88 | When The Levee Breaks

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Sioux Falls, Dakota do Sul.

No dia seguinte.

– TÁ, ME TIREM DAQUI. ISSO NÃO TEM GRAÇA. – Sam gritou para Dean, que o observava pelo visor da porta.

– Não tem mesmo.

Por mais que fosse doloroso ver o irmão naquela situação, Dean tinha que se manter forte, já que para o bem de Sam, aquela era a única coisa que podia ser feita.

– Qual é! Já chega. Isso é loucura.

– Não! Não até você ficar limpo.

– Olha... – disse tentando ser o mais calmo possível. – Eu peço desculpas. Não deveria ter mentido, principalmente pra você. Agora por favor, abra a porta.

– Não precisa pedir desculpa, não foi a sua culpa. Não foi sua culpa mentir tantas e tantas vezes. Você não podia evitar isso.

– Dean, vê se entende: eu não bebo sangue do demônio à toa. Eu quero ficar forte pra matar a Lilith.

– Forte? Você não pode estar mais longe de ficar forte. Está fraco, desesperado.

Sam o fitou por alguns segundos, incrédulo.

– Matar Lilith é o que importa. Ou você tá tão ocupado sendo virtuoso que se esqueceu dela?

– Lilith vai morrer. Bobby, as meninas e eu vamos mata-la. Mas você... Você não terá essa chance. – Sam o olhou surpreso. – Parabéns Sam, você acabou de ganhar um lugar no banco de reservas do apocalipse.

– Dean! Não, espera... – Disse Sam, mas Dean fechou o visor da porta. – DEAN, EU QUERO SAIR... DEAN, ME DEIXE SAIR... DEAN!

E para aumentar o desespero, Sam não obteve resposta.


MICHELLE

– O Sam tomou o sangue do demônio? – Perguntei levantando do sofá mais uma vez. Já havia perdido as contas de quantas vezes havia feito isso.

– Sim – respondeu Bobby, antes de tomar mais um gole de seu whiskey.

Ele era o único que estava disposto a me contar o que aconteceu, já que Rachell – que também estava na sala – mal abriu a boca desde ontem. E aquilo me preocupava ainda mais, ela nunca foi do tipo calada.

– Se eu não estivesse ouvindo de sua boca, eu não acreditaria. Eu sei que ele andava meio estranho, mas não sabia que ele chegaria a esse ponto.

– Nem a gente.

– O Sam só pode ser trouxa por ter feito isso. Com certeza a Ruby tá por trás disso.

– É o que achamos, esperta. – respondeu Bobby.

Eu o fitei e pensei nas melhores frases para respondê-lo, mas desisti. Todos estavam com a cabeça cheia o suficiente para eu esticar conversa. Então me sentei novamente no sofá.

O eco da sala só me fazia sentir falta de todo o falatório que eu estava acostumada. Já havia se passado mais de vinte e quatro horas do confinamento de Sam, mas para falar a verdade, pareciam dias.

Dean nos evitava a todo custo. Rachell poderia estar ali, materializada na minha frente, mas seus pensamentos a fazia ficar distante. E Bobby só permanecia sentado em sua cadeira, bebendo porque não teria outro lugar para ir.

Olhei para a entrada assim que ouvi passos de alguém se aproximando.

– E aí, como ele tá? – perguntou Bobby quando Dean entrou no cômodo e se sentou em um das cadeiras.

Nights of a Hunter | Supernatural FanficTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang