4 meses para o casamento
POV Taylor
Acordei na manhã seguinte olhando para o relógio na cabeceira da cama que despertava. Sentei-me encostando na cabeceira da cama e Laura se remexeu na cama.
- Algum problema?
- Não. Vou preparar o nosso café da manhã. Temos que ir buscar os convites de casamento na gráfica ainda hoje de manhã.
- Tay, hoje é sábado.
- Lau, hoje é sexta. Olhe o celular.
- Verdade. – Tentei sair da cama, mas não deu tempo. Chamei por Laura. – Tay, o que foi?
- Senti uma tontura, um mal estar. – Laura estava do meu lado me amparando e medindo a minha temperatura. Laura falava e eu nem prestava a atenção direito. Apenas olhava o todo o cuidado que ela estava tendo comigo enquanto que a única coisa que sentia era um medo.
- Tay, eu busco os convites de casamento e volto para casa. Na segunda vamos aos correios e despachamos os convites para as nossas famílias, tudo bem para você? – Apenas concordei com a cabeça. – Você consegue ficar com a Ella por uma hora? – Confirmei novamente. Olhei para ela enquanto ela falava. Meus olhos ficaram marejados e não deixei ela perceber isso. – Vou preparar o nosso café da manhã e fiquei aqui, hoje o café será na cama.
- Pode deixar que não vou sair daqui. – Laura saiu do nosso quarto para ir preparar o nosso café. Fiquei ali encostada na cabeceira da cama perdida entre meus pensamentos. Perdidamente apaixonada pela mulher que tinha zelo e paixão por mim. Eu tinha sorte em te-la em minha vida. Laura voltou alguns minutos depois com o nosso café naquelas mesinhas que geralmente só vemos em filmes. Tinha café com leite para mim e um café puro para ela, algumas frutas, torradas e biscoitos.
- Tudo bem? – Ela perguntou depois de bebericar o seu café.
- Melhor agora. – Bebi um pouco do meu café com leite e me servi com uma torrada. Sorri. Laura serviu-se com mais uma torrada e sentou-se do meu lado.
- Espero que você fique melhor.
- Só foi um mal estar docinho. No fim do dia já devo estar bem melhor.
- Mais tarde vou fazer aquele caldo de osso para dar um animo. Hoje você ficará sob meus cuidados.
- E a Ella?
- Também. Vou cuidar das minhas duas crianças. – Laura comentou dando um risinho.
- Tá bem engraçadinha né? Se aproveitando da minha situação.
- Estou falando sério. Hoje vou cuidar de você. – Fomos interrompidas pelo choro na babá eletrônica. – Vou lá busca-la e já volto. – Laura saiu e voltou segundos depois.
- Ella? – Chamei por ela que me olhou com aqueles olhinhos. Laura me passou a nossa garotinha e sentou-se do meu lado. – Acho que poderíamos ficar o resto do dia na cama curtindo a nossa menininha.
- Também acho. Vou me trocar e ir lá buscar os convites. – Laura começou a se trocar na nossa frente. Segurei Ella de frente para mim como tentando faze-la ficar de pé e como ela tinha força para isso. Laura olhou para sua filha.
- Não vai demorar muito e ela vai começar a andar pelos cantos da casa.
- Não duvido nada disso. Estaremos ferradas quando isso acontecer. – Comentei segurando seus bracinhos. Laura vestia sua calça jeans e uma camiseta.
- Cadê a chave do carro Tay?
- Ali em cima da cômoda.
- Estou indo, okay? Daqui a pouco estou de volta. Se precisar de qualquer coisa, me ligue. – Laura se aproximou de mim e deu um beijo na cabeça de Ella e um selinho em mim.
- Se precisar iremos ligar sim, né Ella? – A garotinha me olhou com uma cara de interrogação na testa e devia pensar que eu sou louca. Laura saiu pela porta e ficamos só eu e a nossa filhote.
Não era a primeira vez que eu ficaria com Ella. Ainda me lembro a primeira vez que Laura tinha uma entrevista na televisão e eu fiquei cuidando de Ella. Estávamos reatando o nosso relacionamento e nem foi tão difícil cuidar da pequena. Um pouco antes de Laura sair ela tinha dado leite para Ella e eu fiquei responsável por gastar sua energia. Não demorou muito para ela adormecer comigo na cama. Deitei de lado e fiquei a nossa pequena dormindo que nem um anjinho, sua respiração subindo e descendo. Dormia tranquilamente e sem preocupações. Uma hora depois ouvi o barulho da porta e então Laura apareceu na porta para nos observar.
- Está com outra garota na cama Tay? – Laura me perguntou encenando um ciuminho.
- Pra você ver. – Dei um beijinho na cabeça de Ella. – Vem aqui e se junte a nós.
- Desde quando ela está dormindo? – Laura comentou vestindo o seu pijama novamente e deitou do outro lado ficando de frente para mim e Ella entre nós duas.
- Um pouco depois que você saiu.
- Você está se sentindo melhor?
- Estou melhor sim. Como foi lá na gráfica?
- Os convites estão na mesa de centro lá na sala.
- Você já se deu conta que falta quatro meses para o grande dia? – Perguntei olhando em seus olhos enquanto que uma de suas mãos acariciava de leve o rostinho de Ella.
- Ansiosa Tay?
- Um pouco.
- Estaria mentindo se eu também não estivesse. – Estiquei meu braço e foi a minha vez de acariciar o seu rosto de leve.
- Isso vai dar mais do que certo. Já está dando. – Laura me olhou e sorriu.
- Sim, está mais do que certo. Quer ficar o dia inteiro aqui na cama?
- Não necessariamente na cama. Podemos ir para os outros cômodos do apartamento. – Comentei.
- Entendi.
- Acho que devo te agradecer por ter cuidado de mim um pouco mais cedo.
- Tay, não precisa. Eu sei que você faria o mesmo por mim.
- Não me interrompa. Só queria te agradecer por ter cuidado de mim mais cedo.
- Faço isso porque te amo.
- Também te amo. – Mexi-me na cama e dei um jeito de meus lábios se encontrarem com os meus. – Acho que vou coloca-lá no berço. – Comentei levantando-me da cama.
- Seria ótimo. – Laura comentou sentando-se na cama sem se mexer muito para não acordar Ella. A pegou no colo e cuidadosamente passou Ella para meus braços. Caminhei até o seu quarto e cuidadosamente a coloquei no berço. Deixei um abajur acesso e voltei para o meu quarto. – Está com fome? – Laura me perguntou. Neguei em resposta.
- Acho que vou ficar deitada aqui com você o resto do dia. – Comentei ao me ajeitar na cama.
- Isso até Ella nos arrancar da cama com fome ou coisa do tipo, eu corro na cozinha para preparar algumas coisas para nós enquanto você gasta a energia dela.
- Isso é um mero detalhe. – Dei um beijo em Laura e fechei meus olhos quando ela me abraçou de lado. Ela colocou a costa da mão em minha testa.
- Sua temperatura está normal. – Laura comentou.
- Eu disse que era só um mal estar.
- Tay, poderia ser uma virose.
- Okay. O troféu de mãe do ano vai para Laura Helene Prepon-Schilling. – Comentei arrancando uns risos.
- Besta. – Laura comentou me dando um beijo depois do riso.
Nosso dia foi assim: cheios de momentos fofos, cheios de carinhos e cuidados, cheios de amor e ternura uma pela outra e por nossa filhote. Eu não poderia estar mais feliz. Laura era o meu trevo de quatro folhas e tive sorte desde o primeiro dia que a encontrei.
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Love Will Find A Way
RomanceTudo tem sido tão difícil, mas com Taylor tudo poderia ser bem mais fácil.