Nights of a Hunter | Supernatural Fanfic

92 | The Crystal Ship

RACHELL

Abri meus olhos lentamente até conseguir fixar minha visão em alguma coisa, o que foi impossível já que o lugar estava escuro e tudo o que ecoava era The Crystal Ship. Era só o que me faltava. Além de estar em um lugar que eu nem sabia qual era, eu estava sendo obrigada a ouvir aquilo?

Senti uma forte pontada em minha cabeça, mas eu não sabia distinguir por que. Era o som ruim da musica? Ou fui atingida?

Tentei levar minhas mãos até a minha cabeça, mas algo me prendia. E foi aí que eu notei que estava sentada em algo que deduzi ser uma cadeira, já que tinha um encosto.

Que droga, o que estava acontecendo?! Onde eu estou?!

Vagamente algumas lembranças passavam pela minha cabeça como pequenos flashbacks. Me lembro de estar andando pela casa com minha irmã e o resto do grupo quando tudo de repente ficou escuro, e agora eu não sei a quanto tempo estou aqui.

Sinceramente, não estou certa de quem me atacou, talvez fosse o fantasma ou não, mas independente disso, eu fui atingida em cheio. Estava desnorteada e minha cabeça estava uma bagunça. Tudo o que eu queria era que Michelle se apressasse e me tirasse logo dali.

Poucos segundos depois o silencio daquele lugar frio foi quebrado pelo que eu jurava ser um gemido, como se alguém estivesse acordando ou sentindo dor.

Foi aí que me ocorreu quem poderia ser.

– Corbett? – Chamei em forma de sussurro, mas não obtive nenhuma resposta. – Corbett!

– O quê? Quem está aí? – Perguntou com dificuldade.

– Corbett, sou eu, a Rachell. Nos conhecemos pouco tempo antes de você sumir.

– Rachell? – Perguntou como se estivesse recordando.

– É. Agora me diga, por que você decidiu se separar? – Perguntei indignada.

– É, é...

– Deixa quieto. – Interrompi, já que ele parecia estar desnorteado e com dor. – Não se preocupe, logo a minha irmã vai encontrar a gente e nós vamos sair daqui.

– Não dê atenção a ela. – Disse alguém do sexo masculino, acendendo a luz fraca acima de mim, mas que não servia de nada, mal iluminava o cômodo. Tudo o que eu conseguia ver era Corbett, que estava a poucos metros a minha frente, ou melhor, na outra ponta da mesa.

Pera aí, mesa?

Forcei mais a vista, e sim, era uma mesa com vários copos, pratos distribuídos à frente de cada cadeira, como se fosse preparada para receber mais alguém pra uma festa, ou melhor, por mais ninguém, já que pelos corpos que ocupavam as cadeiras, deduzi que a festa estava rolando há bastante tempo. Sem falar no grande bolo no centro da mesa.

Isso é uma piada? Só pode ser! Cadê as câmeras?!

Voltei meu olhar para Corbett e pude ver a silhueta do homem, caminhando para trás dele.

– Não escute ela.

– O que você quer? Fica longe dele! – Exigi, já que Corbett parecia estar em outra galáxia, graças ao grande machucado em sua cabeça, que sangrava.

O homem começou a caminhar em direção ao outro lado da sala e tive a impressão que ele pegou alguma coisa.

– Não se preocupe. Isso não vai doer. – Falou me ignorando, enquanto caminhava na direção de Corbett novamente.