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Donghyuck, o famoso garoto do canto – nome que lhe fora dado pelos outros garotos – estava sentado no chão do seu quarto com canetas, lápis de cor e entre outros materiais de pintura ao seu redor. Quando não tinha nada de trabalhos mandados pelos professores, ele desenhava e se desenhava.
Ele próprio considerava os seus desenhos coisas horríveis mesmo elas estando lindas, lindas demais para estarem numa parede branca e sem vida. Tal como o internato.

— Menino Donghyuck? – batidas suaves foram ouvidas. – Posso entrar?

— Quem é? – respondeu, mesmo estando focado nos desenhos.

— Sun Gi, querido! – donghyuck não podia ver, mas a mulher estava sorrindo.

— Noona! – correu para a porta e a abriu. – O que faz aqui?

— Não acha que está na hora de algo?

— Ah... – entristeceu ao lembrar que estava na hora do lanche e ele iria se juntar com todos os garotos e garotas do internato.

— Você não pode continuar a almoçar, a lanchar e a jantar aqui. – a mulher suspirou. – Eu sei que é doloroso, mas veja pelo o lado bom, entrou um garoto novo aqui!

— Entrou? – olhou para a mulher que sorria animada mas ele não estava. Pois seria mais uma pessoa que ele não ia conseguir fazer amizade. – Eu não vou conseguir...

— Vai sim! – pegou nas mãos do menino. – Eu estou aqui, lembra? Está falando comigo, não está? Isso é porque você esta ultrapassando.

— Você é a única pessoa com quem eu falo aqui. – o garoto suspirou.

— Vá, calçe os seus tênis e venha comer. – saiu e fechou a porta, deixando o garoto sozinho.

O menino, em contragosto, calçou os tênis e foi se olhar no espelho. Os garotos da idade dele quando se viam no espelho viam a beleza deles mas Donghyuck não via nada de mais. Ele mesmo achava não ser nada demais.

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Estavam todos sentados, comendo e falando aleatoriamente, excepto Donghyuck. Ele estava numa mesa à parte, não porque o meteram mas sim por preferência dele. Observava todos alegres por estarem a comunicar entre eles mas o Lee sentia-se solitário.
Estava entretido remexendo a comida no prato, a vontade comer era totalmente zero e Sun Gi de longe observava isso quando Mark mais a diretora e o seu secretário, colocaram os seus pés no refeitório.

— Boa tarde a todos! – como sempre, mostrando o lindo sorriso que fazia o coração de Sun Gi acelerar, mas isso ninguém precisa saber. – Eu vim comunicar algo. – Colocou a mão no ombro de Mark e deu um pouco de impulso para o mesmo ficar na frente. – Este é o novo membro do nosso internato, Lee Minhyung!

— Boa tarde! – fez uma reverência e já era possível ouvir os murmúrios por toda a parte daquele local. – Espero dar-me bem com todos.

Donghyuck, de onde estava, observava timidamente o recém chegado e não tinha como negar. Ele era muito bonito.
O moreno deu um sorrisinho o que chamou bastante à atenção de Mark, que desviou o seu olhar na sua direção.

O mais velho sorriu para Donghyuck, o deixando confuso. Ele estava zoando o fato dele estar à parte de todos?

— Minhyung, pode juntar-se aos seus colegas. – a diretora disse por fim. – Lee Donghyuck, quando acabar vá ao meu escritório. Por favor.

— S-Sim! – gaguejou. O que fez com que algumas pessoas rissem e outras começassem a fazer piadinhas.

O garoto baixou a cabeça e foi comendo lentamente, a vontade chorar estava presente mas ele não podia, não ali e nem agora.

Mark que já se encontrava sentado, olhava de soslaio para o menino da cabeleira avermelhada e reparou que os seus olhos não continham brilho algum. Era como se Donghyuck fosse uma pessoa morta, sem emoção.

— Gostou do garoto do canto? Ele não dá para ninguém e ninguém sabe da sua orientação! – uma garota, que estava sentada ao lado de Mark, pronunciou-se.

— Eu não perguntei nada. – ele estava levemente incomodado com a garota pois a forma que ela falou do garotinho não foi a mais bonita e educada possível.

— Só sabemos que ele é um isolado e que tem uma fobia qualquer. – continuou.

Mark, levantou-se e seguiu na direção da mesa que antes Donghyuck estava. Sentou-se e reparou que o mesmo tinha deixado ali uma pulseira preta um tanto simples porém devia ser importante. Pensou.

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O Lee mais novo caminhava pelo corredor, ele estava pouco iluminado pois já era hora de dormir e ele ainda andava por ali. Ao virar na direção do seu quarto, reparou que o novato estava batendo na sua porta.

Aproximou-se e acabou assustando o mais velho, o fazendo bater com as costas na porta de madeira do quarto.

— Eu vinha te entregar isto. – mostrou a pulseira. – É sua, não é?

Donghyuck assentiu. Ele estava se sentindo estranho perto de Mark.

— Tome e tenha mais atenção com as suas coisinhas, sim? – colocou a pulseira na mão do Lee, porém o mesmo retirou a sua mão por causa do contato repentino. – Desculpe-me, eu não queria te assustar...

Donghyuck pegou a pulseira bruscamente, apesar de não querer, porem o seu corpo tomara uma decisão mais rápido e entrou no cômodo. Colocando as suas costas na madeira e deixando se cair até estar sentado no chão.
Olhou a pulseira na sua mão e os seus olhos brilharam. O brilho que ninguém via, apenas Sun Gi e os seus desenhos e pelúcias.

Como Sun Gi havia dito um dia, o brilho dos olhos de Donghyuck era como se fosse um céu estrelado pois, o brilho era tanto que poderia ser comparado com pequenas estrelas sintilantes.

written in the stars ▫ markhyuckOnde as histórias ganham vida. Descobre agora