Nights of a Hunter | Supernatural Fanfic

47 | A Reunião

– Chegamos. – Benjamin disse assim que parou o carro.

– Que fim de mundo. – respondeu, reparando na casa. – Mas as luzes estão acesas. Você não disse que a casa estava interditada?

– E está. Vamos.

Os dois desceram do carro e seguiram para a parte de trás da caminhonete.

– Você se incomodaria se eu batesse uma boquinha agora? – perguntou separando algumas armas.

– Eu não, mas parece que temos visitas na casa. Pegaria meio mal.

– Tem razão. – fechou a mala e a pegou. – Mas tô com fome.

– Tá brincando, né? – os dois começaram a caminhar até a casa.

– Não.

– Que merda, Benji! Por que não se alimentou antes?

– Não deu tempo.

– Você é inacreditá... – parou de falar e andar assim que avistou o Impala estacionado.

Benjamin parou no meio do caminho e a encarou, se aproximando.

– O que foi?

MICHELLE

Quando avistei o carro, foi como se tudo que aconteceu desde que conheci os Winchesters, tivesse voltado como uma onda em minha mente. Era doloroso, mas ao mesmo tempo, senti como se um vazio desconhecido tivesse sido preenchido.

– O carro. Era do Dean.

Benjamin olhou para o carro e curvou a boca para baixo, impressionado.

– Ele tinha um bom gosto.

Senti meus olhos marejarem e balancei a cabeça, tentando afastar as lembranças que me vieram à mente e me obriguei a desviar o olhar do carro e continuar andando.

– Era do pai dele. – respondi tentando manter o tom de voz descontraído.

Logo, vi que Benjamin se aproximou de mim.

– Sua irmã e o namorado estão aqui.

– Eu sei. – respondi, pensando em como seria o reencontro inevitável.

Eu queria muito ver minha irmã e o Sam, mas sabia que haveria consequências do tipo perguntas idiotas e olhares de pena, mas já estava na hora de dar as caras. Eu só não tinha coragem de fazê-lo.

– Eu não sabia que sua irmã estava por perto, se soubesse, não teríamos vindo aqui.

– Tá tudo bem, Benji. Eu só fiquei surpresa... A luz da casa apagou. – reparei.

E então veio um grito. E eu só conseguia pensar em Rachell.

Benjamin e eu corremos até a casa e quando adentramos, seguimos as luzes de lanternas que vinha de um dos cômodos. Havia mais pessoas que eu esperava, e a silhueta de uma delas me chamou atenção.

Só podia ser coisa da minha cabeça.

Assim que nos ouviram, instantaneamente, todas as lanternas se viraram para nós. Assim como Benji, cobri minha vista, incomodada com tamanha claridade.

– Michelle? – e então eu ouvi aquela voz que há meses eu não ouvia e que pouco a pouco, me esquecia.

Não era possível.

Baixei a mão e então as lanternas também foram sendo abaixadas. Procurei pelo dono da voz e então o vi. Senti como se o meu coração quisesse saltar do peito.