37 | O Reencontro

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Owensboro, Kentucky.

23:45 pm.

– Ei! – um homem bêbado chamou Michelle.

Ela caminhou até o homem de saco cheio. Odiava aquela vida de atendente e odiava mais ainda o fato de atender gente bêbada.

– O que foi?

– Me traz mais uma cerveja. – o homem piscou.

Michelle rolou os olhos e foi até o freezer pegar uma garrafa de cerveja. Ela voltou e bateu a garrafa com uma força considerável no balcão.

– Mais alguma coisa?

– Pode ser você... Na minha cama... – ele deu um sorriso convencido.

Michelle fechou os olhos e respirou fundo. Deu as costas para o homem e foi atender um casal.

– Para de se fazer de difícil... – o homem comentou segurando-a pelo braço.

A paciência da moça esgotou. Não era a primeira vez que aquilo acontecera, mas sua raiva estava acumulada.

De repente, se virou e deu um soco consideravelmente forte no olho do cara. Todos no bar pararam para olhar a cena. O dono do bar, que estava em uma mesa conversando com uns amigos, foi até Michelle furioso.

– SUA VADIA! – o homem bêbado gritava, tentando subir no balcão. – EU VOU ACABAR COM VOCÊ.

– COMO É QUE É? E VOCÊ ACHA QUE EU TENHO MEDO DE VOCÊ, SEU TROUXA? – Michelle gritou de volta. Apesar da raiva, ela deu alguns passos para trás.

– O que deu em você, hein? – perguntou o dono do local a puxando e falando um pouco mais baixo.

– Esse imbecil. – ela se referiu ao bêbado.

– Mas desde o começo eu disse que isso poderia acontecer.

Michelle olhou para ele.

– E você queria que eu fizesse o quê?

O homem a encarou.

– Pega suas coisas e fora daqui. – deu as costas para ela, indo acalmar o bêbado.

Michelle então foi para os fundos do bar e pegou suas coisas.

Ouviu seu celular tocar, e quando o pegou, o mesmo parou de tocar. Notou que havia três chamadas perdidas contando com aquela. Era Sam.

Ela ignorou e voltou para casa. Antes que pudesse fechar a porta atrás de si, o celular tocou novamente.

– Fala, Sam. – ela atendeu.

– Oi, Michelle?

– Óbvio. O que você quer?

– Bom, se você não se lembra... O Dean vai pro inferno e... Precisamos da sua ajuda. Estamos em Columbia, vem cá.

– Quer dizer então que seu irmão resolveu se preocupar?

– Sim. – dessa vez, era Dean.

O celular estava no viva-voz.

– E por que eu ajudaria?

– Porque você tem um bom coração?

– Tenta de novo.

– Porque você me ama e não consegue ficar muito tempo longe de mim?

Ela fez um tempo de silencio.

– Puxa vida, como você é idiota. – e desligou.


Erie, Pensilvânia.

Nights of a Hunter | Supernatural FanficWhere stories live. Discover now