegar perto dele, aí de você que chegar, não quero um oi, nem um bom dia, boa tarde ou boa noite, você só é a empregada daqui, você é um nada, só serve pra limpar o chão, vc serve pra servir a gente, só isso! 

Fiquei sem reação, ninguém nunca tinha me humilhado dessa forma. Essa mulher é um ser desprezível, tenho nojo da pessoa que ela é!

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